2025: Ano Novo, Problemas Antigos

Iniciamos 2025 com grandes expectativas de mudança, mas a realidade nos lembra que muitos dos desafios que nos acompanham há anos permanecem inalterados. A desigualdade social, agravada por crises econômicas e pela pandemia de COVID-19, continua a ser uma ferida aberta, exigindo soluções urgentes. Os problemas históricos que atravessam todas as esferas da vida social ainda carecem de ações coordenadas e eficazes, demandando esforços conjuntos de união, estados e municípios.

Apesar de alguns avanços pontuais, milhões de pessoas seguem enfrentando a pobreza, o desemprego e a insegurança alimentar. As respostas governamentais, frequentemente insuficientes, não alcançam os que mais necessitam, perpetuando ciclos de exclusão. No campo ambiental, a crise climática reforça sua presença com intensidade crescente. Ondas de calor, enchentes e secas severas tornaram-se parte do cotidiano, reflexo de emissões de gases de efeito estufa que permanecem alarmantes. Mesmo com promessas ambiciosas em cúpulas internacionais, a falta de compromisso e a dificuldade em alinhar interesses globais impedem avanços concretos.

No campo político, a polarização segue como um obstáculo significativo à construção de soluções coletivas. O diálogo democrático, essencial para qualquer progresso, tem sido substituído por confrontos ideológicos alimentados pela desinformação. Esse ambiente tóxico mina a confiança nas instituições, enfraquecendo a capacidade de promover mudanças significativas.

Enquanto isso, a tecnologia avança, trazendo esperança e também novos desafios. Ferramentas como a inteligência artificial oferecem possibilidades transformadoras em áreas como saúde e educação, mas levantam preocupações éticas sobre privacidade, desigualdade digital e o impacto no mercado de trabalho. Estamos diante de uma encruzilhada onde o progresso tecnológico precisa ser equilibrado com responsabilidade e regulamentação.

O ano de 2025 não é apenas mais uma página virada no calendário; é uma oportunidade para encarar esses desafios com seriedade e determinação. Não basta esperar que o tempo resolva nossos problemas. É preciso agir, com coragem e compromisso, para transformar as possibilidades em realidade. Somente com esforço coletivo e vontade política será possível fazer de 2025 um marco na construção de um futuro mais justo, sustentável e inclusivo.

João Américo Rodrigues de Freitas

Advogado

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.