A partir de hoje, 12 cidades do Agreste de Pernambuco que são atendidas pelo Sistema Jucazinho terão o rodízio ampliado em função da pior seca dos últimos 50 anos. Redefinir o calendário de distribuição foi a solução encontrada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para evitar o colapso total da barragem, localizada em Surubim, que está acumulando apenas 2,7% de sua capacidade total, que é de 327 milhões de metros cúbicos.
As localidades de cada cidade já vinham sendo abastecidas durante dois a seis dias até que um novo ciclo fosse iniciado. O que vai mudar, para a maioria delas, é o tempo de espera para a próxima rodada, que será ampliado. Agora, os dias sem água passarão de cinco para até 28 dias. “Infelizmente, tivemos que intensificar o rodízio para aumentar o tempo útil de retirada dessa barragem. Vamos cuidar do resto que sobra e lutar para sensibilizar o Governo Federal de que precisamos acelerar as obras da Adutora do Agreste”, afirmou o Diretor Regional do Interior da Compesa, Leonardo Selva.
Ficarão dois dias com água e 28 sem água as seguintes cidades: Salgadinho, Surubim, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Toritama, Passira, Cumaru, Riacho das Almas e Santa Cruz do Capibaribe. Apenas em Casinhas haverá rodízio de cinco dias com água e 25 sem água.
O esquema começará a valer já a partir de hoje. Receberão água: Toritama, Vertentes, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá e Vertente do Lério. O ciclo de abastecimento nessas cidades será encerrado no dia 8 de outubro e só será reiniciado no dia 31. As próximas cidades a receber água serão Surubim, Salgadinho e Casinhas, a partir do dia 8, e Santa Cruz do Capibaribe, Passira, Cumaru e Riacho das Almas a partir do dia 16. O rodízio atingirá aproximadamente 290 mil habitantes das 12 cidades.
Um dos principais mananciais do Agreste, Jucazinho é uma das barragens que está em situação crítica devido à estiagem, a pior dos últimos 50 anos. Para se ter uma ideia, sua vazão de regularização, que é aquilo que se pode retirar da barragem sem secá-la, é de 1,8 mil litros por segundo. Com a escassez de chuvas, essa vazão caiu para 200 litros por segundo. Do blog do Magno Martins