A morte de um bebê com menos de seis meses de idade em Pernambuco, recentemente confirmado como caso de coqueluche pela SES – Secretaria Estadual de Saúde, reforça a importância da prevenção por meio da vacinação infantil. O estado vai na contramão da tendência nacional de diminuição dos casos da doença, sendo o mais afetado do Nordeste e já teve um aumento de mais de 200% no número de notificações em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2014, a incidência nacional da coqueluche era de 4,2 casos por 100 mil habitantes, tendo diminuído para 1 caso por 100 mil habitantes em 2018, ano em que atingiu 2.079 pessoas. No entanto, quando não há prevenção e a doença infecciosa aguda é transmitida, os pacientes têm o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) comprometido e sofrem de espasmos violentos de tosse seca. Em lactentes, como foi o caso em Pernambuco, pode resultar em número elevado de complicações e em morte.
Em 2018, São Paulo foi o estado que mais teve casos registrados, 455, seguido por Pernambuco, 371; Minas Gerais, 235; Paraná, 178; Rio Grande do Sul, 167; e Bahia, 134. Isso mostra a quão extensa é a área afetada e como as campanhas de vacinação ainda precisam avançar para minimizar o sofrimento causado pela bactéria Bordetella pertussis, agente causador da coqueluche.
A vacina ainda é a melhor forma de proteger as crianças contra a coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) utiliza em seu calendário vacinal a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche e outras quatro doenças da infância: difteria, tétano, hepatite B e Haemophilus tipo b. Já na rede privada, é possível encontrar a vacina hexavalente que protege contra essas cinco doenças e a poliomielite.