INSS: Wolney Queiroz assinou emenda para reduzir controle dos descontos

Wolney Queiroz

O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT-PE), assinou, em 2021, uma emenda que flexibilizou os critérios para desconto na folha de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). À época, ele era deputado federal. O novo comandante da pasta foi nomeado para o cargo na última sexta-feira (2/5) após a demissão de Carlos Lupi (PDT), que estava desgastado após a crise por causa dos descontos ilegais na folha dos aposentados e pensionistas.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Entenda o caso

Em março de 2024, o Metrópoles revelou, a partir de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que 29 entidades autorizadas pelo INSS a cobrar mensalidades associativas de aposentados tiveram um salto de 300% no faturamento com a cobrança, no período de um ano, enquanto respondiam a mais de 60 mil processos judiciais por descontos indevidos.

A reportagem analisou dezenas de processos em que as entidades foram condenadas por fraudar a filiação de aposentados que nunca tinham ouvido falar nelas e, de uma para outra, passaram a sofrer descontos mensais de R$ 45 a R$ 77 em seus benefícios, antes mesmo de o pagamento ser feito pelo INSS em suas contas.
Após a reportagem, o INSS abriu procedimentos internos de investigação, e a CGU e a PF iniciaram a apuração que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada na quarta-feira.

As reportagens também mostraram quem são os empresários por trás das entidades acusadas de fraudar filiações de aposentados para faturar milhões de reais com descontos de mensalidade. Após a publicação das matérias, o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foi exonerado do cargo.

A emenda em questão teve Queiroz como signatário porque, conforme dito acima, ele era deputado federal. O texto da emenda também teve como coautores os deputados federais Vilson da Fetaemg (PSB/MG), Danilo Cabral (PSB/PE), Enio Verri (PT/PR) e Jorge Solla (PT/BA). Uma das mudanças realizadas pela emenda foi a prorrogação do prazo para revalidação do cadastro, que passou de um para três anos.

Do site Metrópoles

Curso de Tráfego Pago para Negócios Locais em Caruaru

 

No próximo dia 10 de maio, Caruaru recebe a segunda turma do curso “Tráfego Pago para Negócios Locais”, uma imersão presencial que promete transformar a forma como pequenos empresários e profissionais utilizam os anúncios no Instagram e Facebook para atrair clientes todos os dias.

O curso, ministrado por Valter Rito, especialista em tráfego pago e marketing digital, acontecerá no Realiza Coworking, das 9h às 17h, trazendo um conteúdo totalmente atualizado, baseado nas mudanças mais recentes da plataforma Meta Ads.

Além da imersão em tráfego pago, o evento contará com um diferencial especial: o Workshop InstaUP, com a participação de Cléo França, referência em marketing de conteúdo e posicionamento digital. No workshop, os participantes vão aprender estratégias práticas para transformar perfis no Instagram em verdadeiras vitrines de vendas, focando na realidade dos negócios locais.

“Hoje, impulsionar post sem estratégia é jogar dinheiro fora. O objetivo do curso é ensinar como criar campanhas inteligentes, otimizadas e que tragam resultados reais, mesmo para quem tem orçamento reduzido”, destaca Valter Rito.

O curso é destinado a empresários locais, social medias, freelancers, lojistas e qualquer profissional que deseje dominar o tráfego pago de forma prática e aplicada ao dia a dia.

O primeiro lote promocional está disponível por R$120, e pode ser parcelado em até 12 vezes no cartão de crédito, facilitando ainda mais o acesso dos participantes. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.

Serviço:

● Curso: Tráfego Pago para Negócios Locais + Workshop InstaUP

● Data: 10 de maio de 2025

● Horário: 9h às 17h

● Local: Realiza Coworking – Caruaru-PE

● Valor 1º lote: R$120 (em até 12x no cartão)

● Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/trafego-pago-para-negocios-locais-turma-ii-caruaru/2884901

Inteligência urbana: A revolução das cidades responsivas na era das mudanças climáticas.

