Os 65 deputados do PMDB formam a maior bancada e fazem uma acirrada campanha particular para o cargo de primeiro vice-presidente da Câmara.
Antes mesmo de pedir votos de colegas de outras bancadas na eleição interna marcada para o dia 2 de fevereiro, sete parlamentares do partido querem o cargo que substituirá o futuro presidente da Casa e, ao mesmo tempo, exerce a função de vice-presidente nas sessões do Congresso Nacional, aquelas em que se reúnem deputados e senadores.
Estão na disputa o vice-líder da bancada, Lúcio Vieira Lima (BA). Ele é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, demitido do governo acusado de usar o cargo para beneficiar um empreendimento imobiliário em Salvador onde tem um apartamento. Há dois anos, Lúcio foi derrotado por um voto pelo então líder Leonardo Picciani, hoje ministro do Esporte.
Outro concorrente é José Prianti (PA), diretor da área de comunicação social da Câmara, ligado ao grupo do ex-líder Leonardo Picciani, hoje ministro do Esporte, e do dissidente Marcelo Castro (PB), que há dois anos concorreu e perdeu para o então deputado Eduardo Cunha, o ex-presidente da Casa cassado por quebra de decoro e hoje preso na Operação Lava Jato.
O grupo que apoiou Castro, ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, era contra o impeachment da petista e só aderiu à opção Michel Temer quando o impedimento da ex-presidente era irreversível.