LIVRES realiza lançamento do Caderno de Políticas Públicas em Caruaru

O Movimento Livres, liderado por Jeferson Tepo em Pernambuco, está preparado para lançar o aguardado Caderno de Políticas Públicas em Caruaru. O evento está marcado para o dia 10/05, sexta-feira, às 18h30, no Coworking Realiza, localizado no Caruaru Shopping. Este caderno, concebido pelo Conselho Acadêmico do Livres e lançado oficialmente em São Paulo no mês de março, reúne mais de 80 propostas a nível municipal, elaboradas por uma equipe que inclui nomes como Sandra Rios, Leandro Piquet, Persio Arida, Elena Landau, Samuel Pessoa, Fernando Schuler e Ricardo Paes de Barros.

Jeferson Tepo, líder do Movimento Livres em Pernambuco, expressou entusiasmo com o evento, destacando a importância de disseminar ideias que possam impulsionar o avanço das pautas liberais em todo o estado, com especial atenção para Caruaru. “O nosso compromisso é espalhar as boas ideias. Vários pré-candidatos da região foram convidados a participar do lançamento conosco. É possível avançarmos com as boas ideias liberais, baseadas em evidências, e que podem contribuir com as cidades, principalmente minha querida Caruaru”, afirmou Tepo.

Além disso, o evento contará com a participação de Yanez Freitas, Mobilizador Social do movimento, originário do Cabo de Santo Agostinho, que hoje faz sua contribuição ao Livres em São Paulo na sede da instituição.

Yanez Freitas expressou sua satisfação com a iniciativa, parabenizando Jeferson Tepo pela liderança e coordenação do núcleo do Livres em Pernambuco. “Este evento é de suma importância para a promoção do Caderno de Políticas Públicas, pois oferece uma plataforma crucial para compartilhar ideias e promover o debate sobre soluções inovadoras para as cidades”, destacou Yanez Freitas.

Federação PSOL/ Rede escolhe Dani Portela como pré-candidata a prefeita do Recife

A federação PSOL/ Rede aprovou, por consenso, o nome da deputada estadual Dani Portela (PSOL) como a pré-candidata à prefeitura do Recife para o pleito 2024. A postulação da deputada obteve os 5 votos da composição do Diretório Municipal da Federação. A decisão da instância municipal tem a prerrogativa para a escolha do nome que compõe a chapa da federação na disputa.

Para a presidenta municipal da federação, Luiza Carolina, a definição cumpriu todas as etapas dos ritos internos definidos pelo seu estatuto nacional. “Encerramos esse processo com a tranquilidade de termos esgotado todos os debates internamente. Analisamos as propostas apresentadas e decidimos pelo projeto que representa as nossas lutas”, afirma Luiza.

Na última terça-feira, a porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, Heloisa Helena, veio ao Recife para se reunir com o diretório municipal da Federação PSOL/ Rede. Durante o encontro, ela reafirmou a autonomia da instância para a decisão sobre a chapa que representa o conjunto dos partidos.

Para a deputada Dani Portela, agora é momento para pensar nas propostas para a cidade, construindo um programa de governo com ampla escuta da população. “Vamos iniciar uma série de plenárias temáticas para discutir com os movimentos sociais, universidades, organizações, os principais desafios do Recife e elaborar conjuntamente as nossas propostas de políticas públicas. Esse fazer coletivo é que move essa pré-candidatura, que nunca foi só minha, mas de todo um campo político da nossa cidade”, finalizou a deputada.

Atos antidemocráticos: STF condena mais 10 pessoas; já são 206 condenados

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 10 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro pela prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Para cinco pessoas, as penas foram fixadas em 14 anos de prisão, para três em 17 anos, para uma em 17 anos e seis meses e em 11 anos e 11 meses de prisão para a outra.

O julgamento foi realizado na sessão virtual concluída em 26/4. Até o momento, as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) resultaram em 206 condenações.