O horizonte urbano mundial está passando por uma transformação silenciosa, porém profunda. Enquanto o concreto continua a se erguer em direção ao céu, uma nova filosofia de planejamento urbano vem ganhando terreno, redesenhando não apenas a estrutura física das cidades, mas também sua relação fundamental com os cidadãos e com o planeta. São as chamadas “cidades responsivas” – ecossistemas urbanos que respiram, aprendem e se adaptam em tempo real às necessidades humanas e aos desafios ambientais.

Em sua essência, uma cidade responsiva funciona como um organismo vivo e inteligente. Sensores embutidos no tecido urbano captam dados continuamente – desde a qualidade do ar até padrões de tráfego, consumo de energia e níveis de ruído. Esses dados não ficam estáticos em servidores governamentais; eles alimentam sistemas integrados que permitem ajustes imediatos na infraestrutura e serviços públicos. É uma conversa constante entre cidade e cidadão, mediada pela tecnologia, mas profundamente humana em seus objetivos.

O potencial das cidades responsivas para enfrentar as mudanças climáticas é particularmente revelador. Considere a questão da energia: sistemas inteligentes de iluminação pública podem reduzir o consumo energético em até 70%, ajustando automaticamente sua intensidade conforme o fluxo de pedestres e veículos. Edifícios equipados com sensores regulam temperatura, ventilação e uso de eletricidade baseados em ocupação real, não em estimativas. Estima-se que tais medidas podem cortar emissões de carbono do setor construído em pelo menos 30%.

A gestão hídrica responsiva transforma radicalmente o relacionamento urbano com este recurso vital. Sistemas de monitoramento contínuo detectam vazamentos instantaneamente, enquanto medidores inteligentes incentivam o consumo consciente. Em regiões propensas a secas, a água da chuva é captada, tratada e distribuída conforme necessidade, enquanto em áreas sujeitas a inundações, parques “esponja” expandem-se para absorver excesso de água durante tempestades e liberam gradualmente depois. Estes sistemas adaptáveis podem reduzir perdas hídricas em até 40%.

Mobilidade urbana é outro campo transformado pela responsividade. Semáforos inteligentes ajustam-se em tempo real aos padrões de tráfego, reduzindo congestionamentos e, consequentemente, emissões veiculares. Aplicativos de transporte público fornecem rotas otimizadas, incentivando seu uso. Ciclovias expandem-se ou retraem-se conforme demanda, encorajando transporte de baixo carbono. Estudos indicam que estas soluções podem diminuir a pegada de carbono do transporte urbano em até 25%.

A resiliência climática, talvez o maior desafio urbano contemporâneo, encontra um aliado poderoso na responsividade. Sistemas de alerta precoce para eventos climáticos extremos podem evacuar áreas vulneráveis com antecedência. Infraestrutura verde adaptável, como telhados e paredes vegetadas que expandem capacidade durante ondas de calor, regulam temperatura urbana. Materiais responsivos nas vias públicas absorvem água durante enchentes e liberam durante secas. Esta adaptabilidade diminui significativamente o impacto de desastres naturais, salvando vidas e recursos.

O aspecto verdadeiramente revolucionário das cidades responsivas, entretanto, está na democratização das decisões ambientais. Plataformas digitais permitem que cidadãos participem ativamente do monitoramento ambiental, reportando problemas e sugerindo soluções. Dados sobre qualidade ambiental, anteriormente restritos a relatórios técnicos, tornam-se acessíveis a todos através de aplicativos intuitivos. Esta transparência gera conscientização e responsabilidade compartilhada, criando uma cultura de sustentabilidade que transcende políticas governamentais.

Os benefícios econômicos tampouco podem ser ignorados. A eficiência energética, hídrica e logística gera economia substancial aos cofres públicos. Empresas locais prosperam em ambientes urbanos mais eficientes e agradáveis. Novos empregos emergem nos setores de tecnologia verde, manutenção de sistemas inteligentes e design urbano sustentável. Estudos sugerem que o investimento em responsividade urbana pode gerar retorno três vezes superior ao custo inicial em apenas uma década.

