Reeleição? Tô fora!

Do Diario de Pernambuco

Quarenta e dois anos. Esse é o espaço de tempo entre o primeiro e o atual mandato do prefeito de Bezerros, Severino Otávio (PSB). Branquinho, com é mais conhecido, comandou o município pela primeira vez em 1973. Voltou ao cargo na eleição de 2012, tendo, portanto, o direito a disputar a reeleição. Mas esse é o caminho que Severino Otávio não quer percorrer. O socialista decidiu não participar da disputa em 2016. As dificuldades impostas pela crise econômica seriam o maior motivo dos desencantos dele com a administração pública.

“Já dei minha cota de sacrifício. Ser prefeito agora é um desafio para gigantes e eu sou pequeno”, desabafou. O sentimento exposto na frase dele resume o pensamento de outros prefeitos que também estão preocupados com a inviabilidade da gestão por conta da recessão econômica. Por isso, também cogitam a possibilidade de não renovar o mandato.

“Tenho esse pensamento. Vai depender da situação. A crise desanima a gente”, ponderou o prefeito de Tuparetama, Edvan Pessoa (PSD). Ele, no entanto, fez questão de frisar que qualquer decisão será tomada em conjunto com o seu grupo político. Para mostrar as dificuldades do município, Edvan citou a escassez do abastecimento de água na área. “A barragem do Rosário secou e os moradores viram voltar o tempo do carro-pipa. Desde 1993 isso não acontecia”, destacou.

Na avaliação dos prefeitos, administrar um município nos dias atuais não é uma tarefa fácil. “Sem responsabilidade você até governa, mas para quem governa com responsabilidade está muito difícil”, observou Severino Otávio. O socialista afirma que os prefeitos precisam fazer uma ginástica com o orçamento para atender os serviços básicos e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que recai nos gastos com pessoal. “E ainda temos que assumir as despesas criadas pelo governo federal, que repassa tudo para os municípios. Então, é preciso uma melhor distribuição de recursos”, alertou Branquinho.

PSB desiste de fazer oposição ao governo Dilma 

Reunião da Executiva Nacional do PSB desta quarta-feira (14) definiu que o partido manterá postura independente em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff. A decisão mostra recuo da legenda, que vinha sinalizando pela mudança definitiva para a oposição. No entanto, a resolução mantém o posicionamento crítico ao mencionar os “arranjos políticos” do Planalto com o Legislativo, o que foi chamado de “enorme toma-lá-da-cá”. O documento acusa ainda a gestão petista de estar entregue “a forças conservadoras e antipopulares”.

O texto assinado pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, informa que lançará candidaturas próprias para as eleições municipais e estaduais de 2016. Embora sem apontar qualquer nome, o presidente da legenda também não deixa dúvidas de que terá candidato próprio para as eleições presidenciais de 2018. “O PSB decide lançar candidaturas próprias nas capitais e cidades pólos de todos os Estados nas eleições municipais de 2016, e também anunciar a determinação de ter candidatura própria à Presidência da República na eleição de 2018”, diz trecho da nota.

A cúpula da legenda ainda fez ponderações sobre as alterações do cenário político dos últimos meses, desde a última reunião da Executiva Nacional, em agosto deste ano. O documento avalia que o novo contexto político – em que pesem a rejeição das contas da presidente pelo Tribunal de Contas da União e as liminares do Supremo Tribunal Federal contra o rito de impeachment estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – “potencializa as incertezas, as quais na prática paralisam o país”

Governo desiste de recriar a CPMF

Da Folha de S. Paulo

Diante de reações negativas, a presidente Dilma Rousseff desistiu neste sábado (29) de propor a recriação da CPMF, o chamado imposto do cheque, para cobrir um rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento da União de 2016.

A decisão foi tomada durante reunião neste sábado (29) à tarde da presidente com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento).

