Promotoria recomenda aperfeiçoamento do site de agendamento da vacina em Santa Cruz do Capibaribe

Após tomar conhecimento sobre uma grande inconsistência no acesso ao site oficial de Santa Cruz do Capibaribe para o cadastro e agendamento da vacina contra a Covid-19, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio de Promotoria de Justiça local, recomendou ao prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Queiroz Aragão, e à secretária de Saúde, Lívia Maria Borba Danda, que promovam, no prazo de 20 dias, a correção e o aperfeiçoamento da página, diligenciando no sentido de não ocorrerem erros no sistema de fluxo dados, evitando-se o travamento do sítio eletrônico e o pronto recebimento dos cadastros. 

Os gestores também deverão diligenciar o suporte de tecnologia no sentido de eliminar inconsistências do site oficial, criando, caso possível, um canal próprio para aqueles que desejam realizar o pré-cadastro e outro para o devido agendamento, como ocorre em outros municípios, evitando assim que todos os cidadãos utilizem o mesmo espaço virtual, gerando tráfego de dados incompatível com a capacidade do sistema. 

Os cidadãos também deverão ser informados nos sítios oficiais quanto a eventuais inconsistências, a fim de evitar que a população procure fisicamente os pontos de vacinação, gerando aglomerações desnecessárias e indesejadas. 

A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Santa Cruz do Capibaribe ainda recomendou aos gestores que realizem a ampliação das faixas etárias de vacinação apenas quando houver, de fato, suporte para ampla cobertura vacinal do grupo atual, devendo utilizar como referencial o número de pessoas por faixa etária previsto nos censos oficiais. A medida ocorre após o MPPE tomar conhecimento de que, apesar da progressão no site oficial (reduzindo a faixa etária para maiores de 37 anos), pessoas com mais de 44 anos sequer conseguiram realizar pré-cadastro, tampouco o agendamento. 

Por fim, a Promotoria de Justiça recomendou aos gestores que evitem a ampliação da faixa etária de maneira imprudente, uma vez que, a reiterada frustração gerada pela falta de doses e pelas inconsistências do site oficial geram dissabor e insatisfação nos munícipes. 

A Recomendação, firmada pelo promotor de Justiça Lúcio Carlos Malta Cabral, foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta segunda-feira (12/07).

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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