Claro, a implementação destas tecnologias enfrenta desafios significativos. Infraestrutura obsoleta, limitações orçamentárias e resistência institucional à inovação são obstáculos reais. A questão da privacidade também merece atenção, pois cidades que “tudo veem” podem ameaçar liberdades individuais se não houver governança adequada. Ademais, há o risco de aprofundar desigualdades se as tecnologias responsivas beneficiarem apenas áreas privilegiadas.

A boa notícia é que a responsividade urbana não precisa ser implementada de uma só vez, nem depende exclusivamente de tecnologias caras. Mesmo comunidades com recursos limitados podem adotar abordagens graduais, começando com soluções simples como aplicativos de participação cidadã ou sistemas básicos de monitoramento ambiental. O mais importante é a mudança de mentalidade: de cidades como estruturas estáticas para cidades como sistemas adaptáveis e colaborativos.

Enquanto a humanidade enfrenta a maior crise ambiental de sua história, as cidades responsivas emergem não apenas como exemplos de inovação tecnológica, mas como manifestações de uma nova relação entre sociedade e natureza – uma relação baseada em adaptabilidade, consciência e responsabilidade compartilhada. Nestes núcleos urbanos inteligentes, a tecnologia finalmente cumpre sua promessa mais nobre: não nos afastar da natureza, mas nos reconectar a ela de formas mais profundas e sustentáveis.​​​​​​​​​​​​​​​​

Marcelo Rodrigues, é advogado especialista em direito ambiental e urbanístico, consultor técnico em sustentabilidade da Prefeitura Municipal de Caruaru, ex-Secretário de Meio Ambiente do Recife.

STF começa a julgar denúncia contra Núcleo 4 de acusados de comandar tentativa de golpe de Estado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (6) a analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na Petição (Pet) 12100 contra o Núcleo 4 de acusados de comandar a tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, reservou duas sessões nesta terça (às 9h30 e às 14h) e outra na quarta (7), a partir das 9h30, se necessário.

Integram o Núcleo 4 sete pessoas: Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo Martins Denicoli, majores da reserva do Exército; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal; Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército; Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército; Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal; e Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército. Em 18/2, eles foram denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A sessão começará com a leitura de um resumo do caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, falarão o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em nome da acusação, e os advogados de defesa, em ordem alfabética por acusado.

Nessa fase processual, a Turma examina apenas se a denúncia atende aos requisitos legais mínimos exigidos pelo Código de Processo Penal para a abertura de uma ação penal, ou seja, se a acusação apresenta provas da prática de crimes e indícios de sua autoria.

A Primeira Turma já recebeu as denúncias contra 14 pessoas acusadas pela PGR de integrarem os Núcleos 1 e 2 da tentativa de golpe. A análise das acusações contra os 12 acusados que integram o Núcleo 3 está agendada para 20 e 21 de maio

Israel aprova plano para “conquistar” toda a Faixa de Gaza

Egyptian military vehicles hold a position, near the Rafah border crossing between Egypt and the Gaza Strip, amid a ceasefire between Israel and Hamas, in Rafah, Egypt January 19, 2025. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

O gabinete de segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou, nesta segunda-feira (5), um novo plano para ampliar a ocupação da Faixa de Gaza, o que pode incluir todo o território com a permanência das tropas no enclave palestino.

Autoridades israelenses informaram às agências internacionais, como a Reuters e a AFP, que a ofensiva tomaria toda a Faixa de Gaza, deslocando a população civil para o sul do território.

Em uma rede social, Netanyahu disse que o gabinete “decidiu por uma operação enérgica em Gaza”, mas disse que não detalharia o plano. Israel convocou milhares de reservistas do Exército nesse final de semana.

