Raquel Lyra e Marina Silva debatem, no Recife, gestão sustentável

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Agora filiada ao PSB, ex-senadora é recebida pela deputada estadual (Foto: Divulgação)

Ao longo dos últimos oito anos, milhões de pessoas foram tiradas da miséria e passaram a ter o direito de comer todos os dias. Mas ainda há muitas dificuldades a superar em áreas como saúde, educação, moradia, mobilidade. Questões que precisam ser vistas de forma integrada, como um ecossistema que garanta a inclusão social. Esse foi o recado dado, na noite de ontem, pela deputada Raquel Lyra (PSB) ao participar da abertura da I Jornada Sustentabilidade em Construção, ao lado da aliada e ex-senadora Marina Silva (PSB/Rede), no auditório da Fcap (Faculdade de Administração da UPE).

Segundo Raquel, que tem insistido na necessidade de os governantes adotarem um modelo de gestão justa e sustentável, a iniciativa do encontro, promovido por alunos do mestrado em gestão ambiental, foi muito oportuna, num momento em que se discutem os gargalos urbanos do Brasil. “O meu mandato estará sempre à disposição dos interessados em discutir a gestão sustentável”, afirmou.

Uma comitiva formada por Raquel, pelo secretário estadual de Meio Ambiente Sérgio Xavier, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e pelo diretor da Fcap, Arandi Campelo, recebeu Marina Silva antes do evento para uma rápida conversa sobre projetos de sustentabilidade em andamento no Recife e no Estado. Em seguida, Xavier e Marina fizeram palestras abordando a gestão sustentável.

Declarando-se uma “mantenedora de utopias”, a ex-senadora mostrou afinação com o discurso de Raquel e dos socialistas – sobretudo do governador Eduardo Campos, presidente nacional do partido – ao advertir que o mundo vive uma nova crise civilizatória provocada pela falta de princípios éticos, pelas dificuldades sociais, econômicas e ambientais desencadeadas pelos próprios homens.

“Nós adotamos a ética da conveniência, que separa a economia da ecologia. Sacrificam-se recursos naturais que estão aqui há milhões de anos em favor de um lucro de algumas décadas. Criamos o buraco negro do consumo, que vem desgastando o mundo. Chegamos ao limite da natureza e agora não sabemos o que fazer”, reforçou Marina.

Ainda segundo a ex-senadora, é preciso um movimento integrado e suprapartidário para promover a sustentabilidade.