*Por Eduardo Hansel
Quando falamos de futuro pode até parecer algo distante, porém isso não se aplica quando o assunto é a tecnologia no comércio eletrônico. A internet ganhou mais força do que nunca nos últimos anos, o consumidor mudou, assim como a maneira como fazemos compras.
Cada dia mais as pessoas compram no conforto de suas próprias casas por meio de tecnologias baseadas em interação, realidade virtual (RV), inteligência artificial e machine learning. Com tanta comodidade, poucos irão optar por ir até uma loja física e o e-commerce vai ganhando espaço.
Acredito que toda essa mudança tecnológica já era esperada, mas o seu e-commerce está preparado para essas tendências? O primeiro passo é fazer uma avaliação sincera do seu website. Ele é intuitivo, de fácil navegação e tem um design atraente? Pergunto, pois a relação com os seus clientes começa na home de seu site. Otimizar não só o layout, mas também as descrições e imagens de seus produtos ajuda a aumentar a velocidade da página.
Segundo o IBGE, entre 2005 e 2015 o número de casas conectadas no Brasil teve um aumento de cerca de 446%. Ganhamos interação e rapidez nos últimos anos e, com isso, a paciência de quem compra pela internet diminuiu.
Para se ter uma ideia, dois em cada cinco internautas abandonam um site se ele demorar mais do que três segundos para carregar. É o que aponta uma pesquisa da Akamai Study, líder global em computação na nuvem que possui 150 mil servidores espalhados pelo mundo. E, além de ajudar a aumentar as taxas de conversão, geralmente a velocidade é considerada um importante sinal de rankeamento em mecanismos de pesquisa, como o Google.
Portanto, fica claro que cada vez menos pessoas irão sair de suas casas, pegar o carro e ir até uma loja física, onde precisam esperar em filas para comprar bens e serviços. Elas irão te procurar no Google. E, mesmo que a compra não seja feita online, 80% dos consumidores das lojas físicas, chegam nelas com a decisão de compra tomada ou ao menos uma pesquisa prévia sobre o produto.
Mais do que otimizar o seu site, vale a pena investir em tecnologias que oferecem uma melhor experiência aos clientes. Com a realidade virtual (RV), por exemplo, os consumidores poderão experimentar itens apenas com alguns cliques. Varejistas de roupas e empresas de tecnologia da moda precisam estar na vanguarda para aproveitar ao máximo essa tendência que, além de atrair novos clientes e entregar uma melhor experiência a eles, possibilita um aumento no volume de vendas.
Outra tecnologia que apoia as empresas nessa mudança é a geolocalização. Por meio dela, os varejistas podem oferecer promoções personalizadas aos seus clientes com base em suas preferências e localização, entre outros dados. A personalização é uma das chaves para vender mais online. Não se trata apenas de colocar o nome de alguém no assunto do e-mail ou deixar que os clientes coloquem suas iniciais nos produtos, mas é a possibilidade deles criarem produtos e personalizá-los até o último detalhe.
Diante de tantas mudanças, uma coisa é fato: as lojas serão inteligentes! Capazes de prever padrões de compra e comportamentos, controlando a publicidade e melhorando a experiência do cliente com base na ciência dos dados e a interconectividade. Analise sempre o que os dados estão dizendo e use essas informações para determinar o seu plano de ação.
O futuro é brilhante para os varejistas que se adaptarem às necessidades de seus clientes. O nível de mudança vai depender do seu mercado de atuação e do público-alvo.
Para alguns, a evolução pode significar explorar novos formatos de lojas ou renovar sua seleção de produtos e serviços. Para outros, o uso de novas tecnologias ou a reciclagem do seu plano de negócio é a melhor opção. Em todos os casos, trata-se de colocar o cliente em primeiro lugar e criar uma experiência mais pessoal possível em sua loja – seja ela física ou virtual.
*Eduardo Hansel é country manager da PayU no Brasil