O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que vai telefonar para o presidente de Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para levar pessoalmente o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já nesta segunda-feira (19). Após a aprovação da admissibilidade da denúncia contra Dilma pelo Plenário da Câmara, o caso segue para análise no Senado “o mais rápido possível”.
Ao todo foram 57 horas de sessões para discutir e votar o parecer da Comissão do Impeachment. “Vou ligar para o presidente Renan para ver se eu consigo combinar um horário para levar até pessoalmente”, disse Cunha em entrevista coletiva após o encerramento da sessão de votação. O presidente da Câmara destacou a necessidade que o processo tenha celeridade também na Casa julgadora. Para Cunha, “um desfecho é muito importante”, seja ele qual for.
“O país passa por sérias dificuldades, a presidente perdeu as condições de governabilidade faz tempo. Perdeu todo e qualquer escrúpulo nesse feirão que foi feito para tentar comprar votos de qualquer maneira e chegou ao fundo do poço. Agora o Brasil precisa sair do fundo do poço”, declarou o peemedebista. “Nós fizemos a nossa parte, respeitando a Constituição e o regimento, para conduzir com toda isenção o processo”, completou.
Cunha disse que não se sentiu constrangido por ter sido alvo de críticas por parte de deputados na hora da votação. “O que há é uma contestação política achando que ia criar algum constrangimento que impedisse que a votação continuasse ou que eu fosse simplesmente comprar a briga. Obviamente que eu não iria”, afirmou o presidente da Câmara, investigado pela Operação Lava Jato.