Intenção de derrubar o governo

A maioria do Plenário acompanhou o voto do ministro Alexandre de Moraes (relator), no sentido de que, ao pedir intervenção militar, o grupo do qual eles faziam parte tinha intenção de derrubar o governo democraticamente eleito em 2022. O relator observou que, conforme argumentado pela PGR, trata-se de crime de autoria coletiva (execução multitudinária) em que, a partir de uma ação conjunta, todos contribuíram para o resultado.

Defesas

As defesas alegaram, entre outros pontos, que as condutas dos réus não foram individualizadas, que os atos não teriam eficácia para concretizar o crime de golpe de Estado, que eles pretendiam participar de um ato pacífico e que não teria havido o contexto de crimes de autoria coletiva.

Provas explícitas

O relator constatou que, entre as muitas provas apresentadas pela PGR, algumas são explícitas, produzidas pelos próprios envolvidos, como mensagens, fotos e vídeos publicados nas redes sociais. Há também registros internos de câmeras do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF e provas com base em vestígios de DNA encontrados nesses locais, além de depoimentos de testemunhas. Esse entendimento foi seguido pela maioria do colegiado.

Indenização

A condenação também abrange o pagamento de indenização, a título de danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 30 milhões. Esse valor será quitado de forma solidária por todos os condenados, independentemente do tamanho da pena.

Condenações

Foram julgadas as Ações Penais (APs) 1136, 1140, 1141, 1146, 1370, 1378, 1384, 1410, 2335 e 2337.

Recursos

Na mesma sessão, foram rejeitados recursos (embargos de declaração) e mantidas as condenações dos réus nas APs 1148, 1168, 1388, 1395, 1403, 1492, 1500, 1501 e 1504. Por unanimidade, o colegiado verificou que não foram apresentados argumentos que justificassem a alteração das decisões anteriores.

Brasil anuncia iniciativa global para integridade da informação sobre mudanças climáticas

Promoção e defesa da integridade da informação no centro dos debates globais e com liderança do Brasil. Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou que o país está na liderança de uma iniciativa global para promover a integridade da informação sobre mudanças climáticas e compreende o G20 como espaço privilegiado para isso. A declaração foi nesta quarta-feira, 1/5, durante a abertura do evento paralelo do grupo de trabalho de Economia Digital do Fórum, em São Paulo.

De acordo com Pimenta, as Nações Unidas e a Unesco já estão “gestando a proposta”, que deve reunir coletivos internacionais de pesquisadores como a Rede de Conhecimento Global, o Observatório da Informação e Democracia e o Painel Internacional sobre o Ambiente Informacional, assim como outras agências do Sistema ONU envolvidas no enfrentamento das mudanças climáticas.

“Acreditamos que a desinformação e o discurso de ódio afetam o exercício pleno de direitos individuais e coletivos. O enfrentamento à desinformação e ao discurso de ódio fortalece a liberdade de expressão, porque promove o acesso à informação para o conjunto da sociedade e protege o direito de expressão de grupos minorizados”, afirmou.

Pimenta ainda destacou que o governo busca diálogo permanente para enfrentar a desinformação e o discurso de ódio, defendendo os direitos humanos. Para ilustrar os esforços, falou sobre iniciativas como o Brasil contra Fake, a plataforma ComunicaBR e a Estratégia Brasileira de Educação Midiática. “O Brasil aposta numa abordagem abrangente, que promova equilíbrio de direitos. Acreditamos no valor da informação e da transparência para garantir que os cidadãos tenham informações precisas sobre o governo e as políticas públicas”.

REGULAÇÃO – Pimenta salientou ainda que o Brasil seguirá pautando globalmente a urgência pela regulação “democrática” das plataformas digitais. O chefe da Comunicação do governo resgatou que o modelo de negócio das empresas favorece a disseminação de desinformação e discursos de ódio e que as plataformas precisam ter mais responsabilidade para garantir que o ambiente digital não seja usado para a disseminação de conteúdos ilegais.

