Especialista aponta os benefícios do frio para as atividades físicas

O inverno já chegou e trouxe com ele aquela vontade tentadora de ficar debaixo das cobertas nas horas vagas. As baixas temperaturas estão sempre acompanhadas por duas tentações que são inimigas da saúde e da boa forma: a vontade de comer e a preguiça de se exercitar. Mas, quem tiver coragem de “sair da toca” não vai se arrepender, já que o frio traz uma série de benefícios para os resultados dos treinos.

“O clima frio pode ser um grande aliado nos efeitos da atividade física, pois o corpo tem um aumento na queima de calorias para que consiga manter a temperatura adequada para a prática de exercícios, o que auxilia o emagrecimento. Além disso, no frio o cansaço demora mais a aparecer, e a pessoa consegue treinar com mais intensidade”, explica Daniel Campos, professor da Ecofit, primeira academia ecológica do Brasil.

Segundo o especialista, por mais que treinar no frio aumente o gasto energético, se tornando uma ótima opção para quem deseja queimar gordura, o ideal é fazer as atividades em um ambiente controlado, como o das academias. Isso porque o frio extremo traz riscos de lesão e pode gerar desconfortos respiratórios.

“Quando inspiramos ar gelado, ficamos mais propensos a pegar uma gripe ou resfriado. Em contrapartida, a atividade física ajuda a melhorar o sistema imunológico. Logo, ela não deve deixar de ser praticada, bastando apenas que se procure um ambiente com a temperatura controlada”, diz Campos.

Para o professor, o exercício em temperaturas extremas sempre requer cuidado. O calor, por exemplo, pode causar queda de pressão, cãibras e indisposição. No frio, atividades aeróbias, esportes coletivos, treinamento funcional e aulas de ginástica são boas opções para manter uma frequência cardíaca mais alta e a circulação nas extremidades menos prejudicada, distribuindo oxigênio e nutrientes pelo corpo todo.

“Nas baixas temperaturas, um bom aquecimento é ainda mais fundamental. Ele lubrifica as articulações e aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos em movimento, diminuindo a rigidez e permitindo que eles se contraiam mais rápido e com mais força. Desta forma, há uma melhora na amplitude dos movimentos, o que diminui o risco de lesões”, explica o especialista.

Algumas dicas são importantes para esta época do ano:

– No frio, é normal sentir menos sede, mas é fundamental não diminuir a hidratação, que ajuda o corpo a manter a sua temperatura e as suas funções fisiológicas.
– Sobre a roupa, é importante manter-se aquecido, mas recomenda-se maneirar no casaco durante o exercício em ambiente interno. Hoje, é possível encontrar roupas que ajudam a manter o aquecimento e contribuem na absorção da transpiração, como camisetas, calças e shorts térmicos.
– Pessoas que correm e treinam em ambientes externos, como ruas e praças, devem manter as
extremidades do corpo bem aquecidas.

“Cada pessoa se adapta de uma maneira diferente ao clima, por isso é sempre importante a atividade ser acompanhada por um profissional de educação física, preparado para ajudar nesta adaptação”, finaliza Campos.

Sobre a Ecofit

Inaugurada em 2005, a Academia Ecológica Ecofit surgiu com o objetivo de oferecer um novo conceito em qualidade de vida, melhorando o dia a dia das pessoas por meio da atividade física prazerosa.
A proposta da academia é desenvolver não apenas o bem-estar como também o comportamento sustentável dos alunos, praticando e promovendo ações ecológicas e contagiando aqueles que convivem em seu meio ambientalmente responsável.
Com infraestrutura completa, oferece mais de 100 atividades voltadas para todas as idades, apresentando programas desenvolvidos especialmente para bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Seu time de profissionais alia princípios e valores levados a sério às mais modernas práticas do mercado.
Construída com materiais reciclados, sua arquitetura diferenciada foi planejada para aproveitar a iluminação natural, gerar economia de energia e aproveitar a água da chuva, entre outras iniciativas que fazem da Ecofit um ambiente próprio para exercitar e relaxar corpo e mente.
Com a consolidação do seu modelo de negócios rentável, apresentando anualmente sólidos números de crescimento, criou um programa de franquias, com a idealização da Franquia Aclimação, inaugurada em agosto de 2017.

Brasil fecha primeiro semestre com 63,6 milhões de inadimplentes

A lenta recuperação econômica não tem colaborado para a queda da inadimplência no país. De acordo com dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em cadastros de devedores acelerou no último mês de junho, ao crescer 4,07% na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se da nona alta consecutiva na série histórica do indicador. A última vez que a inadimplência apresentou recuou foi em novembro de 2017 (-0,89%). Ao todo, o SPC Brasil e a CNDL estimam que o país concluiu o primeiro semestre deste ano com aproximadamente 63,6 milhões de brasileiros com o CPF restrito em virtude de atrasos no pagamento de contas. Esse dado representa 42% da população adulta do país.

