Cidades do Agreste voltam a receber água do Sistema Jucazinho

Os municípios do Agreste pernambucano atendidos pelo Sistema Jucazinho voltaram a receber água pela rede de distribuição nessa sexta-feira (6), de acordo com o calendário definido para cada cidade. O fornecimento estava suspenso para a realização de uma obra na barragem de Jucazinho para a implantação de um sistema emergencial capaz de explorar o volume morto do reservatório.

As cidades e localidades atendidas pelo Sistema Jucazinho são: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim, Toritama, Vertentes, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Salgadinho, Casinhas, Frei Miguelinho e Ameixas. Essas áreas seguirão o calendário de distribuição de dois dias com água e 28 dias sem água.

A nova bomba submersa está operando com uma vazão de 250 litros por segundo. A expectativa da Compesa é que o sistema emergencial de captação consiga explorar todo o volume morto, que é de cerca de oito milhões de metros cúbicos de água, prolongando a vida útil da barragem por mais quatro meses.

A barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, tem capacidade para acumular até 327 milhões de metros cúbicos de água. No entanto, desde maio de 2011, não tem conseguido juntar água de forma significativa por causa da escassez de chuvas. “A Compesa tem se empenhado para preservar esse manancial, que é o maior em volume do Estado e o mais importante do interior. Contudo, nem mesmo todo o cuidado que tivemos com a sua exploração impediu que chegássemos à beira do colapso, com um nível de apenas 2,5% de acumulação, o menor de sua história”, lamentou o diretor regional do Interior, Marconi Azevedo.

Segundo o gestor, a obra estruturadora que vai trazer segurança hídrica para 68 cidades do interior, a Adutora do Agreste, está em execução e conta com 40% de seu projeto concluído. A Adutora do Agreste receberá água do Ramal do Agreste, que estará interligado ao eixo leste do canal da transposição do rio São Francisco, e vai beneficiar cerca de dois milhões de pernambucanos.

​Sistema emergencial vai captar água do volume morto da barragem de Jucazinho

A Compesa vai começar a explorar o volume morto da barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste do Estado. Uma captação por meio de bomba submersa está sendo instalada para conseguir captar a água restante da barragem, que hoje está acumulando 2,56% de sua capacidade total, que é de 327 milhões de metros cúbicos. A previsão é que o sistema emergencial esteja funcionando em até 15 dias.

Durante esse período, que começa a contar a partir deste sábado (24), as 12 cidades atendidas por Jucazinho ficarão sendo abastecidas por carros-pipa. O sistema emergencial para exploração do volume morto de Jucazinho faz parte do conjunto de obras que a Compesa está executando para reduzir o impacto que vem sendo causado pela maior estiagem dos últimos 50 anos no Estado.

A captação do volume morto de Jucazinho será feita por meio de uma bomba submersa, que atenderá ao ritmo de retirada, que é de até 250 litros por segundo.

Como a tomada d’água por gravidade da barragem já está quase à mostra, o que impossibilita a captação pelo método normal, as cidades atendidas por Jucazinho ficarão recebendo água por carros-pipa até que o sistema emergencial seja implantado, durante os 15 dias previstos. Após esse prazo, o abastecimento voltará a ser feito segundo o rodízio vigente.

O uso do volume morto vai permitir que a retirada de água seja mantida por mais quatro ou cinco meses, dentro do esquema de rodízio atual, para as 12 cidades envolvidas: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama, além do distrito de Ameixas. Caruaru, também no Agreste, continuaria sendo atendida pela barragem do Prata, enquanto Gravatá e Bezerros, pelos reservatórios de Brejinho, Cliper, Vertentes e Brejão.

O investimento para execução dessa obra é de R$ 1,3 milhão. Os recursos são provenientes do Governo do Estado e fazem parte do fundo para obras emergenciais de combate à seca. “Garantir água é o maior compromisso da Compesa e é por isso que estamos priorizando obras dessa natureza para evitar o colapso total do abastecimento nessas cidades do Agreste”, ressaltou o diretor regional do interior, Marconi Azevedo.