Em uma conferência online pró-colonos, o ministro das Finanças israelense Bezalel Smotrich falou abertamente em “conquistar” Gaza:

“Finalmente vamos conquistar Gaza. Não temos mais medo da palavra ‘ocupação.'”

O território palestino segue com bloqueio total de ajuda humanitária desde o dia 2 de março. O cerco israelense contra Gaza vem sendo julgado na Corte Internacional de Justiça (CJI) da ONU.

Tel Aviv também aprovou um plano para retomar a entrada de ajuda humanitária, mas com controle sendo feito por empresas privadas, e não mais por organizações humanitárias ou entidades das Nações Unidas (ONU).

O ministro Smotrich informou que será preciso “limpar e manter a área até que o Hamas seja subjugado ou derrotado e destruído” e criticou a ajuda humanitária aos palestinos.

“Cada caminhão que chega ao Hamas em Gaza prolonga a guerra, fortalece o Hamas e coloca nossos combatentes em perigo”, completou.

“Chega de ataques fracassados ​​em que os soldados das FDI retornam repetidas vezes a lugares que as FDI já conquistaram. A gestão da ajuda e o controle permanente do território pelas IDF são medidas necessárias”, disse ainda o ministro das Finanças em uma rede social.

Neste domingo (4), o grupo do Iêmen Houthis conseguiu atingir o aeroporto de Bem Gurion, em Tel Aviv, em solidariedade à Gaza. Israel promete retaliar, inclusive contra alvos iranianos, acusados de apoiar os iemenitas.

Desde o final do frágil cessar-fogo em Gaza, Israel vem bombardeando o enclave palestinos e fazendo incursões terrestres.

De acordo com último boletim do Ministério da Saúde local, 40 pessoas foram assassinadas em 24 horas e outras 125 ficaram feridas. Desde o fim do cessar-fogo, em 18 de março, 2.436 palestinos foram assassinados por Israel. Ao todo, 52 mil pessoas perderam a vida em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023.

Número de óbitos no território Yanomami teve redução de 21% em 2024

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Mulheres e crianças yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami.  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O número de óbitos na população Yanomami teve uma redução de 21% entre 2023 e 2024, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (5). Em 2023, foram 428 mortes e, no ano passado, o número passou para 337.

As mortes por infecções respiratórias agudas caíram 47%; por malária, 42% e por desnutrição, 20%.

Segundo o Informe 7 do Centro de Operações de Emergências (COE), os óbitos evitáveis passaram de 179 em 2023 para 132 em 2024, representando uma redução de 26%. Já os óbitos não evitáveis diminuíram de 249 para 205, correspondendo a uma queda de 17,7%.

De acordo com o Ministério, os números são resultado da maior presença de profissionais de saúde e do investimento em infraestrutura e qualificação do atendimento pelo governo federal. O número de profissionais atuando na região passou de 690 no início de 2023 para 1.781. um aumento de 158%.

“A ação conjunta de todo o governo federal garantiu o combate necessário e permitiu que os profissionais de saúde pudessem entrar em aldeias e cuidar da população. Mais que dobrou o número de profissionais de saúde dentro do território”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Vacinação

Também foi registrado um aumento de 65% de doses aplicadas com as vacinas de rotina recomendadas durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional Yanomami. Foram aplicadas 53.477 doses em 2024 contra 32.352 em 2023.

Desnutrição

A desnutrição grave, caracterizada por muito baixo peso para idade, de crianças menores de cinco anos, reduziu de 24,2% em 2023 para 19,2% em 2024. Segundo o Ministério da Saúde, o número de crianças com baixo peso aumentou ligeiramente, o que indica melhora no estado nutricional dessa população com aumento do percentual de crianças com peso adequado e redução de crianças com muito baixo peso.

Atualmente, 50% das crianças Yanomamis estão no peso ideal.

