Os vereadores acusados na Operação Ponto Final 2 irão depor dentro de instantes, no Fórum Juiz Demóstenes Batistas Veras. As ouvidas estão marcadas para começar a partir das 9h e hoje serão ouvidos três vereadores: Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) e Val de Cachoeira Seca (DEM), líder da Oposição.
Eles são acusados de corrupção passiva, pois segundo à Polícia e o MP, teriam pago propina para conseguir assinaturas necessárias para criar a CPI da CGU,que na época tinha como foco investigar possíveis irregularidades no Governo José Queiroz. Um relatório da Controladoria Geral da União, havia apontado possíveis irregularidades BA aplicação de verbas do Fundeb.
Amanhã, estão marcadas as ouvidas de Pastor Jadiel e Val das Rendeiras, ambos do Pros. Do bloco governista, eles são acusados de receber dinheiro para aprovar a CPI. Segundo á Polícia, cada vereador da situação recebeu ou receberia R$ 30 mil. Na casa de Val das Rendeiras, a polícia encontrou R$ 15 mil em espécie, mas a defesa alega que o dinheiro pertence à filha do vereador, que estaria juntando para comprar uma casa. A jovem trabalha na Feira da Sulanca há vários anos.
Afirmando não ter nada contra seus clientes, o advogado Émerson Leônidas, vem tentando antecipar o depoimento dos vereadores desde a semana passada, quando a primeira audiência que estava marcada para a última quinta-feira (09), foi cancelada devido o juiz do caso, Francisco de Assis Morais Júnior, apresentar problemas de saúde.
Segundo Leônidas, a expectativa hoje é de depoimentos rápidos, já que não existe provas. “ Se tiver condições, vou pedir ao juiz para ouvir todos os vereadores hoje. Esse processo não tem nada de concreto contra meus clientes e isso foi provado quando as testemunhas foram ouvidas”, disse o advogado.
Ouvidos por nossa reportagem os vereadores negaram pagamento de suborno: Isso nunca existiu. Eu sempre trabalhei dentro da Câmara fazendo uma oposição séria e dentro da legalidade”, disse Val de Cachoeira Seca, que lidera o bloco oposicionista. “Nunca recebi dinheiro para votar pela CPI ou projeto algum”, disse o Pastor Jadiel que está sendo acusado de receber R$ 30 mil. “Nunca recebi nada para votar pela aprovação da CPI. Nem proposta também”, disse Val das Rendeiras.