Em Serrita, governador entrega nova sede da gestão municipal

O equipamento foi batizado de Palácio Governador Eduardo Campos (Foto: Heitor Ramos/ Pref. de Serrita)

No dia em que comemorou 87 anos de emancipação, a cidade de Serrita, no Sertão pernambucano, ganhou de presente uma nova sede do Executivo municipal. O antigo prédio da prefeitura, construído em 1974, deu lugar a uma nova estrutura, inaugurada nessa sexta-feira (11) pelo governador Paulo Câmara. Batizado de Palácio Governador Eduardo Campos, o equipamento foi reerguido em parceria com o Estado, através de convênio com a Secretaria de Planejamento e Gestão, com repasse de R$ 800 mil. O investimento total foi de R$ 996,4 mil.

Ao lado do prefeito do município, Carlos Cecílio, Paulo Câmara destacou o respeito que o ex-governador Eduardo Campos tinha pelo trabalho das prefeituras. “Eduardo sempre se importou com a questão municipalista. Ele sabia exatamente o papel que as prefeituras têm junto à população de seus municípios. E, com a entrega desta nova sede, sabemos que estamos atuando em sintonia com os ideais do nosso ex-governador”, afirmou.

Para o prefeito, a homenagem ao ex-governador foi justa, pois Eduardo sempre promoveu iniciativas que impulsionavam o desenvolvimento regional. “A primeira parcela dos recursos para a construção da nossa nova sede foi repassada ainda no governo Eduardo Campos, quando a obra foi pensada. Nada mais justo do que homenagear um gestor que tanto se preocupou com o desenvolvimento regional, com iniciativas que colaboram para o avanço das regiões mais pobres”, ressaltou Carlos Cecílio.

Na oportunidade, Paulo Câmara destacou que a intervenção em Serrita dialoga com a necessidade da descentralização dos investimentos do Governo do Estado. “Não podemos olhar apenas para uma região. Governamos por igual, olhando cada pernambucano da mesma forma”, frisou o governador.

A nova estrutura foi erguida ao longo de um ano e meio, no mesmo local onde funcionava o antigo prédio, que desabou em 2012. Com área de 784 metros quadrados, o Palacete Governador Eduardo Campos conta com mais de 30 salas, entre elas os gabinetes do prefeito e do vice-prefeito, as secretarias de Governo e Administração, além da tesouraria e dos setores de controle interno, de licitação e convênios.

Paulo Câmara debate os rumos do agronegócio com ex-ministro

O governador Paulo Câmara recebeu, ontem, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, no Palácio do Campo das Princesas, para conversar sobre a implementação de ações que contribuem para o desenvolvimento do agronegócio em Pernambuco. O encontro cumpre mais uma etapa do processo da discussão proposto pelo Governo do Estado para ampliar a produtividade, a competitividade e o uso da tecnologia nas atividades ligadas ao mundo rural.

“O ex-ministro trouxe uma visão importante do que está acontecendo em nosso país, na América do Sul e no mundo. Além de uma visão muito clara de que é preciso ser mais produtivo, utilizarmos o espaço que nós temos e aproveitá-lo melhor”, comentou o governador. Rodrigues foi ministro da Agricultura entre 2003 e 2006.

Ao destacar a importância da iniciativa para os produtores, Paulo frisou que o desenvolvimento do agronegócio é fundamental para o Estado e, principalmente, para as famílias que vivem do setor. O governador pontuou que há uma série de questões da área que precisam ser otimizadas com a ajuda da tecnologia. “São discussões como essa que a gente quer trazer para Pernambuco. Hoje, tivemos uma boa visão de um especialista, uma pessoa que conhece e que tem muito a contribuir para o Brasil”, avaliou.

Rodrigues, que atualmente coordena o Centro de Agronegócio da FGV/EESP e preside o Conselho de Agronegócio da Fiesp, destacou a importância da troca de experiências. “Eu vim aqui aprender e aprendi. Estou levando uma experiência nova, e isso foi muito importante para o debate”, disse ex-ministro, pontuando que a reunião tratou dos temas gerais que cercam a produção agropecuária.

Participaram do encontro o vice-governador Raul Henry, além dos secretários Lúcia Melo (Ciência, Tecnologia e Inovação), Antônio Figueira (Casa Civil), Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico), Sérgio Xavier (Meio Ambiente), Márcio Stefanni (Fazenda), Nilton Mota (Agricultura), Danilo Cabral (Planejamento e Gestão) e José Neto (Assessoria Especial).

OPINIÃO: Para onde foram estas palavras?

Por MENELAU JÚNIOR

Palavras são como gente: nascem, divertem-se, envelhecem e morrem. Às vezes, ressuscitam, transmutam-se, evoluem. Quando pensamos que desapareceram, surgem na boca de alguém que já viveu um pouquinho. E recebem o nome de arcaísmos.

Você sabe que alguém “já passou dos trinta” quando esse alguém chama a pessoa amada de “amoreco”. Se não tiver o amor correspondido, fica logo “amuado”, porque não quer uma “amizade colorida”.

E esse apaixonado – ou “gamado” – decide comprar um cartão e vai ao “armarinho” onde se vende de tudo. Acaba “atarantado” diante das opções de cartões. Alguns, muito belos; outros, “chinfrins”. Compra um. Embora saiba que a “coqueluche” do momento seja deixar mensagens explícitas no facebook, o indivíduo prefere os cartõezinhos. Pensa na amada, bela com cabelos soltos ou usando “coque” preso com “laquê”. Sem “delonga”, paga ao dono do “armarinho” e solicita um “carro de praça”. Está decidido a ir à casa de seu “amoreco” declarar-se.

Ele, que sempre fora “acabrunhado”, estava “encafifado” com a possibilidade de não ser correspondido. Ela, com seus vinte e sete, já se dizia “encalhada”. Mas estava decidido: não iria mais “encher linguiça”, ficar com muito “falatório”. Iria chegar e dizer: “Não vivo mais sem você”.

Ao descer do táxi, conferiu se estava perfumado. Verificou o “fecho éclair” para não passar vergonha. Ajeitou o terno “engomado”. A rua estava “fervilhando” de gente. Mas nada importava. Os meses de “flerte” tinham servido para preparar o terreno. Ora elogiando a moça, ora fazendo “fiu-fiu”, ele já dera todos os motivos para ela saber de suas intenções.

No táxi, escrevera algumas palavras “mimosas”, ainda que com letra de “garrancho”. Não importava. Tudo se justificava diante de um homem “gamado”.

Tocou a campainha.

Uma “lambisgoia” atendeu, acompanhada de um rapaz “efeminado” que logo “desmunhecou”.

– A Juçara está? – perguntou com voz trêmula.

– Ela se mudou semana passada, “bofe”. Eu sirvo? – perguntou o rapaz.

O jovem “bateu as botas” ali mesmo.

Até a próxima semana.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todos os sábados. E-mail: menelaujr@uol.com.br