Durante a reunião, a avaliação feita é que a reação contrária à ideia, principalmente de aliados e empresários, foi muito forte e inviabilizou sua aprovação neste ano.

Agora, o governo pretende fazer uma discussão de médio e longo prazos sobre o financiamento da saúde. Nestas discussões, a ideia de recriar a CPMF pode ser levantada novamente.

PRESSÃO

Além de aliados como o vice-presidente Michel Temer (PMDB), políticos e empresários, a presidente Dilma Rousseff foi pressionada também por assessores diretos a desistir de propor a volta da CPMF, o imposto do cheque, que a equipe econômica pretendia apresentar ao Congresso na próxima segunda-feira (31).

O argumento da área econômica foi o de que a recriação do tributo era o melhor caminho para o governo fechar o Orçamento de 2016 e tapar um buraco de R$ 80 bilhões causado pela continuação da queda da receita federal em 2016.

Governo desiste de estender horário de verão

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira (11) que o governo desistiu da proposta de estender o horário de verão. De acordo com ele, estudos indicaram que a economia de energia gerada nesse período seria muito pequena e, portanto, não valeria a pena. A decisão foi tomada durante uma reunião entre Braga e a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

O governo estudava ampliar em um mês o horário de verão, que está em curso desde o dia 19 de outubro com previsão de término em 22 de fevereiro, para economizar energia.

A possibilidade foi analisada diante do cenário atual de crise do setor elétrico, com os índices de chuva abaixo do esperado nos últimos meses e queda acentuada no nível de água nas represas das principais hidrelétricas do país.

De acordo com o ministro, com o fim do verão cada vez mais próximo, boa parte do país passa a ter noites mais longas. Assim, se estendido o horário de verão ao longo do mês de março, o consumo de energia durante a manhã aumentaria, reduzindo muito o ganho com a economia no período da tarde, que já seria pequeno.

Demóstenes Veras não tem candidatura registrada junto ao partido

demostenes-veras2Tudo indica que o  vereador Demóstenes Veras (PROS), que seria candidato a deputado Estadual não terá mais sua candidatura registrada.

Segundo foi divulgado, o Pros, partido ao qual ele é filiado não colocou o seu nome na lista para o site Divulgacand, local onde são passadas as informações sobre candidatos e coligações.

O motivo pela possível desistência do parlamentar talvez seja o apoio do partido ao candidato Paulo Câmara, sendo que Veras já tinha firmado apoio a Armando Monteiro.

Diagnóstico médico derruba candidatura à reeleição de Inocêncio Oliveira

Do Blog da Folha

Após desistir, voltar atrás, desistir e voltar atrás (podemos repetir isso por algumas linhas), o deputado Inocêncio Oliveira (PR) não disputará a reeleição na Câmara Federal. A assessoria do republicano informou, há pouco, que um diagnóstico de especialistas sobre terapia no joelho indicou que o decano não teria condições de prosseguir com sua agenda política por municípios do Interior. O documento médico é assinado pelos médicos Osmar Couto e Rogério Antunes. O texto ressalta que o veredicto deixou o experiente deputado com lágrimas nos olhos.

Inocêncio Oliveira, no entanto, indica que deverá seguir militando de alguma forma e destaca que, ao final do atual mandato, escreverá um livro que contará as suas contribuições para a política brasileira.

Entretanto, ao contrário do que se esperava, a aposentadoria de Inocêncio no que diz respeito a mandatos eletivos não o levará a apoiar unicamente a eleição do seu primo, Sebastião Oliveira (PR). O decano estará alinhado a quatro postulantes distintos.

Segue, abaixo, o comunicado da assessoria de Inocêncio:

“Com lágrimas nos olhos e após diagnóstico de especialistas sobre terapia do joelho, comunico minha decisão definitiva de não ser mais candidato à reeleição de deputado federal. O dr Osmar Couto, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia, e o dr Rogério Antunes apresentaram o diagnóstico de que a maratona física que desenvolvo em minhas atividades políticas impossibilitam minha recuperação do joelho. Irei, portanto, dedicar-me com mais intensidade ao tratamento de saúde.