“A regulação deve ser equilibrada para promover e garantir a liberdade de expressão ao mesmo tempo em que protege outros direitos fundamentais dos cidadãos. Entendemos que a União Europeia e o Reino Unido são referências de legislação recente que vão nessa direção e devem inspirar os debates globais”, declarou.

Anderson Correia apresenta PL para implantação de rastreamento de animais no Aeroporto de Caruaru

A morte do cão Joca, que foi levado por engano para Fortaleza e ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de cerca de 36°C, segundo a família, dentro do canil, sem comer, chocou o Brasil e mobilizou vários setores da sociedade e da política em busca de uma regulamentação adequada do transporte aéreo de animais de estimação.

Com o objetivo de contribuir para isso no âmbito municipal, o vereador Anderson Correia apresentou um projeto de lei que determina às empresas de transporte aéreo de passageiros, que operarem no Aeroporto de Oscar Laranjeira, a implantarem rastreamento no transporte de PETs – animais de estimação.

“O que aconteceu com o cão Joca é inadmissível e irreparável, algo que não pode mais acontecer. Por isso, trouxemos esse projeto de lei para nosso aeroporto, com a finalidade de ter uma política eficaz para evitar fatalidades como essa. No projeto, propomos que haja o rastreamento durante todo o trajeto da viagem, até o momento da entrega ao tutor, e que as acomodações destinadas aos animais de estimação devem respeitar padrões mínimos de bem-estar dispostos em regulamento, de acordo com as normas técnicas de medicina veterinária. Agora, esperamos ver o PL sair do papel e Caruaru se tornar referência nesta pauta”, destacou Anderson.

Vereadores enalteceram a cultura caruaruense em Sessão Ordinária

Nesta quinta-feira (2), o Poder Legislativo de Caruaru debateu empregabilidade, cultura, abastecimento de água, entre outras pautas, na Câmara Municipal. A vereadora Aline Nascimento (PP), que presidiu a Sessão Ordinária, falou sobre a inauguração da Casa do Trabalhador, que aconteceu no dia de hoje, em Caruaru. Aline relembrou sua indicação ao governo estadual, feita em 2021, que pedia uma agência de trabalho para a cidade. Em sua fala, a parlamentar parabenizou a governadora Raquel Lyra pela ação e destacou que a instituição é a segunda existente em Pernambuco.

Abastecimento de Água

Na tribuna, Katia da Rendeiras (União Brasil) expôs a recorrente falta de água nos bairros Rendeiras e Cedro. Segundo a parlamentar, os relatos indicam que algumas ruas estão sem abastecimento há meses. Katia disse ainda que marcou uma reunião com o diretor regional da Compesa, Antônio Freire, para debater a problemática.

Cultura

Lula Torres (PSDB) informou na tribuna que vai apresentar um voto de aplausos às pessoas que fazem a cultura de Caruaru justificando que a cidade se destaca culturalmente no cenário nacional. O vereador aproveitou para parabenizar Hérlon Cavalcanti, presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, por sua atuação, como também o prefeito Rodrigo Pinheiro.

A vereadora Perpétua Dantas (Avante) explicou que a abertura da Semana Municipal da Dança, que seria no Espaço Cultural Tancredo Neves, foi realocada para a Fundação de Cultura, a partir das 19h de hoje. Ainda na pauta cultural, a parlamentar comemorou a implementação, que vem sendo feita em escolas municipais, da Capoeira como atividade extracurricular; iniciativa que partiu de uma propositura sua.

Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

Ministério da Agricultura começa primeira etapa de vacinação contra febre aftosa. Foto: MAPA/Divulgação

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.

Governo fixa limite para captura de lagostas na costa brasileira

Pesca da lagosta. Foto: axistravel/Pixabay

Duas espécies de lagosta que vivem na costa brasileira tiveram limite máximo para a captura definido para a temporada de 2024, após análise das populações dos animais no país. A partir desta quinta-feira (2), só poderão ser capturadas 6.192 toneladas das lagostas vermelha (Panulirus argus) e verde (Panulirus laevicauda).

