O Ministério do Trabalho colaborou com a Polícia Federal (PF) na operação que terminou com a prisão de dois homens suspeitos de fazer saques ilegais do seguro-desemprego, em Marabá, no sudeste do Pará. As investigações apontam que o grupo criminoso pode ter causado um prejuízo de, pelo menos, R$ 3 milhões aos cofres públicos.
A ação da PF recebeu o nome de Fraude Machine, que tinha como alvo um grupo de criminosos especializados em adulterar dados para sacar o benefício ilegalmente. As prisões ocorreram na quarta-feira (5) no momento em que a dupla fraudava o cadastro.
O Ministério do Trabalho contribuiu fornecendo informações sobre o sistema e realizou um rastreamento que identificou e bloqueou automaticamente cadastros suspeitos de beneficiários. A organização criminosa pode ter agido mais de mil vezes. A polícia investiga o envolvimento de servidores na quadrilha.
Durante a operação foram apreendidos uma arma de fogo, munições, celulares, um automóvel, dinheiro em espécie e um notebook com uma placa que possibilitava a fraude. Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informações e estelionato. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem passar de 30 anos.
Essa é a terceira operação dessa natureza com a participação do Ministério do Trabalho feita neste ano no Pará. Em maio, a PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Marabá e em Redenção, na Operação Entice. Os criminosos alteravam dados utilizando números falsos do PIS, o Programa de Integração Social. Para não gerar suspeitas, eles faziam os saques em diversos estados, entre eles São Paulo, Goiás e Maranhão.