Um grupo de cinco camicazes ligados a um antigo braço da organização Al-Qaeda na Síria atacou neste sábado (25) as forças de segurança da cidade de Homs, no oeste do país. As informações são da Radio France Internationale.
O ataque deixou pelo menos 42 mortos, segundo a organização não governamental (ONG) Observatório de Direitos Humanos da Síria (OSDH). Os cinco homens-bomba se explodiram na sede do serviço de Segurança e de Inteligência Militar de Homs, controlada atualmente pelo regime.
O general Hassan Daaboul, chefe da Inteligência Militar, morreu durante o atentado com os camicazes, segundo a agência de notícias do governo sírio. A Frente Fateh al-Sham, antigo braço da Al-Qaeda na Síria, reivindicou os atentados em Homs.
Hassan Daaboul era muito próximo ao presidente sírio Bashar al-Assad e uma das personalidades mais famosas de círculos de inteligência sírios, segundo anunciou a televisão estatal, que afirmou ainda que “um dos homens-bomba se dirigiu especificamente em direção ao general mártir”.
“Esses são os ataques mais ousados já perpetrados em Homs”, disse Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH. Os atentados ocorrem em meio a difíceis tentativas de negociações de paz, realizadas em Genebra, sob a tutela da Organização das Nações Unidas (ONU), entre o regime sírio e rebeldes, na tentativa de encontrar uma solução para o conflito no país, que já custou mais de 350 mil vidas e milhões de deslocados, em seis anos de guerra.