Com as novas regras estabelecidas pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a temporada de captura desses animais será encerrada quando contabilizados 95% desse limite. Se o peso total de captura não for atingido, o período acaba no dia 31 de janeiro de 2025.

A finalidade das novas regras é a recuperação das populações das duas espécies necessárias para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e de importância econômica nas regiões Norte e Nordeste do país.

“O Brasil passa a adotar melhores práticas para garantir a sustentabilidade dos estoques”, explica Roberto Ribas Gallucci, diretor-substituto de Gestão Compartilhada de Recursos Pesqueiros do MMA.

Obrigatoriedade

O monitoramento do limite estabelecido será feito através da informação de recebimento da produção que passa a ser obrigatória para empresas pesqueiras, em até três dias úteis, da data constante na nota do produtor, da empresa, fiscal da primeira venda. A Declaração de Entrada da Lagosta em Empresa Pesqueira deverá ser feita no site do MMA.

Além disso, foram proibidos o transporte e desembarque de animais mortos e a caça de fêmeas ovadas. Para comercialização, armazenamento e beneficiamento das duas espécies, passa a ser obrigatório o envio de uma declaração de estoque, no prazo máximo de sete dias após o fim da temporada. O formulário pode ser preenchido e enviado pelo site do Ministério da Pesca e Aquicultura.

Uma portaria interministerial publicada na última terça-feira (30), no Diário Oficial da União, detalha as novas regras. Segundo o texto, as normas sobre o defeso anual e os equipamentos permitidos na pesca da lagosta, existentes anteriormente, foram mantidas sem mudanças.

Governo mantém Concurso Unificado em todo o país neste domingo (5)

O governo federal confirmou nesta quinta-feira (2) a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, em todo o país, no próximo domingo (5).

Em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o governo passou a monitorar a logística para a realização do certame no estado. Nas redes sociais, a realização do concurso foi questionada por candidatos que farão as provas no Rio Grande do Sul, estado que está em situação de calamidade. Em entrevista a jornalistas esta semana, o governador do estado, Eduardo Leite, chegou a propor um adiamento da aplicação das provas no estado. A mesma solicitação foi feita por parlamentares gaúchos.

Em nota, além de confirmar a aplicação das provas, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou que serão adotados esforços para garantir a participação dos candidatos do estado.

“O governo federal envidará todos os esforços para garantir, no Rio Grande do Sul, a participação dos candidatos, em diálogo com as autoridades federais, estaduais e municipais competentes”, afirmou a pasta.

No Rio Grande do Sul, são pouco mais de 80 mil candidatos inscritos, que farão provas em dez cidades, incluindo Santa Maria e Santa Cruz do Sul, que estão entre os municípios mais afetados.

Segundo o MGI, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das Forças Armadas vão atuar para garantir a normalidade na aplicação das provas para os candidatos, incluindo eventual desimpedimento das rotas de acesso. Mais cedo, o próprio governo federal informou que há 141 pontos de bloqueio em rodovias federais e estaduais que cortam o estado.

O CPNU é o concurso com o maior número de candidatos já realizado no país. Em todo o Brasil, serão 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado disputarão 6.640 vagas em cargos públicos oferecidas por 21 órgãos públicos federais.

Chuvas

O Rio Grande do Sul já registra 29 mortes em decorrência das chuvas que atingem o estado nos últimos dias. Também há 60 pessoas desaparecidas no estado.

O total de pessoas em abrigos é de 4.645 e outras 10.242 estão desalojadas. O número de municípios afetados chegou a 154.

Chuvas deixam 19 barragens em estado de atenção no Rio Grande do Sul

Pessoas caminham em área alagada às margens do Rio Taquari durante fortes chuvas em Encantado Rio Grande do Sul, Brasil, 2 de maio de 2024. REUTERS/Diego Vara

Pelo menos 19 barragens estão em estado de alerta ou atenção devido às consequências das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última sexta-feira (26).

