Ciranda, bumba meu boi, coco, forró, pífano, cultura afro, repente, embolada, forró tradicional. Assim foi a noite do São João de Caruaru nesta quarta, 15. A programação cheia de surpresas agradou o público fiel que foi conferir as apresentações nos polos Forró do Candeeiro, do Repente, Mestre Vitalino e Pátio de Eventos.
No Pátio de Eventos a festa foi comandada por Jailson Rosseti, Banda de Pífanos Zé do Estado, Os Três do Nordeste e Valdir Santos. A noite foi iniciada com o caruaruense Jailson Rosseti, que fez uma homenagem no palco a uma sobrinha que está doente. Em entrevista concedida à imprensa, emocionado, falou da felicidade de tocar no pátio. “Foi difícil subir nesse palco, mas me sinto honrado de poder tocar na minha terra. Sinto-me feliz em poder fazer o que tanto gosto”. Além de canções autorais, o artista interpretou letras de grandes nomes da música, como Onildo Almeida, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
A segunda atração da noite deu show, literalmente. Teve de tudo um pouco. Capoeira, ciranda, coco, pífano, boi e tantas outras manifestações culturais foram lindamente mostradas ao público, que participou do início ao fim da apresentação. Teve até participação especial de Adélio Lima, ator caruaruense que interpretou o Rei do Baião no filme “Gonzaga de pai para filho”. A Banda de Pífano Zé do Estado mostrou um pouco do que Caruaru tem de melhor: a cultura.
Anderson do Pife, um dos membros do grupo que tem quase 90 anos de história, também conversou com a imprensa sobre a apresentação. “É de arrepiar ver o povo interagindo, curtindo o nosso som. Fazemos cultura com amor e continuar o legado de grandes mestres é nossa obrigação. Foi tudo lindo”, pontuou.
Na sequência, um grupo que há bastante tempo não se apresentava em Caruaru tomou conta do palco do forró. Os 3 do Nordeste mostraram o autêntico forró e provaram o quão resistente é essa música. Parafuso, o mais antigo integrante do grupo, disse que “tocar em Caruaru tem um significado diferente. Praticamente começamos aqui, fizemos bons amigos e é muito bom voltar a esta cidade”.
“É proibido cochilar”, “Por debaixo dos panos”, “Vamos brincar de roda” e tantos outros clássicos da música nordestina fizeram parte do repertório de um dos mais antigos trios de forró, que há mais de 45 anos toca o Nordeste pelos quatro cantos do mundo.
As últimas notas de sanfona da noite foram dadas na apresentação de Valdir Santos. O show “Celebração”, que também dá nome ao seu novo trabalho, trouxe canções já consagradas, mas com novas roupagens, como “Maria sulanqueira”, além de músicas quentinhas. No palco, Valdir reuniu grandes amigos e juntos celebraram a música, a cultura, a arte. Ed Lyra, Humberto Bony e Totonho foram os escolhidos para essa celebração.
Outros polos:
O Forró do Candeeiro não parou um minuto. E os trios São João, Coroado e Naldo Lima colocaram os casais para arrastar a sola do sapato o tempo inteiro. O Polo Mestre Vitalino também foi animado por trios. Os Três do Forró, Forrozando de Ouro e Brilho da Terra ditaram o ritmo e por lá a festa foi boa.
Já no Polo do Repente, houve apresentações de repentistas e declamadores. Edmilson Ferreira e Antônio Lisboa e Wilson China e Fagner Lira dividiram o palco.
Comidas gigantes:
Nesta quarta, 15, foi realizada a 15ª edição da festa do Maior Bolo de Milho do Mundo. Cerca de cinco mil pessoas participaram da festa. Ao todo, foram distribuídos 400 quilos da iguaria. Quadrilhas juninas, bacamarteiros e parque para as crianças animaram o encontro