Um projeto certificado pelo Programa de Extensão Tecnológica (PET), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), apoiado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), consistiu na identificação de ferramentas tecnológicas utilizadas e aplicáveis nas operações logísticas do centro de distribuição e loja do Assaí Atacadista, no município de Paulista.
De autoria e coordenação de Fernando de Melo, o projeto intitulado “Utilização Do Método Ágil Scrum de Gerenciamento de Projetos de Inovação Tecnológica em Operações Logísticas do Grupo Assaí em Pernambuco” está entre os 12 que se destacaram, com direito a certificados da Secti/PE, num total de 143 propostas.
Um curso de capacitação foi oferecido a 30 alunos inscritos pela Faculdade Franssinetti do Recife (Fafire), 17 foram aprovados e 10 classificados como bolsistas do PET para a imersão do projeto, fase em que foram comparadas as operações e as tecnologias existentes, praticadas e utilizadas na logística da empresa, com as oferecidas atualmente no mercado para as atividades de inventário, armazenagem e transporte, trazendo insumos e elementos para melhorar os seus processos logísticos operacionais.
O projeto utilizou a Metodologia Ágil Scrum, que reúne estratégias para solucionar problemas complexos relacionados a recursos humanos e materiais, a fim de identificar potenciais projetos de inovação tecnológica. “Todas as etapas necessárias ao desenvolvimento do Ágil Scrum foram seguidas comprovando sua aplicabilidade. O impacto maior do projeto se deu quando os resultados dos questionários, as análises e a proposta de solução de inovação para os processos logísticos foram ao encontro das necessidades imediatas do Assaí Atacadista”, explicou Melo.
O método Ágil Scrum contribuiu efetivamente no desenvolvimento do PET, identificando que o WMS (Warehouse Management System), ou sistema de gestão de armazéns, é a ferramenta de TI mais relevante, utilizada nas operações logísticas de transporte, armazenagem e inventário do centro de distribuição. Os bolsistas desenvolveram um e-book, em linguagem empresarial, para oferecer como produto ao Assaí Atacadista, dando visibilidade de toda a fase de implantação do PET, bem como dos resultados e ganhos obtidos com o projeto. A secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Montenegro, afirma que “a melhor forma de interiorizar oportunidades é criando novos negócios e o PET oferece a formação e, consequentemente, os alunos pensam em transformar o conhecimento adquirido em novos negócios que pode ser uma empresa, a exemplo das startups, ou um produto”.
PET – É um programa de capacitação tecnológica que objetiva a criação de ambiente estimulador de processos de inovação. Realiza-se pela integração entre laboratórios, centros de ensino e de pesquisas regionais e a elaboração de produtos e serviços, gerando empreendimentos sustentáveis e formação de recursos humanos. O objetivo é atender às necessidades das empresas e/ou governo de forma inovadora, preferencialmente nos segmentos de maior intensidade tecnológica, de maneira a contribuir para mudanças na estrutura produtiva e social do Estado de Pernambuco.
“O PET é extraordinário. Ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento do Estado, com projetos de inovações tecnológicas que agregam valor, envolve as instituições de ensino e o setor produtivo na formatação e consecução de projetos, gerando uma sinergia que motiva os alunos a desenvolverem o olhar para a pesquisa e desenvolvimento”, conclui Melo.