TSE aprova contas de Dilma

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votaram favorável à aprovação, com ressalvas, das contas de campanha de Dilma Rousseff (PT). Segundo o relator das contas, ministro Gilmar Mendes, apesar de os técnicos do TSE apontarem como irregularidades graves o fato da campanha não ter declarado gastos da maneira correta nas prestações parciais de contas, o balanço deve ser aprovado com ressalvas.

Em seu voto, Mendes destacou que despesas que deveriam estar na primeira parcial estavam na segunda, e algumas que deveriam estar na segunda, só apareceram no balanço final. Ele lembrou que problemas semelhantes aconteceram com contas de campanha de 2010, e isso não levou à rejeição dos balancetes. Tal problema só passou a ser considerado como grave para as eleições de 2014, após o TSE editar uma resolução. Segundo o ministro, alterações nas regras eleitorais só devem ter efetividade maior após um pleito, por isso, tal erro levará à desaprovação nas próximas eleições, não nestas.

Apesar de aprovar com ressalvas, Mendes destacou que o aceito dos balanços não significa que o TSE chancelou todos os gastos e valores arrecadados. Ele destacou, por exemplo, reportagens da Folha de S.Paulo, mostrando que a Focal Confecção e Comunicação Visual recebeu R$ 24 milhões da campanha, só ficando atrás da empresa do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões. Na posição de segunda maior fornecedora da campanha de Dilma, a companhia tem como um dos sócios administradores uma pessoa que, até o ano passado, declarava o ofício de motorista como profissão.

Alckmin

A Justiça Eleitoral rejeitou as contas da campanha eleitoral do governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Por 5 votos a 1, o TRE de São Paulo considerou que houve divergências entre as prestações de contas parciais e o documento final entregue pela campanha tucana no mês passado, o que configura irregularidade grave.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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