Os alunos dos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário Vale do Ipojuca (DeVry|Unifavip), seguindo a metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), fizeram o levantamento do custo da cesta básica caruaruense, referente ao mês de dezembro de 2016. Segundo a pesquisa, R$ 250,89 é o valor da cesta básica na cidade, o que registra uma queda de 1,69% em relação ao mês anterior, que era de R$255,13. Com isso, a cesta básica caruaruense fechou 2016 registrando a quinta queda consecutiva nos preços.
Considerando o gasto médio mensal dos componentes básicos da cesta, os itens que apresentaram maiores pesos foram a carne (22,52%), o pão (17,39%), o feijão (11,77%) e o leite (10,80%). Para comprar a quantidade necessária de carne para todo o mês, o caruaruense precisou desembolsar em média R$ 56,50. Para os outros itens, o valor gasto foi, em média, de R$43,62 para o pão, R$29,54 para o feijão e R$27,09 para o leite.
Em dezembro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais diminuiu em 25 das 27 capitais – onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As demais apresentaram elevação. As maiores reduções foram verificadas em Aracaju (-5,11% – R$ 349,68), Campo Grande (-4,61% – R$ 408,06), São Luís (-4,13% – R$ 356,07). Já as elevações, ocorreram apenas em Manaus (0,22% – 395,08) e Rio Branco (0,97% – 384,44).
De acordo com a pesquisa, fazer compras dos itens da cesta básica nos supermercados é a opção mais barata para o consumidor caruaruense, que gastaria a menos, em média, R$0,90 comparando com os preços dos mercadinhos. Porém, comparando outros itens, os preços do tomate, da carne, da farinha e da banana entre os supermercados e as feiras, o supermercado não vale a pena. Se o consumidor caruaruense comprasse os quatro itens nas feiras economizaria, em média, R$ 0,96.
Vale salientar que a cesta mais cara do país entre as capitais continua sendo a de Porto Alegre (R$ 459,02) e a cesta mais barata, mais uma vez, foi a de Recife (R$ 347,96). Aracaju passou a ocupar a segunda posição, entre as cestas mais baratas do Brasil (R$ 349,68). A cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a de Recife. A diferença foi um pouco menor se comparada às variações anteriores, passando de R$97,95 para R$97,07.
Salário mínimo – A pesquisa também levantou os custos e as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica em Caruaru no mês de dezembro, além do salário mínimo necessário para a compra, levando em consideração uma família composta por três pessoas adultas (um casal e um filho) ou quatro pessoas (duas pessoas adultas – um casal – e duas crianças).
De acordo com os dados levantados, uma família caruaruense deveria então receber um salário mínimo, em dezembro, de R$ 2.107,73 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e outros itens essenciais como moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte etc, garantindo, assim, a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,39 vezes mais que o salário mínimo de R$ 880 atualmente em vigor.
Ao considerar que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru em dezembro utilizou 28,38% de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação. Para pagar o valor apresentado pela cesta básica em dezembro, o assalariado caruaruense precisou trabalhar 62 horas e 43 minutos.