Dia da Consciência Negra

Por Adilson Lira*

“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons” (Martin Luther King Jr.)

A sabedoria popular diz que “quem cala consente”, portanto, não devemos nos calar diante da discriminação e do preconceito.

É inconcebível que, em pleno Século XXI, ainda existam seres humanos que nos diferenciam e tentam nos diminuir pelo simples fato de termos a cor da pele diferente!

É vergonhoso, revoltante, chega causar asco, vermos que ainda tem muita gente nos diferenciando, classificando, separando, diminuindo, discriminando, pelo simples fato de não termos a mesma cor da pele deles!

Mas principalmente, é inconcebível que as discriminações e o preconceito racial aconteçam sem que haja combate! É inconcebível que todas e todos, de todas as cores, de todas as raças e de todos os cantos do mundo, fiquemos silentes, quietos, calados, omissos, diante dessa verdadeira aberração humana que é o racismo!

E essa não é uma luta apenas das raças discriminadas, perseguidas e violentadas no direito inalienável de sermos iguais! Essa é uma luta de toda humanidade.

Extirpar o racismo não é tarefa apenas nossa. Não é tarefa apenas de negras e negros, mas de toda raça humana!

Enquanto houver racismo no mundo, a humanidade estará doente! E a única cura é o combate, o enfrentamento, a luta!

Não existe a opção de simplesmente nos aquietarmos, nos calarmos, pois isso seria (é), omissão e a omissão é uma das principais responsáveis pela ainda existência do racismo e de todas as outras formas de discriminação e preconceito no mundo!

A luta contra o racismo tem que ser constante, permanente, rotineira. Ela é social, econômica, política e até mesmo religiosa!

O líder negro e pastor protestante, Martin Luther King Jr. estava correto ao afirmar que não se preocupava com “o grito dos maus, mas com o silêncio dos bons.”

Portanto, importa mesmo não calarmos, importa mesmo gritarmos, importa mesmo nos empenharmos para vivermos num mundo sem racismo. É possível! Eu acredito!

“Contra toda sorte de discriminação e preconceito.”

* Advogado, negro e nordestino do “País de Caruaru”, com muito orgulho.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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