Candidatura de Marília Arraes reedita 2006 e lhe garante chances de vitória

Edmar Lyra

Na semana que passou cresceram as chances de Marília Arraes ser candidata ao governo de Pernambuco. O próprio movimento do PSB de sinalizar dar a vice a Luciana Santos está sendo interpretado como um reconhecimento de que a candidatura de Marília pode avançar para se consolidar, isto porque o governador Paulo Câmara não conseguiu levar o PSB para a aliança nacional com o PT, mesmo governando o principal estado do partido.

Caso se confirme a postulação de Marília, caminharemos para três candidaturas competitivas ao governo, e reeditaríamos as condições que levaram Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas em 2006. Os dois postulantes colocados, Paulo Câmara e Armando Monteiro, não conseguiram empolgar o eleitorado. O primeiro, eleito pela aprovação do governo Eduardo Campos atrelada a uma ampla frente política e a comoção gerada pela morte do ex-governador em 2014, passou três anos e meio no cargo e não conseguiu dar uma roupagem política ao seu governo, o que tem lhe dado críticas severas da sociedade e uma elevada rejeição ao seu governo.

Já o segundo, derrotado em 2014, Armando Monteiro não conseguiu polarizar a situação com o atual governador, e não capitalizou politicamente um único voto com a dificuldade de Paulo Câmara. Muito pelo contrário, fazendo um parâmetro das suas intenções de voto nas pesquisas atualmente com a sua votação final de 2014, Armando Monteiro está menor eleitoralmente e politicamente, causando-lhe dificuldades para crescer durante a campanha, uma vez que não está conseguindo desvencilhar-se da pecha de candidato do palanque de Temer.

Marília Arraes não conta com a estrutura de Paulo Câmara nem com a retaguarda de Armando Monteiro, mas sendo candidata será a representante de um projeto de mudança que signifique novidade. Além do mais, ela canalizará um projeto que é aprovado pelo eleitorado, que é defender o legado de Lula em Pernambuco. Se porventura consolidar sua candidatura, Marília contará em todos os municípios do estado com defensores que trabalharão de graça pelo seu projeto, sempre tendo um lado do município.

Marilia está longe de ser igual a Eduardo Campos, que era extremamente diferenciado, mas ela também é neta de Arraes, é candidata de Lula, e representa a mudança, que assim como em 2006, está sendo solicitada pelo eleitor pernambucano que desaprova Paulo Câmara e que não sente em Armando a verdadeira alternativa de mudança. Marília canaliza tudo isso, força o segundo turno, tende a estar nele e dificilmente perderia para seu adversário na segunda etapa caso seja mesmo candidata. Sua entrada no páreo é o pesadelo do PSB e da oposição liderada por Armando, que poderá ser obrigada a apoiá-la no segundo turno.

STF dividido estimula impasses como o de Lula

Coluna do Estadão – Andreza Matais

Desembargadores federais estão preocupados com a exposição do Judiciário depois da batalha de decisões entre os desembargadores Rogério Favreto e Gebran Neto, do TRF-4, e o juiz Sérgio Moro envolvendo a prisão do ex-presidente Lula. Avaliam que a instabilidade escancarada com o episódio é fruto de uma crise iniciada com a revisão, por parte de ministros do Supremo, de decisões já tomadas pelo plenário da Corte.

“Se cada juiz achar que não precisa observar deliberações colegiadas, estaremos em um cenário de caos”, resume um desembargador.

O julgamento que avaliou a prisão em segunda instância é citado como exemplo. O plenário do Supremo autorizou o cumprimento antecipado da pena, mas ministros estão revendo o entendimento. Um dos beneficiados foi José Dirceu (PT).

A expectativa é de que o episódio, mesmo fragilizando a imagem do Judiciário, sirva de reflexão para uma mudança de postura do Supremo.

A soltura de José Dirceu e as duas viagens do presidente Temer neste mês levantaram suspeitas entre defensores da Operação Lava Jato de um movimento articulado para salvar Lula.

A primeira decisão encorajou outras, como a que mandou soltar Lula. Já a viagem de Temer permitirá que o ministro Dias Toffoli (ex-advogado do PT) responda sozinho pelo Supremo ao menos duas vezes durante o recesso. Isso ocorrerá porque na ausência de Temer e do comando do Congresso, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, assumirá a presidência da República.

Receita libera hoje consulta ao segundo lote de restituição do IR 2018

A consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2018 será liberada a partir das 9h desta segunda-feira (9). Esse lote também contempla restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2017.

