Representantes do Governo Britânico visitam a Compesa

O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, recebeu ontem (25) a visita da vice-embaixadora do Reino Unido Brasil, Liz Davidson, na sede da empresa, no bairro de Santo Amaro, no Recife. Também participaram da visita a gerente do Programa de Cidades Inteligentes do Consulado Britânico, Gabriela Figueiredo, e o Conselheiro de Desenvolvimento Econômico, George Sherriff. O encontro celebrou a parceria estabelecida entre o Governo de Pernambuco e o Governo Britânico para execução de projetos de combate às perdas nos sistemas de abastecimento de água da Região Metropolitana do Recife. Durante o encontro, Tavares, acompanhado do diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barretto, fez um balanço da atuação da Compesa, nos últimos dez anos, período que realizou investimentos da ordem de R$ 7 bilhões em abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão, tecnologia e inovação. A embaixatriz aproveitou para conhecer o Universo Compesa, um espaço criado para divulgar a história do saneamento, em Pernambuco, e realizar atividades socioambientais.

O Estado de Pernambuco, por meio da Compesa, foi contemplado com investimentos do Governo Britânico a partir da indicação do Banco Mundial (BID), que já acompanha o trabalho da empresa há mais de dez anos, inclusive com investimentos, a exemplo do Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco (PSH). O Governo Britânico está investindo 5 milhões de libras – o equivalente a R$ 25 milhões – em consultoria para o desenvolvimento de projetos que buscam gerar boas práticas no combate às perdas de água. A parceria, coordenada pelo Banco Mundial, vai desenvolver um projeto-piloto no Recife e também está estudando o comportamento dos clientes da Compesa para ajudar a empresa a definir estratégias para aprimorar o seu relacionamento.

Semana passada, já foi apresentado aos técnicos da Compesa um estudo preliminar com o diagnóstico feito pelos consultores do Banco Mundial. A próxima fase será a entrega do relatório técnico de modernização dos programas de redução e controle de perdas. Na etapa seguinte está previsto o suporte para a realização de workshops e feira tecnológica para promover a discussão do tema com os profissionais da Compesa. Para finalizar o processo, o Banco Mundial ainda dará suporte na elaboração do Termo de Referência para realizar a licitação para contratação de performance em perdas de água. As ações definidas nesse estudo serão aplicadas, como projeto-piloto,em um bairro do Recife, ainda em definição pela Compesa e Banco Mundial.

Humberto lamenta desmonte do Minha Casa, Minha Vida promovido por Temer e Bolsonaro

Defensor das políticas de inclusão social criadas nos governos Lula e Dilma, que beneficiaram milhões de brasileiros, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou, nesta terça-feira (26), o desmonte do Estado promovido desde que Temer deu um golpe, principalmente no maior programa habitacional da história do país. Segundo Humberto, não há nada para comemorar na semana em que se completam 10 anos do Minha Casa, Minha Vida, lançado em 25 de março de 2009.

“Infelizmente, temos só a lamentar. O que vemos, hoje, é essa iniciativa revolucionária construída no governo Lula jogada na lata do lixo, a despeito de milhões de famílias que não têm um teto próprio embaixo do qual se abrigar. Num momento de crise profunda, o governo os abandona ao relento e lhes tira toda e qualquer possibilidade de ter uma casa própria”, declarou.

O senador ressaltou que, após 4 milhões de casas contratadas e entregues, o Minha Casa, Minha Vida teve uma abrupta queda nas contratações, especialmente nas faixas de baixa renda. Segundo ele, em 2013, as contratações nesse segmento respondiam por 59% de todo o programa. Após o desmantelamento promovido por Temer e, agora por Bolsonaro, elas caíram para 4,5%.

“O programa está sendo reduzido a pó na atual gestão, que estrangulou o orçamento da área, prejudicando duramente a população e o setor da construção civil, que teve mais de R$ 110 bilhões injetados nos últimos anos pela iniciativa. A omissão de Bolsonaro de implementar políticas sociais que possam melhorar a vida do nosso povo é lamentável”, criticou.

Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais repudia comemorações do Golpe de 1964

Nota Pública

A Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) manifesta repúdio à medida anunciada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, que confirmou a recomendação do presidente Jair Bolsonaro para atos em comemoração ao Golpe Militar, no próximo dia 31 de março.

Para os defensores públicos federais, que atuam na garantia dos direitos humanos, a decisão do Governo é um estimulo grave ao ódio e à tortura. Celebrar a data é ignorar a dor de dezenas de brasileiros, é retroceder aos direitos conquistados sob a morte daqueles que lutaram por um País livre, entre eles índios, sindicalistas e líderes rurais e religiosos, desaparecidos e assassinados durante o triste período da ditadura militar.

Temos apreço e respeito às Forças Armadas que têm como seu papel institucional garantir e preservar os poderes constitucionais. No entanto, sob a pretensão de exaltar o Exército Brasileiro, a comemoração do golpe de 64 celebra um momento em que o papel das Forças Armadas foi deturpado e corrompido. O golpe de 64 representou uma violação profunda do Estado Democrático de Direito, inaugurando um período em que a tortura, a violência e a perseguição política foram institucionalizados no Brasil.

Em nome daqueles que sofreram e ainda sofrem a dor dos dias marcados pela ditadura militar, rechaçamos qualquer manifestação no sentido de reconhecer a data além do que ela estritamente representa: um dos períodos de maior sofrimento na história do País.