Silvio Costa faz discurso emocionado e diz que ‘oposição não tem moral para tirar Dilma’

 Pela liderança do PTdoB, o deputado Silvio Costa (PE) disse que quem está tentando aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff são os aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

“Que país é este? 95% desta oposição não têm moral e não têm ética para agredir a presidente Dilma”, disse, lembrando que há denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) relacionadas a Furnas.

De acordo com Silvio Costa, o governo terá votos suficientes para impedir a autorização do julgamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado. Costa criticou ainda o vice-presidente da República, Michel Temer, pelas negociações de cargos para a montagem de um futuro governo.

Rede Sustentabilidade vai dividida para votação no plenário 

O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), afirmou que o partido está dividido e a bancada terá liberdade para votar como quiser, apesar da orientação favorável ao impeachment por parte da Executiva Nacional.
Molon vai votar contra. Ele disse que a votação do impeachment no Plenário nada tem a ver com o combate à corrupção, já que é protagonizado por deputados investigados. 

“A impunidade deve ser combatida sim, mas infelizmente há quem apoia esse processo justamente para esvaziar a Lava Jato”, criticou.
Ele acrescentou que o Plenário quer desfazer o voto das urnas. “Isso só pode ocorrer em casos excepcionais e não é o caso desse parecer pró-impeachment”, destacou.

PHS terá seis votos a favor e um contra o impeachment 

 Líder do PHS, o deputado Givaldo Carimbão (AL) disse que vai votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Todos os demais integrantes do partido, entretanto, já declararam voto favorável ao impedimento.

“Neste momento que o Brasil vive, quando vamos decidir se a presidente fica ou sai, o partido votará a favor do impeachment, porém a democracia é boa e eles respeitaram a minha decisão contrária”, afirmou.

PV votará pelo impeachment 

O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), ressaltou que seu partido votará a favor da autorização do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Já o deputado Evandro Gussi (PV-SP) disse que a Câmara dos Deputados, “aberta aos anseios da população”, está unida ao povo brasileiro. “A bancada do Partido Verde já sabe que a presidente cometeu crime de responsabilidade e que esse é o lugar para votar”, afirmou

PSOL vota contra impeachment e diz que tem acordo para salvar investigados na Lava Jato

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), disse que a bancada votará unida contra o impeachment de Dilma Rousseff porque sabe o valor da democracia. Segundo ele, o processo tem intenção de salvar deputados investigados pela Operação Lava Jato.

“Os partidos da oposição, embalados pela grande mídia, querem entronizar Michel Temer no poder. Ele não teve nenhum voto, 60% da população o rejeita, e ele também assinou as pedaladas fiscais. O que temos à frente é um retrocesso”, criticou.

Líder do PPS reafirma crime e defende impedimento 

Pelo PPS, o líder Rubens Bueno (PR) recordou que houve “clara violação à Lei de Responsabilidade Fiscal com a perversidade desses crimes contra a economia nacional”.

VBueno disse que a população não quer mais ser enganada pelos mandatários. “Chegou a hora de virar a página e a presidente Dilma perdeu a moral para continuar a exercer seu cargo, praticou fraudes fiscais, tentou obstruir a Justiça, faltou com o decoro e perdeu a legitimidade”, disse. Ele defendeu a reconstrução do Brasil no “plano da ética.

PSC diz que impeachment atende anseios da sociedade 

 O líder do PSC, deputado Andre Moura (SE), disse que as ruas cobram a saída da presidente Dilma Rousseff. “Ouço gritos de um povo que não aguenta mais, inconformado e arruinado por um governo desumano”, declarou.

Ele afirmou ainda que o projeto político do PT está “falido” e gerou uma crise econômica sem precedentes. “Podemos ter certeza de que estamos escrevendo a mais bela história”, asseverou. Michel Temer, segundo Moura, tem capacidade de pacificar e reunificar os brasileiros.

PCdoB diz que impeachment agravaria crise econômica 

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), disse que a presidente Dilma Rousseff não tem “nenhum crime contra ela”, considerando que está em curso uma conspiração que seria conduzida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Almeida disse que um futuro governo pós-Dilma não tem interlocução com os movimentos sociais e não tem base política. Para ele, o caminho do impeachment é do “agravamento da crise política e econômica”.
“Querem transformar esse Plenário em um colégio eleitoral, mas não estamos no Parlamentarismo, por isso querem usurpar o voto popular”, disse. 

Ele criticou que a saída proposta pelos favoráveis ao impeachment não tenha o apoio da população, “que não quer essa agenda do retrocesso, do Estado mínimo, do pacto para impedir que corruptos que aqui estão, nessa Câmara, não sejam punidos”.

PTB também orienta bancada pelo impeachment 

Em nome do PTB, o deputado Wilson Filho (PTB-PB) orientou sua bancada a favor da autorização para o processo de impeachment. “Presenciamos o fim de um ciclo, o fim de um capítulo em nossa história”, afirmou.
Ele reconheceu que foi importante o PT ter deixado a postura de crítica da oposição e ter exercido o poder, no qual também “fez algum bem à população”, mas disse que fará melhor ainda ao sair do poder. Wilson Filho defendeu a condenação pelo Judiciário de todos os que cometeram atos ilícitos.
Embora tenha reconhecido avanços sociais feitos pelo governo, ressaltou que não há mais condições de o atual governo conseguir uma saída para os problemas que o Brasil enfrenta atualmente.
Já Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) disse que não há outra alternativa ao impeachment, ressaltando que a “luta é política sim”, lembrando que “a luta começou muito tempo atrás com o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), no mensalão”

SD diz que houve crime e impeachment é correto 

 Pela bancada do Solidariedade, o deputado Genecias Noronha (SD-CE) disse que “não há mais dúvida de que os crimes de responsabilidade foram cometidos”. Para ele, o que se observa nos discursos dos governistas é, que, por falta de argumentos, classificam o processo de golpe.

Noronha criticou ainda os ataques ao vice-presidente Michel Temer, classificando de golpe a campanha da presidente em 2014, quando prometera não aumentar os preços de várias tarifas, o que acabou ocorrendo em 2015.

Já o presidente do partido, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), lembrou que o seu partido foi o primeiro a pedir o impeachment em fevereiro. “Estamos em um dia histórico para tirar um governo que levou o Brasil à crise econômica”, afirmou.