Ex-governador João Lyra Neto estará hoje no programa Mesa Redonda, da Rádio Cultura

O ex-governador João Lyra Neto estará sendo sabatinado hoje no programa Mesa Redonda, que vai ao ar pela Rádio Cultura AM 1.130, a partir das 10h. Ex-prefeito por duas vezes, ex-deputado estadual e ex-vice-governador de Eduardo Campos, o político irá falar da atual conjuntura nacional, a possibilidade de impedimento da presidente Dilma e as manobras de Eduardo Cunha para se manter no Poder.

João Lyra Neto também falará sobre política local e a pré-candidatura de sua filha a deputada estadual Raquel Lyra (PSB), a prefeitura de Caruaru. Depois de muita briga com a família Gomes, eles (os Lyras) conseguiram o comando do PSB em Caruaru e amanhã, Raquel já começa a pavimentar sua candidatura realizando o seminário ‘Caruaru, a cidade que precisamos’. O evento acontece às 19h, no Centro de Convenções Djalma Cintra (ao lado do Caruaru Shopping).

O programa Mesa Redonda tem o comando de César Lucena e terá a presença de dois jornalista convidados: Wagner Gil, Jornal VANGUARDA e Ricardo Perrier, Extra de Pernambuco. Serão duas horas e meia de entrevista e o ouvinte poderá participar ao vivo por telefone, watsap e e-mail. O resultado da entrevista e toda repercussão, amanhã no Jornal VANGUARDA. Nas duas próximas semanas, nesse mesmo formato, serão entrevistados, o senador Douglas Cintra (PTB) e o prefeito José Queiroz (PDT).

Tucanos comemoram com vinho e pizza abertura de processo 

Congresso em Foco

Um grupo de deputados do PSDB resolveu comemorar, com vinho e pizza, ontem à noite (2), o anúncio feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar início ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A festa foi modesta, mas reuniu cerca de 30 animados tucanos no apartamento do deputado Domingos Sávio (MG), na Asa Norte, em Brasília.

O convite para a celebrar o fato – principal bandeira da legenda este ano – foi feito no próprio grupo de Whatsapp dos parlamentares. A maior parte dos convidados era formada por deputados tucanos. O único representante do Senado que marcou presença rapidamente foi o líder Cássio Cunha Lima (PB).

Como foi organizada de última hora, a festa foi simples: até o início da madrugada haviam sido abertas três garrafas de vinho (duas delas providenciadas pelo deputado novato Arthur Virgílio Bisneto), servidas com moderação em taças. “É remédio?”, perguntou, ironicamente, um parlamentar, se referindo às doses módicas da bebida. Para acompanhar, pizza.

A comemoração seguiu madrugada adentro. Na pauta não houve espaço para grandes deliberações. “Foi só festa mesmo”, relata um tucano. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), que já chamou de “causa maior” o impeachment, garante que o partido não mudará seu posicionamento em relação a Cunha: vai continuar a pedir a saída do peemedebista da presidência da Câmara

Oposição espera mobilização popular para impeachment ganhar força 

Leonel Rocha/Congresso em Foco

Os líderes dos principais partidos de oposição – PSDB, PPS e DEM – estão sem pressa para votar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo andamento foi autorizadoontem (quarta, 2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Vamos deixar, agora, que a população se manifeste”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). A bancada de oposição sabe que sem as manifestações de rua a favor da saída da preside a aprovação do impeachment fica mais difícil.

A oposição também espera que a piora na situação econômica – com aumento do índice de desemprego e a queda no consumo e nas exportações – ajude na mobilização popular pela saída de Dilma Rousseff. Os deputados de oposição querem dividir a responsabilidade pelo impeachment com a população.

Para isto, precisa que os movimentos populares pela saída da presidente consigam organizar manifestações ao longo do final do ano, e até depois do Carnaval, para depois apreciarem o pedido de impeachment. “Se tiver mobilização popular pelo impeachment a situação muda. Mas hoje o clima aqui na Câmara é pela rejeição ao pedido de impeachment”, declarou aoCongresso em Foco o líder do PTB, Jovair Arantes (GO)

Paulo Câmara quer Eduardo Cunha fora, diz site 

Congresso em Foco
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), divulgou nota à imprensa (íntegra abaixo) nesta quinta-feira (03) se posicionando sobre o andamento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, anunciado ontem pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar de seu nome ter sido incluído entre os gestores estaduais que divulgaram, hoje, nota de repúdio à decisão de Cunha, Câmara disse não ter sido consultado sobre o conteúdo do manifesto, mas também criticou o deputado.

O governador pernambucano afirma que Cunha não tem legitimidade para comandar a Casa legislativa, e deve deixar o posto. Para Câmara, “não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República”.

Paulo Câmara disse ainda que, apesar de não ter tido sua “participação”, a nota dos governadores ao menos tem o seu “respeito”. “A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição”, disse o governador, que pediu união nacional para superação desse “impasse político”.

Veja a íntegra da nota de Paulo Câmara:

“Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil. Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste. A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição.

Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa.

Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político. O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda.

É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia.

Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe, rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição.

Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.

Paulo Câmara

Governador do Estado de Pernambuco”

Após Gilmar Mendes ser sorteado relator do impeachment, deputados do PT recuam de ação no STF

Congresso em Foco
Deputados petistas retiraram o mandado de segurança que haviam protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (3), para anular a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar andamento aoprocesso de impeachmentcontra a presidente Dilma Rousseff. O recuo aconteceu quando os parlamentares receberam a notícia de que a matéria seria relatada pelo ministro Gilmar Mendes, cujas divergências com o PT são publicamente conhecidas.

O documento foi protocolado pelos deputados petistas Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP) e Rubens Junior (PCdoB-MA) na tarde desta quinta-feira (03). Não houve explicações para a solicitação formal de resistência, mas como o relator sorteado foi Gilmar Mendes, antigo desafeto do PT, os parlamentares decidiram optar pelo recuo.

No mandado de segurança, os petistas alegaram que Cunha praticou “desvio de finalidade”. “O presidente da Câmara de Deputados recebeu denúncia de impeachment contra a presidente da República com o propósito de retaliar o partido a que pertence a mandatária, cujos deputados manifestaram sua intenção de votar a favor da instauração de processo ético, em que se apuram desvios e quebra de decoro por ele praticados”, diz o protocolo, com pedido de liminar.

A peça ainda acusa Cunha de usar o cargo para se proteger do processo que ameaça seu mandato no Conselho de Ética. “Para levar a cabo seus interesses pessoais, a autoridade impetrada pressiona para que parlamentares evitem a iminente cassação de seu mandato, atualmente em risco pela apresentação de representação por quebra de decoro parlamentar perante o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados”, acrescentam os petistas.