Por ALEXANDRE BARBOSA MACIEL
Desde meados de 2009 que ouvimos falar em bolha imobiliária no Brasil e da possibilidade de estouro de um cenário que, ao longo dos últimos dez anos, tem apresentado forte valorização dos preços. Em 2013, o índice Fipe/Zap, que mede a evolução dos preços dos imóveis ofertados em 16 capitais do país, apontou uma alta de 13,7%, contra 4,84% do IPCA, que é o índice de inflação oficial. Desde que é apurado, a partir de janeiro de 2008 até dezembro de 2013, o Fipe/Zap acumulou uma variação de 195,28%, ante 38% do IPCA no mesmo período.
Isso reflete que, embora estejam em patamares jamais vistos, os preços ainda subiram acima dos demais produtos do mercado. Isso foi possível graças aos aumentos dos insumos e da mão de obra na construção civil, além do crescimento do crédito para habitação e do lucro dos empreendedores.
Quando comparamos mundialmente, o Brasil foi o lugar onde os imóveis mais subiram de preço entre 54 países pesquisados nos últimos cinco anos, conforme dados obtidos nos bancos centrais desses países, atingindo uma valorização nesse período de 121%. Já se observados os últimos dois anos, o Brasil cai para a 22ª posição, demonstrando uma tendência de estabilização.
No mercado local, em 2013 observamos uma redução no número de novos lançamentos, sobretudo no segmento residencial, e um aumento nos lançamentos de empresariais e loteamentos. Os preços, porém, não pararam de subir, embora em ritmo mais lento.
O recente aumento da taxa Selic para 10,5% ao ano elevou tanto os juros do financiamento imobiliário quanto o rendimento da poupança, afastando, assim, os investidores do mercado. A euforia pré-Copa está sendo gradualmente substituída pela preocupação com o pós-Copa.
Portanto, pode ser hora de observar o mercado e esperar, investindo em poupança enquanto os preços não se acomodam e aguardando as oportunidades que os períodos críticos proporcionam.
Alexandre Barbosa Maciel, advogado, é corretor de imóveis, conselheiro suplente do Creci-PE e diretor da Imobiliária ABM. Escreve todas as terças-feiras para o blog
Quem mais contribuiu para as absurdas altas de preço foram os construtores, disponibilizando sua unidades de reserva, em preço acima de vendas praticadas na tabela, dizendo para os investidores que estavam vendendo… Quando na verdade era fictício. Isso não aconteceu só com vendas. Também foi praticado em apts chamados FLETS para aluguel de temporada. Apts de 01 ou 02 quartos sem serviços, para que se possa chamar de flets(?) Temos hoje um número enorme de apts mobiliados desocupados, com preços fora da realidade. Até quando vão continuar pensando que quem vem para Brasil durante a Copa do Mundo vai comprar apts? O máximo que vai acontecer é alugar apts mobiliados por um curto periódo. *Somos hoje um p
Pais com um alto RISCO PARA INVESTIMENTO no exterior !