No começo do mês de março foi dada a largada do prazo para a entrega da declaração do imposto de renda ano-calendário 2019, prazo este que vai até o dia 30 de abril. Como acontece todos os anos, começa a correria dos declarantes, e dos contadores, para providenciar todos os documentos necessários, e a entrega da declaração acaba ficando sempre para última hora.
“E todos os anos a Receita Federal apresenta algumas novidades e as pessoas se preocupam se essas novidades vão afetar ou não na sua restituição ou em um eventual imposto a pagar”, afirma o economista, mestre em Desenvolvimento Local Sustentável e professor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Jair Rodrigues.
Segundo o professor, em 2020, a Receita divulgou duas grandes novidades. “A primeira, e claro, a que mais interessou, foi a redução dos lotes de restituição. Até 2019 esses lotes eram sete e em 2020 foram reduzidos para cinco. Isso quer dizer que a restituição sairá mais cedo, com o primeiro lote programado para 29 de maio e o último para 30 de setembro. No ano passado, o primeiro lote só foi disponibilizado em 17 de junho e o último em 16 de dezembro”, explica o contador. A segunda novidade, ainda segundo Rodrigues, diz respeito a despesas com INSS de empregados domésticos. “Até 2019 os valores pagos pelos patrões poderiam ser deduzidos do IR, esse ano a Receita cortou essa dedução”, destaca.
“Aos declarantes segue a dica que nós contadores sempre damos aos nossos clientes: organize a documentação necessária para a declaração durante todo o ano-calendário, essa organização não é para ser feita apenas na época de declarar, isso facilita o trabalho do contador, reduz a possibilidade de erros (a famosa malha fina) e, em caso de restituição, o valor recebido sai mais cedo”, orienta o professor Jair Rodrigues.