Seis vereadores, José Queiroz e Wolney acompanham entrevista de Douglas Cintra 

Senador, que pode ter o irmão Djalma Júnior como adversário no pleito de 2016, disse que as múltiplas candidaturas devem fortalecer o debate eleitoral

Wagner Gil/Jornal VANGUARDA

O programa Mesa Redonda, que vai ao ar pela rádio Cultura do Nordeste (AM 1130), trouxe, na última sexta-feira (11), o senador Douglas Cintra (PTB) como terceiro entrevistado de uma série que já contou com o deputado Tony Gel (PMDB) e o ex-governador João Lyra Neto (PSB). Ele fez uma prestação de contas do seu mandato, avaliou os governos Paulo Câmara e José Queiroz, além de falar das eleições 2016.
  
 
Douglas não afirmou que é candidato, mas um batalhão de assessores esteve presente nos estúdios da emissora. No grupo estavam seis vereadores: Edjaílson da Carú Forró (PT do B), Heleno do Inocoop (PRTB), Ranílson Enfermeiro (PTB), Rozael do Divinópolis (Pros), Demóstenes Veras (PP), além do líder do Governo, Jaélcio Tenório (PRTB). Dois secretários também acompanharam toda entrevista: Marco Casé (Ceaca) e Osório Chalegre (Careuaruprev).

O programa foi dividido em quatro blocos, com o comando do jornalista César Lucena e a participação de dois repórteres: Wagner Gil (Jornal VANGUARDA) e Ricardo Perrier (Extra). “Foi um debate muito importante e proveitoso para a cidade. O nível do programa ajudou a esclarecer o ouvinte sobre questões importantes”, disse Júnior Almeida, diretor-superintendente da emissora. Na próxima semana, o prefeito José Queiroz fecha a série de entrevistas.

No primeiro bloco, o senador caruaruense fez uma análise da atual situação do Congresso Nacional, teceu duras críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e ainda disse que acredita que ele deve ser preso, depois que for cassado. “Eu defendo a presunção da inocência, pois muitos políticos ainda estão sendo investigados e não vou citar nomes aqui. Mas no caso do Eduardo Cunha existem provas que ele mentiu. Os documentos são públicos. Acredito que ele está manobrando, mas deve ser cassado e depois deve vir sua prisão também”, avaliou o senador, que é contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).  

Para Douglas Cintra, a situação no momento é bastante complicada, devido às denúncias de várias operações, entre elas a Lava Jato. “Realmente é lamentável, mas tenho certeza que as instituições, como Polícia Federal, Ministério Público etc, saem fortalecidas”, completou.

Surpreendido com a presença do prefeito José Queiroz e do seu filho, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT), nos estúdios da rádio Cultura, o senador disse que a presença deles não era um sinal de apoio a sua possível candidatura a prefeito. 

“Somos amigos, temos um relacionamento excelente. Mas volto a dizer, a relação institucional deve prevalecer. Na condição de senador, recebi o prefeito e o deputado de minha cidade. Essa é minha forma de agir. Já estive com Paulo Câmara, recebi João Lyra Neto (PSB) e Raquel Lyra (PSB), no meu gabinete em Brasília. Temos que fazer política sem ódio e discutindo ideias. Não podemos pensar que adversários são inimigos”, pontuou.

Douglas também entrou em temas polêmicos e defendeu a saída da Feira da Sulanca. Na semana passada, o ex-governador João Lyra Neto disse que defendia a mudança de local, mas sem custos para o feirante. O senador desafiou: “Para você ter uma ideia, não se faz um projeto adequado com menos de R$ 300 milhões. Se alguém disse que transfere a Feira da Sulanca de graça, quero ver o projeto e saber de onde vem o dinheiro”, provocou. Segundo ele, a área adquirida para receber a feira custou R$ 10 milhões e, mesmo assim, o Governo do Estado teve dificuldades para pagar. “Vocês lembram como foi pago (duas vezes)”, argumentou.

Em relação a uma possível candidatura a prefeito, ele desconversou e falou do seu mandato na Câmara Alta. Douglas disse que estava focado no trabalho no Senado, apresentou quatro projetos de leis seus que foram aprovados, além de mais de 50 relatorias. 

Douglas também disse que tem acompanhado os mandatos dos demais políticos da cidade. “Dentro da minha condição, tenho acompanhado sim o trabalho da deputada Raquel Lyra e de Tony Gel”, disse o petebista. Na sua entrevista há três semanas, Tony Gel foi curto e grosso quando indagado sobre a atuação de Cintra. “Não sei de nada”, disparou Gel. “Tenho que me manter informado”, completou.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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