“A recuperação nutricional em crianças é um processo mais lento e complexo, principalmente nos casos mais graves, podendo levar anos até a normalização do peso e o fortalecimento do sistema imunológico”, avalia o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.

Segurança

Desde o início da emergência no território Yanomami, o Ministério da Saúde reabriu sete polos base que haviam sido fechados devido à falta de segurança das equipes de saúde devido à presença do garimpo. Até abril de 2024, todas as unidades foram reabertas, permitindo o acesso à saúde de 5.224 indígenas nos polos base de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiú.

Dólar sobe para R$ 5,68 com dados fortes da economia dos EUA

dólares

A divulgação de dados fortes da economia norte-americana e a expectativa em relação aos juros no Brasil e nos Estados Unidos fizeram o mercado financeiro ter um dia de instabilidade. O dólar aproximou-se de R$ 5,70, e a bolsa de valores retornou aos 133 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (5) vendido a R$ 5,689, com alta de R$ 0,036 (+0,63%). A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a cair para R$ 5,63 por volta das 9h30. No entanto, reverteu o movimento após a apresentação de dados que mostram a resistência da economia nos Estados Unidos.

Com o desempenho desta segunda, a moeda norte-americana sobe 0,23% nos dois primeiros pregões de maio. Em 2025, a divisa cai 7,9%.

O mercado de ações teve um dia mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 133.491 pontos, com recuo de 1,22%. A queda foi puxada pelas ações da Petrobras, as mais negociadas, que sofreram com a decisão da Opep+ de elevar a produção global de petróleo, mesmo com a queda nos preços internacionais.

A Opep+ engloba tanto os 13 principais países exportadores de petróleo como dez países alinhados sem direito a voto.

Com a decisão da Opep+, a cotação do barril do tipo Brent caiu para US$ 60. Isso fez as ações da Petrobras despencarem para o menor nível desde agosto de 2023. Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) caíram 2,81%, fechando a R$ 31,77. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 3,73%, para R$ 29,66.

Em relação aos Estados Unidos, as compras das empresas do setor de serviços ficaram acima do previsto em abril. O bom desempenho reduz as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a cortar os juros da maior economia do planeta ainda neste semestre. A reunião do Fed em maio termina na próxima quarta-feira (7).

No Brasil, os investidores também estão atentos em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que também sai na quarta-feira.

Nesta segunda, o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com instituições financeiras, mostrou que os analistas de mercado apostam em alta de 0,5 ponto percentual da Taxa Selic (juros básicos da economia), que deve subir de 14,25% para 14,75% ao ano.

* Com informações da Reuters

Caixa começa a oferecer Minha Casa, Minha Vida para classe média

Feirão da Casa Própria da Caixa, em Brasília. O feirão ocorre até domingo (27) nas cidades de Brasília, Belém, Campinas, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e Recife.

As famílias com renda mensal de até R$ 12 mil podem, a partir desta segunda-feira (5), contratar a nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida voltada à classe média. A Caixa Econômica Federal começou a oferecer os empréstimos da nova categoria do programa habitacional.

Líder no financiamento imobiliário no país, concentrando cerca de 70% das operações de crédito no setor, a Caixa pôde começar a operar a nova categoria após o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentar, na última quarta-feira (30), as mudanças no Minha Casa, Minha Vida. Isso porque era necessário definir o uso de fontes alternativas de recursos no programa habitacional, além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Apelidada de Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, a nova modalidade oferece financiamentos com juros nominais de 10% ao ano e prazo de até 420 meses (35 anos) e permite financiamento de imóveis de até R$ 500 mil. Até 80% do valor de imóveis novos poderão ser financiados. Para imóveis usados, o percentual financiado cai para 60% nas regiões Sul e Sudeste e mantém-se em 80% para as demais localidades.

A nova modalidade do programa habitacional oferecerá crédito com recursos dos lucros e dos rendimentos do FGTS e dinheiro próprio dos bancos, como depósitos na caderneta de poupança e investimentos em Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Faixa 3
A Caixa também reajustou o valor das demais faixas do Minha Casa, Minha Vida, aprovadas no último dia 15 pelo Conselho Curador do FGTS e no último dia 25 pelo Ministério das Cidades.

