Após desrespeitar regras do sistema penitenciário com regalias, o empresário e ex-senador Luiz Estevão foi transferido de ala no Centro de Detenção Provisória (CDP), onde cumpre pena desde 8 de março de 2016, e ficará isolado por 10 dias. O fato também levou à exoneração de toda direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda por supostos benefícios concedidos aos internos do Bloco 5.
Durante a inspeção, Luiz Estevão teria desacatado um diretor do presídio ao ser questionado sobre a obtenção dos itens proibidos encontrados em sua cela. Entre os itens encontrados, o ex-senador tinha cafeteira elétrica, chocolates, cápsulas de café e pacote de macarrão importado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF), a falta disciplinar é um dos motivos que culminaram na decisão de isolar o ex-senador por 10 dias. A vistoria foi realizada na última quinta-feira (26) e foi motivada por uma denúncia anônima.
“Na ocasião, foram detectados objetos não autorizados dentro da cela e na cantina do presídio, descumprindo normas e orientações da Sesipe”, diz nota da SSP-DF.
O ex-parlamentar já se envolveu em outras polêmicas na Papuda. Antes mesmo de iniciar o cumprimento de sua sentença, Luiz Estevão mandou reformar o Bloco 5. No prédio, estão localizadas as alas de vulneráveis, de ex-policiais e de presos federais. O ex-senador, na ocasião, justificou que reformou a ala do presídio atendendo ao pedido do ex-ministro de Justiça Márcio Thomaz Bastos, falecido em 2014, que estaria preocupado com o destino dos seus clientes da Ação Penal 470, conhecida como mensalão. Luiz Estevão é dono de construtora.