Ao final deste 10º mandato, irei escrever um livro relatando minhas atividades políticas desde que fui eleito deputado federal em 1974. Revelarei, inclusive, fatos sobre a campanha das diretas em 1983-1984, quando votei a favor da emenda Dante de Oliveira e fui considerado um dissidente do partido governista. Toda minha trajetória política foi dedicada às causas da democracia, do desenvolvimento de Pernambuco, da interiorização do desenvolvimento e universalização da educação.

O Partido da República, do qual sou presidente em Pernambuco, terá quatro candidatos a deputado federal: Sebastião Oliveira, Anderson Ferreira, Ulisses Felinto (de Timbaúba) e pastor Ezequias, de Abreu e Lima. Para deputado estadual são também quatro candidatos: Rogério Leão, Alberto Feitosa, Henrique Queiroz e Jânio Gouveia”.

Jarbas desiste do Senado e indica Raul Henry para vice

Do PE247

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) anunciou, por meio de nota, que não irá concorrer à reeleição nas próximas eleições. Jarbas estava cotado para ser candidato à reeleição em uma chapa encabeçada pelo PSB, após o reatamento das relações entre ele e o governador e presidenciável Eduardo Campos. O senador ainda não definiu se será ou não candidato à Câmara Federal.

Na nota, o parlamentar indica o nome do deputado federal Raul Henry para compor a chapa majoritária da Frente Popular (união de partidos que dão sustentação ao governo de Eduardo Campos). A indicação praticamente define que o PMDB será o indicado por Campos para ocupar a vaga de vice na chapa socialista que irá disputar o Governo do Estado.

Jarbas e Campos tiveram um encontro reservado no último final de semana para discutirem o cenário eleitoral deste ano. Na ocasião, Campos teria deixado claro que Jarbas poderia ser o candidato ao Senado, caso o parlamentar assim desejasse. Apesar do apoio mútuo, Jarbas acabou por declinar da possibilidade. “Amadureci uma decisão que quero comunicar publicamente ao povo de Pernambuco: não disputarei a reeleição para o Senado Federal. Já comuniquei essa posição ao meu partido e ao governador Eduardo Campos. Sendo assim, com minha saída da disputa senatorial, o PMDB sugere o nome do deputado federal Raul Henry para representar o partido na chapa majoritária da Frente Popular, contribuindo para esse movimento de renovação desejado pelos brasileiros”, disse em nota.

As especulações, contudo, há algum tempo já apontavam que o senador poderia abrir mão de disputar a reeleição e tentar uma vaga na Câmara Federal. O futuro político de Jarbas, contudo, ainda não estaria definido. Em seu comunicado, ele disse apenas que não irá deixar de contribuir com o Brasil. “Pretendo continuar na vida pública, dando minha contribuição para as práticas, as teses e os pensamentos que considero os mais adequados para colocar o Brasil entre as nações mais prósperas do mundo”, escreveu.

O presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio, lamentou a desistência de Jarbas em disputar a reeleição para o Senado, mas disse que a decisão foi tomada de forma pensada e que ela será respeitada. “Lamento a perda para o Senado e também para o país. Jarbas é um político de peso, um dos nomes mais importantes do Congresso. Mas ele tem todo o direito de seguir o seu rumo pessoal e também político”, afirmou.

Sobre a indicação do deputado Raul Henry para ser o vice na chapa encabeçada pelo PSB, Dorany disse que este fato também foi discutido e que a defesa em torno do nome do parlamentar para compor a chapa majoritária que está sendo gerida pelo governador Eduardo Campos foi tomada de comum acordo com a direção estadual do PMDB em Pernambuco. “Esta é uma decisão tomada após muita discussão, muito debate. E, agora, estamos fechados em torno da indicação de Henry para ocupar a vaga de vice”, assegurou.