OPINIÃO: O gênero das siglas

Por MENELAU JÚNIOR

Um atento leitor nos escreve e solicita algum comentário sobre o gênero das siglas. Sua dúvida – bastante pertinente – é bem específica: como se referir à nova sigla adotada pela Favip, que agora se chama Unifavip/DeVry?

As siglas, assim como quase todas as palavras, têm gênero, ou seja, podem ser classificadas como masculinas ou femininas. Isso depende do gênero da primeira palavra adotada pela sigla. Assim, dizemos O MEC, porque MEC significa ministério da Educação – e a primeira palavra, “ministério”, é masculina. Da mesma forma, dizemos A USP, porque o primeiro nome significa Universidade – a USP é a Universidade de São Paulo.

Quando tínhamos A Favip, o gênero era feminino porque se tratava da Faculdade do Vale do Ipojuca. Não custa nada lembrar que uma sigla, quando tem quatro ou mais letras e é dita como uma palavra (e não letra a letra), deve ter apenas a inicial maiúscula; por isso escrevemos Fafica, Asces, Unifavip e Compesa, por exemplo.

Mas agora que a Faculdade do Ipojuca tornou-se, segundo seu próprio site, um Centro Universitário, passou a chamar-se Unifavip – e como “Centro” é palavra masculina, seria “O” Unifavip. No site da Unifavip/DeVry, lê-se várias vezes “O” Unifavip/DeVry. Vejo como corretíssima a concordância com o artigo masculino, uma vez que estamos falando de um Centro Universitário. É assim mesmo que deve ser: O Unifavip

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

 

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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