Em nota divulgada hoje (2), a secretaria estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informou que está monitorando 14 barragens de usos múltiplos que estão em estado de alerta, incluindo a da Usina de Geração de Energia 14 de Julho.

Parte da estrutura da 14 de julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na serra gaúcha, a cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre, se rompeu no início da tarde desta quinta-feira, potencializando o risco da elevação do nível do Rio Taquari causar inundações e enchentes em ao menos sete cidades (Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado) da bacia do Rio Taquari-Antas.

As áreas de influência de cinco das 14 estruturas monitoradas pela Sema estão em processo de evacuação. São elas: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha.

Barragens

Ainda de acordo com a secretaria estadual, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) estão acompanhando a situação de outras cinco barragens de geração de energia elétrica em estado de atenção. São elas: Capigui, em Passo Fundo; Guarita, em Erval Seco; Herval, em Santa Maria do Herval; Passo do Inferno, em São Francisco de Paula, e Monte Carlo, entre Bento Gonçalves e Veranópolis.

Segundo a Sema, o volume de chuva estimado para os próximos dias pode ocasionar alagamentos semelhantes aos níveis de novembro do ano passado, quando o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores enchentes de sua história.

As áreas mais atingidas podem ser as regiões dos rios Caí e Taquari, que atravessam municípios com grande concentração populacional. No momento, a situação mais delicada é no Vale do Caí, onde as quatro estações fluviométricas indicam que o rio ultrapassou a cota de inundação. No Vale do Taquari, o ponto mais sensível é a região da cidade de Estrela, onde o curso d’água também superou a cota de inundação, atingindo mais de 20 metros.

Devido ao volume de chuva registrado dos últimos quatro dias, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) considera “muito altas” as chances de, nas próximas 48 horas, ocorrerem novas inundações graduais e bruscas e de alagamentos em áreas rebaixadas da região metropolitana de Porto Alegre, bem como nas mesorregiões Nordeste, Centro-Oriental e Centro-Ocidental Rio-Grandense, além de parte do sul catarinense.

Segundo o Cemaden, se a previsão se confirmar, as condições favorecerão que o nível dos rios Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Baixo Jacuí, Maquiné e Três Forquilhas continue subindo.

Desde o início de segunda-feira (29), as forças de segurança do estado estão agindo preventivamente, orientando e evacuando famílias das áreas de risco para casas de familiares, amigos ou abrigos municipais. A ação inicial está concentrada nas cidades de Candelária e Roca Sales, diante do risco de eventos climáticos mais extremos.

Mortos e feridos

O mais recente balanço da Defesa Civil estadual, divulgado ao meio-dia de hoje (2), aponta que ao menos 13 pessoas morreram e 12 ficaram feridas em todo o estado devido às consequências das chuvas intensas.

As mortes confirmadas ocorreram nos seguintes municípios: Encantado (1); Itaara (1); Pântano Grande (1); Paverama (2); Salvador do Sul (2); Santa Cruz do Sul (1); Santa Maria (2); São João do Polêsine (1); Segredo (1) e Silveira Martins (1).

Mais cedo, a Defesa Civil chegou a contabilizar três óbitos em Santa Maria, mas corrigiu a informação ao longo da manhã, informando que uma destas mortes, na verdade, foi registrada em Silveira Martins.

Pessoas resgatam seus pertences perto de uma área alagada próxima ao rio Taquari durante fortes chuvas na cidade de Encantado Rio Grande do Sul, Brasil, 1º de maio de 2024. REUTERS/Diego Vara
Pessoas resgatam pertences perto de área alagada por fortes chuvas na cidade de Encantado – Foto – Reuters – Diego Vara

Há 21 pessoas desaparecidas e mais de 67.860 mil pessoas foram de alguma forma afetadas por alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais. O número de desalojados, ou seja, de pessoas forçadas a deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens pagas, chega a 9.993, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais somam 4.599 pessoas.