O crédito bancário para 3.360.917 contribuintes será feito no dia 16 de julho, totalizando o valor de R$ 5 bilhões. Desse total, R$ 1,625 bilhão são destinados a contribuintes com prioridade: 3.358 idosos acima de 80 anos, 49.796 entre 60 e 79 anos, 7.159 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 1.120.771 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet , ou ligar para o Receitafone, número 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível verificar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza ainda aplicativos para tablets e smartphones para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com ele é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Caruaru Shopping com muita diversão e alegria nas férias de julho

Diversão não vai faltar no Caruaru Shopping para a garotada que está de férias. De 6 de julho a 4 de agosto, o centro de compras e convivência estará oferecendo uma vasta programação, que inclui pinturas no rosto, jogos, oficinas gourmet, shows infantis e muito mais.

Durante o período, um lounge estará funcionando próximo à agência de viagens, com pinturas no rosto, maquiagem infantil, fantasias e acessórios de super-heróis e princesas. “Será uma ótima oportunidade para que a criançada possa se fantasiar e tirar fotos”, afirmou Walace Carvalho, gerente de Marketing do Caruaru Shopping. Diversos jogos infantis também podem ser encontrados no espaço, que funcionará das 13h às 20h.

Além do lounge, outras atividade nos fins de semana farão a alegria da garotada. Neste domingo, dia 8, por exemplo, haverá a apresentação da banda infantil Super Kids, em frente à Praça de Alimentação Gourmet, a partir das 16h. Nos dias 14, 21 e 28 de julho haverá o Mini Chef, com oficinas gourmet infantil de pizza, frutas no palito, docinho de leite ninho, sanduíches, mini-hambúrguer, cupcake, entre outros. No dia 22 de julho serão realizados pockets shows com princesas e super-heróis.

Já no dia 29 de julho, das 12h às 20h, um grande encontro de quadrinistas, desenhistas e cosplays promete momentos de muita diversão. A programação completa das atividades pode ser conferida no site www.caruarushopping.com

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, no Bairro Indianópolis.

Força-tarefa da Lava jato critica ‘soltura’ de Lula

A Força-Tarefa da Operação Lava Jato criticou a decisão do desembargador federal Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que concedeu habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã deste domingo (8).

Para o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, a decisão do desembargador Favreto desrespeitou as “reiteradas decisões das diversas instâncias do Poder Judiciário em manter o condenado Luiz Inácio Lula da Silva preso após a análise do mérito de seus recursos”.

O MPF informou que desde a manhã está trabalhando “de modo articulado e intenso” nas várias instâncias para reverter a teratológica (absurda) decisão.

O presidente do TRF4, desembargador federal Thompson Flores, determinou agora à noite que Lula continue preso.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

Na manhã de hoje, o desembargador federal Rogério Favreto concedeu habeas corpus ao ex-presidente. No entanto, após a decisão, Moro argumentou que Favreto não teria competência para mandar soltar o ex-presidente. Logo em seguida, o Ministério Público Federal também se posicionou de forma contrária à soltura. Após as decisões conflitantes, Rogério Favreto voltou a determinar a soltura do ex-presidente.

Cármen Lúcia: resposta judicial deve ocorrer sem quebra de hierarquia

Após as decisões a favor e contra a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (8), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, divulgou há pouco nota em que afirma que a Justiça é “impessoal”, sendo garantida a todos os brasileiros a segurança jurídica, “direito de todos”. Segundo a ministra, o Poder Judiciário tem “ritos e recursos próprios”, que devem ser respeitados.

“A democracia brasileira é segura e os órgãos judiciários competentes de cada região devem atuar para garantir que a resposta judicial seja oferecida com rapidez e sem quebra da hierarquia, mas com rigor absoluto no cumprimento das normas vigentes”, diz a nota da presidente do STF.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

Na manhã de hoje, o desembargador federal Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), concedeu habeas corpus ao ex-presidente. Em seguida, o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que o desembargador não tem poderes para autorizar a libertação. O Ministério Público Federal também se posicionou de forma contrária à soltura.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF4, relator da Lava Jato em segunda instância, suspendeu a decisão que determinou a liberdade provisória do ex-presidente. O desembargador Rogério Fraveto reiterou a decisão de mandar soltar imediatamente o ex-presidente.