Os novos valores são os seguintes:

Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850,00 por mês, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil por mês, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil por mês, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas.
No caso da Faixa 3, o CMN autorizou o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para ampliar a oferta de crédito. Essa categoria financia imóveis de até R$ 350 mil, com juros nominais de 8,16% ao ano, mais Taxa Referencial (TR). Cotistas do FGTS têm desconto de 0,5 ponto percentual, pagando 7,66% ao ano.

Famílias enquadradas nas faixas 1 e 2 também estão autorizadas pelo Conselho Curador do FGTS a financiar imóveis pela Faixa 3. No entanto, os mutuários que optarem pela elevação de categoria terão as mesmas condições da Faixa 3, sem acesso aos subsídios do governo.

Os EUA e o desejo de um Papa conservador

Por Maurício Rands

Dos EUA já vieram muitas coisas boas. A visãomultilateralista do presidente Woodrow Wilson, que rompera com o isolacionismo tradicional do país para defender a cooperação internacional e um sistema de segurança coletiva baseado em ideais liberais de paz e democracia. As inovações tecnológicas e a universidade aberta. O regime de freios e contrapesos, com autonomia dos poderes da república. O incentivo ao livre comércio, com redução de barreiras comerciais e promoção da prosperidade econômica global. As ações afirmativas que empoderaram negros, mulheres, gays e trabalhadores nos anos 60. A abertura para receber refugiados políticos, mas também econômicos. O soft power do jazz, do rock, do cinema. Não mais. A julgar pelos 100 dias de abandono dessas virtudes, seria inapropriado afirmar que o MAGA é a exaltação do egoísmo e da falta de compaixão social? Paul Dans, o arquiteto do Projetto 2025 – a plataforma de Trump -argumenta que o sistema americano precisava ser desmantelado e reconstruído. O governo Trump teria método para cumprir o desafio. Trump seria uma ameaça não à democracia, mas à burocracia (The Economist, 3/5/25). Mas não seria mais pertinente afirmar que ele seria a afirmação da plutocracia?

Não bastassem essas inflexões que pioram a vida humana, dos EUA ainda vêm clamores para que o novo Papa seja um conservador. Clérigos da Igreja Católica americana plantam nomes de “favoritos” à sucessão de Francisco. Para eles o novo Papa deveria fortalecer dogmas que têm afastado a Igreja dos desfavorecidos e discriminados. Querem o retorno de um estilo Beneditino de mais “substância na governança” da Igreja (Washington  Post, 1º/5/25). Nomes como os dos cardinais Raymond Burke, bispo de Wisconsin, Robert Sarah, de Guiné, Peter Turkson, de Gana e Peter Erdo, da Hungria, parecem ter chances nos círculos católicos da ultradireita americana. Mesmo com as excentricidades de suas ortodoxias. A volta da missa em Latin com o padre de costas para o público. A remoção da abertura para a comunidade LGBTQ+ e para os divorciados. A reação à maior participação das mulheres na Igreja. O combate ao que seria uma “obsessão pela política”. Aspiraçõesretrógradas que parecem condenadas às franjas do Conclave. Agitadas pelos que apenas tentam intimidar os reformistas. Ainda bem que esssa não parece ser a tendência de um conclaveque tem 80% dos cardeais nomeados pelo Papa Francisco. Que, a partir de sua força moral, soube combinar a modernização com a preservação da tradição.

