Dólar encosta em R$ 5,70, impulsionado por exterior

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Em mais um dia de turbulências no mercado financeiro, o dólar voltou a encostar em R$ 5,70, impulsionado pela cotação internacional. A bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (4) vendido a R$ 5,69, com alta de R$ 0,027 (+0,48%). A cotação chegou a cair para R$ 5,64 na mínima do dia, por volta das 12h30, mas reverteu a tendência e voltou a subir durante a tarde. O Banco Central não interveio no câmbio.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela tensão. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 103.514 pontos, com recuo de 0,39%. O indicador chegou a subir pela manhã, mas perdeu força no decorrer da sessão.

A bolsa não teve o indicador norte-americano como referência. Dos três principais índices de Nova York, apenas o Dow Jones encerrou com alta, batendo recorde sob a influência de ações de bancos. Os outros dois índices, o Nasdaq (das empresas de tecnologia) e o S&P 500 (das 500 maiores empresas) fecharam em queda.

A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a elevar os juros da maior economia do planeta em março voltou a elevar a cotação do dólar no mercado global. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.

A evolução da variante Ômicron do novo coronavírus também influenciou as negociações. Os recentes estudos que mostram que a nova variante é menos letal que as anteriores aumentaram as apostas de que o Fed não adiará o aumento de juros, porque o recorde de contágios terá impacto limitado sobre a economia dos Estados Unidos.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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