Decisão de soltar Lula provoca impasse jurídico

Agência Brasil

Após mais de nove horas de impasse no Judiciário, o presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, manteve a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocando fim ao confronto de decisões dos desembargadores Rogério Favreto e João Pedro Gebran Neto. O conflito de competência envolvendo o TRF chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, disse que a Justiça precisa decidir com rapidez, mas “sem quebra da hierarquia” e mantendo “o rigor absoluto no cumprimento das normas vigentes”.

Em seu despacho, Thompson Flores afirmou que os argumentos usados no pedido de habeas corpus a favor do ex-presidente são os mesmos já submetidos e analisados pela 8ª Turma do TRF, inclusive o fato de Lula ser pré-candidato à Presidência da República. Segundo ele, “rigorosamente, a notícia da pré-candidatura eleitoral (de Lula) é fato público/notório do qual já se tinha notícia” no julgamento da 8ª Turma. O presidente do TRF foi provocado pelo Ministério Público Federal, que argumentou que a situação gerava insegurança jurídica.

Na decisão, Thompson deixou claro que Favreto, como plantonista do TRF, não tinha competência para liberar o ex-presidente. Ao revogar a decisão de Favreto, o presidente do TRF mandou devolver os autos do processo ao gabinete de Gebran Neto, bem como informar a Polícia Federal de seu despacho.

Conflito

O conflito juírico começou na manhã de hoje. Pouco antes das 10h, Favreto acatou pedido de habeas corpus impetrado pelos deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), mandando soltar o ex-presidente Lula, preso desde abril, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, condenado na ação penal do triplex do Guarujá (SP). Em seguida, emitiu o alvará de soltura do ex-presidente, para que a medida fosse cumprida pela Polícia Federal no próprio domingo.

O juiz Sérgio Moro, titular da Lava Jato, ao tomar conhecimento da decisão, mesmo estando de recesso, disse que Favreto não tinha competência para liberar Lula e pediu a manifestação do relator da Lava Jato em segunda instância, Gebran Neto. Contrariando Favreto, o relator suspendeu a decisão que determinou a liberdade provisória do ex-presidente e determinou que a Polícia Federal do Paraná, onde Lula está preso, não tomasse nenhuma providência para soltá-lo.

Em novo despacho, Favreto reiterou a decisão anterior, mandando liberar o ex-presidente e dando prazo de uma hora para o cumprimento da medida. Segundo ele, o alvará de soltura estava de posse da Polícia Federal desde as 10h. Sem saber qual decisão seguir, a Polícia Federal decidiu aguardar.

Interpretação

A interpretação do imbroglio não é consensual no meio jurídico. Especialistas disseram à Agência Brasil que a resolução 71, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), não permite a revisão decisões apreciadas pelo órgão judicial de origem e, portanto, o desembargador plantonista não teria competência para julgar o pedido de soltura, pois o TRF, o Superior Tribunal de Justiça e o STF já haviam decidido sobre a questão.

Consultado pela Agência Brasil, o ex-presidente do STF Carlos Velloso disse que Gebran Neto era o desembargador competente para julgar o pedido de habeas corpus. “Prevalece a decisão do juiz natural da questão, o desembargador relator, que reassumiu as suas funções”, afirmou.

“Não existe outra jurisdição hoje apta a proferir qualquer decisão no caso, se não o plantão judicial, é assim que está publicado no Diário Oficial da Justiça Federal, nomeando o Favreto como plantonista. Toda atuação que foge a essa jurisdição do plantão é uma atuação extraordinária, é uma atuação de exceção, como vem sendo infelizmente observado pela sociedade brasileira em tempos de expansão desse protagonismo político da Justiça”, avaliou o doutor em Direito e professor da Universidade de Brasília, Antonio Escrivão Filho.

Ele explicou que, encerrado o plantão judicial, o plantonista envia o processo para a jurisdição competente. Neste caso, o processo de Lula está sob jurisdição do desembargador Gebran Neto, que é o relator, e a liberdade provisória seguiria para apreciação pela 8ª turma do TRF4, da qual ele faz parte. O professor explicou que o desembargador Gebran, assim como o juiz Sérgio Moro, apareceram no processo sem serem provocados dentro do procedimento normal da Justiça.

“Ele [Gebran] teria esse poder [de suspender a liberdade provisória] quando ele voltasse a trabalhar, porque o processo tem que seguir um rito previsto na lei processual e, quando encerrado o plantão judicial, o processo seria remetido então ao relator ao longo da semana”.