O indicador ainda revela que na comparação mensal – ou seja, passagem de maio para junho, sem ajuste sazonal-, houve um crescimento de 0,61% no volume de consumidores inadimplentes – foi a maior variação positiva desde março deste ano.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o ano de 2018 vem frustrando as expectativas de que haveria uma consolidação no processo de retomada econômica, inclusive com reflexos positivos na vida dos consumidores. “Embora os juros estejam menores e a inflação dentro da meta, o desemprego ainda é elevado e acaba reduzindo a capacidade de pagamento das famílias. A recuperação está mais lenta do que o esperado e as projeções mostram que teremos um segundo semestre ainda difícil para as finanças do brasileiro”, analisa o presidente.

Inadimplência cresce 9,88% na região Sudeste; volume de atrasos cai entre os mais jovens e aumenta na população idosa

Dados mais detalhados do indicador revelam que houve alta generalizada no volume de inadimplentes em todas as regiões do país. A mais acentuada foi na região sudeste, cujo crescimento foi de 9,88% em junho frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste, que apresentou alta de 4,81% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (2,82%), Sul (2,13%) e Norte (2,02%).

Embora seja a região que tenha apresentado o menor crescimento da inadimplência em junho, são os Estados do Norte que concentram, de forma proporcional, o maior número de brasileiros inadimplentes no país: 5,79 milhões de consumidores, que juntos representam 48% da população adulta residente. A segunda região com maior número relativo de devedores é o Nordeste, que conta com 17,61 milhões de negativados, ou 44% da população. Em seguida, aparece o Centro-Oeste, com 4,92 milhões de inadimplentes (42% da população adulta), o Sudeste (27,11 milhões ou 41% de sua população adulta) e o Sul (8,19 milhões de inadimplentes, que representam 36% de seus habitantes adultos).

Quanto a faixa etária, o indicador revela que houve queda da inadimplência entre a população mais jovem, enquanto o número de atrasos aumentou entre os brasileiros de idade mais elevada. Na faixa dos 18 aos 24 anos, a queda foi de -23,31% e na faixa dos 25 aos 29 anos, o recuo foi de -5,28%. O maior crescimento no atraso de contas foi observado na população idosa, que varia de 65 aos 84 anos, cuja alta foi de 10,76%. Em seguida aparecem os consumidores de 50 a 64 anos (7,71%), de 40 a 49 anos (5,58%) e de 30 a 39 anos (2,04%).

51% das pendências em aberto no país são com bancos e instituições financeiras; volume de dívidas cresce 1,38% em junho

O indicador também revela que houve crescimento na quantidade de dividas em nome de pessoas físicas. Nesse caso, a alta em junho foi de 1,38% frente ao mesmo período de 2017. O dado sinaliza uma aceleração do crescimento de pendências, uma vez que em maio, havia sido observado uma queda de -0,20% na base anual de comparação. Na comparação mensal, isto é, entre maio e junho, a alta na quantidade de dívidas foi de 0,45%.

As dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, foram as que apresentaram a maior alta em junho, com crescimento de 7,62% na comparação com o mesmo mês de 2017. Em segundo lugar ficaram as contas básicas para o funcionamento da casa, como água e luz, com alta de 6,69% no volume de atrasos. A inadimplência com contas de telefone, internet TV por assinatura aumentaram 3,57% no último mês de junho. Já as compras feitas no boleto ou crediário no comércio foi o único segmento a apresentar queda na quantidade de atrasos. Nesse caso, o recuo foi de 9,24% em junho.

De acordo com o indicador do SPC Brasil, mais da metade das dívidas pendentes (51%) de pessoas físicas no país têm como credor algum banco ou instituição financeira. A segunda maior representatividade fica por conta do comércio, que concentra 18% do total de dívidas não pagas, seguido pelo setor de comunicação (14%). Os débitos com as empresas concessionárias de serviços básicos como água e luz representam 8% das dívidas não pagas no Brasil. Em média, cada inadimplente possui duas dívidas em aberto.

“Para evitar o chamado efeito ‘bola de leve’, o consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas com juros mais elevados, que geralmente, são as dívidas bancárias. É preocupante que esse segmento de pendências seja a que mais tenha crescido no último mês. Uma opção que pode ser analisada em certos casos é a substituição da dívida por uma outra que cobra juros mais baixos, como é o caso do consignado”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Metodologia

O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%.