Nos assuntos terrenos, felizmmente, o mundo parece estar se reposicionando diante da ascensão da política supremacista de Trump. Ao seu sonho de imposição unilateral do poder americano, outros países e regiões estão sabendo se rearticular. Econômica, financeira e politicamente. Outros percebem os benefícios do livre comércio, da ciência e do multilateralismo. Algo essencial. Pelo menos até que o próprio povo americano saia do seu torpor e volte a ser parte da comunidade global. Algo que pode estar em curso, como atestam algumas do poder judiáiro e e de universidades como Harvard. E mobilizações populares como as registradas em mais de mil eventos no dia 05/4/25. As últimas pesquisas apontam que apenas 42% aprovam o desempenho de Trump. Contra 53% que desaprovam. Sua gestão econômica é ainda mais reprovada (56% a 36%). Parecem em baixa tantos os desvarios dos católicos ultraconservadores como os daquele que já se vai encaminhando para ser o pior presidente da história dos EUA. Que esse fiasco de lá estimule reflexões por aqui. Daqui a um ano e meio estaremos elegendo um novo governo. Não podemos nosesquecer daquelas fotos de governadores de ultradireita que pousaram com boné do “Make America Great Again”. Saudosos seguidores do notório “Bob Fields”, que preconizava ser bom para o Brasil tudo que fosse bom para os EUA.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford 

Juntos pela Segurança: Pernambuco reduz em 22% os casos de homicídios no melhor resultado registrado no mês de abril nos últimos onze anos

O mês de abril marcou um avanço expressivo na política de segurança pública de Pernambuco, que registrou o menor número de Mortes Violentas Intencionais (MVIs) dos últimos 11 anos para esse mês. O resultado é reflexo direto da consolidação do programa Juntos pela Segurança, lançado em 2023 pelo Governo do Estado. A estratégia reúne ações integradas com foco em inteligência policial, investimentos em estrutura e valorização dos profissionais de segurança.

“Chegamos ao 11º mês seguido de redução nos homicídios em Pernambuco. São resultados extremamente positivos que conseguimos nas reduções das Mortes Violentas Intencionais e na questão no combate ao crime contra o patrimônio e roubo de cargas. Tudo isso que a gente vem conseguindo fazer juntos tem surtido efeito para a população, embora a gente saiba que o desafio é muito maior”, disse a governadora Raquel Lyra.

A vice-governadora Priscila Krause, que comandou a reunião de monitoramento do Juntos Pela Segurança desta segunda-feira (5), celebrou a queda dos números deste indicador. “Pernambuco segue avançando na redução dos números de homicídios, um resultado expressivo que evidencia o trabalho sério e integrado na política de Segurança Pública do nosso Estado, capitaneado pela governadora Raquel Lyra. Aproveito para agradecer especialmente a todos que fazem nossas polícias pela dedicação em fazer do nosso Estado um lugar seguro e melhor para se viver”, afirmou a gestora.

No comparativo com abril de 2024, no mês passado foram registrados 71 homicídios a menos em Pernambuco, saindo de 322 para 251 casos, número que representa uma redução de 22%. De acordo com dados preliminares da Gerência Geral de Análise Criminal e Estatística (GGace), abril teve o menor número de MVIs de 2025 até agora. Para o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o avanço se deve ao alinhamento entre planejamento estratégico e execução.

“O que estamos vivenciando é fruto de um esforço coletivo, baseado em planejamento, investimento e trabalho firme de todas as forças de segurança. Os números mostram que é possível, sim, reduzir a criminalidade quando há compromisso e ação integrada. A determinação da governadora Raquel Lyra tem sido fundamental para garantir estrutura, inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública”, destacou o titular da SDS.

*CURSO DE FORMAÇÃO* – Pela manhã, no Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE), a governadora Raquel Lyra e a vice-governadora Priscila Krause participaram da abertura oficial do Curso de Formação Profissional para os aprovados no concurso da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE). A cerimônia marcou o início da preparação de 445 futuros delegados, agentes e escrivães que vão reforçar a segurança do Estado.

Até 2026, mais de 7 mil novos profissionais das forças de segurança — incluindo as Polícias Civil, Militar, Científica, Penal e o Corpo de Bombeiros — entrarão em atividade em Pernambuco.