Até o dia 30 de novembro, grande parte dos trabalhadores com carteira assinada em todo o país – com no mínimo 15 dias de atividade – recebem a primeira parcela do 13º salário. Aposentados, pensionistas, beneficiários do Bolsa Família e aqueles que recebem pensão alimentícia também serão contemplados. Ficam de fora apenas os trabalhadores que foram demitidos por justa causa.
“O 13º é uma ajuda importante para a maioria dos brasileiros. Mesmo aqueles que gastam pouco sentem falta do benefício”, diz o coordenador do curso de Gestão Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, Daniel Cavagnari.
A primeira parcela corresponde à metade, ou 50%, do salário bruto. O professor ressalta que descontos, como a taxa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), virão apenas na segunda parcela, a ser paga até o dia 20 de dezembro. Para aqueles que foram contratados ao longo do ano, o benefício será proporcional ao número de meses trabalhados até a data do pagamento.
Como usar o 13º?
Cavagnari recomenda prudência com ofertas feitas por bancos e outras instituições financeiras nos meses que antecedem o depósito do salário. “Muitas entidades oferecem empréstimos para que os trabalhadores recebam esses valores adiantados. Porém, cobram juros incompatíveis com termos justos. É preciso estar atento”, diz.
Para aqueles que têm dívidas a juros altos ou vencidas, o professor recomenda que o 13º seja usado para quitá-las. “Negocie o pagamento com as instituições credoras e busque descontos. Lembre-se de que taxas ou juros que ainda não foram cobradas não podem incidir no adiantamento das dívidas”, explica.
Já para os trabalhadores que estão em dia com suas finanças, o professor recomenda reservar metade do valor recebido – ou mais – para as despesas de início de ano, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), uniformes, material escolar e férias. O restante do valor pode ser usado para presentes e outros gastos com as comemorações de fim de ano.
“Também é possível usar o benefício para ‘resolver a vida’, ou seja, revisar o carro, arrumar a casa, passear com a família. O bem-estar é o que temos de mais importante. Qualquer investimento nesse âmbito será bem aproveitado”, defende.