Uso de tecnologia na educação requer ação de escolas e pais dos alunos, diz psicóloga

Com o crescimento e a facilidade de acesso de tecnologias, ampliaram-se também suas contribuições nos processos de ensino e aprendizagem. Além das ferramentas que as escolas já utilizam, os educadores e familiares dos atuais estudantes precisam ter atenção com as novidades, dos aplicativos de conversa ao uso cada vez mais frequente das várias possibilidades de inteligência artificial (I.A.). Para isso, é inegável que os alunos necessitam de orientação, e que ela deve ser feita através de parceria entre pais e escola.

Catarina Medeiros, psicóloga escolar do GGE Benfica, diz que isso se chama “letramento digital”. “Essas ferramentas todas têm seus prós e contras. Se usadas de forma errada, é claro que geram prejuízos, mas se usadas cuidadosamente, podem ser importantes para os estudantes”, afirma.

O colégio precisa discutir frequentemente, com professores e pais dos alunos, o que está sendo usado e como isso influencia o aprendizado. No GGE, por exemplo, os educadores prestam muita atenção ao raciocínio dos trabalhos. Respostas que vão além do que as que os alunos costumam dar cotidianamente podem ter sido copiadas, o que não é para acontecer. “Isso não gera aprendizagem”, comenta Catarina, ao discutir, sobretudo, o uso cada vez mais frequente de I.A., como o ChatGPT ou ferramentas similares do Google e WhatsApp, por exemplo. Sobre esse último, há um alerta aos pais: deve-se prestar atenção no que os filhos estão falando e discutindo nesses aplicativos de bate-papo, algo que é exterior ao colégio, explica. “É um trabalho de educação em que escola e pais devem se empenhar em conjunto.”

A especialista, entretanto, elenca os pontos positivos que as ferramentas tecnológicas podem trazer ao ensino. “Podemos citar a facilidade que temos hoje ao acesso de informações instantâneas, que facilitam o estímulo à pesquisa e o aprofundamento de conteúdos. Ou aplicativos educacionais, deixando o aprender mais lúdico e dinâmico. Inclusive possibilitando o acesso a alunos com algum tipo de necessidade específica”, diz.

Além de vídeo aulas, com os conteúdos estudados em sala de aula, que possibilitam o complemento da aprendizagem, o que se pratica no GGE, de acordo com a psicóloga escolar.