Na próxima segunda-feira, dia 24 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Meningite. A Doença Meningocócica Invasiva (DMI) é causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que possui 12 sorogrupos diferentes.2 Atualmente, cinco destes sorogrupos (A, B, C, Y e W) são responsáveis por quase todos os casos de DMI no Brasil.3 Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016, foram notificados 1.083 casos de doença meningocócica no país, sendo que as regiões Sudeste (640 casos) e Sul (185 casos) apresentaram os maiores números de notificações.1
A doença meningocócica preocupa, pois pode levar a óbito, em média, uma pessoa a cada oito minutos no mundo.4 Estima-se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos.5
Geralmente ela se manifesta como meningite, que é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave da doença é uma infecção direto no sangue, chamada de meningococcemia.2,5 Ambas podem ocorrer concomitantemente. 6
Os meningococos, bactérias que causam a doença meningocócica, podem ser transmitidos para outras pessoas por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro, beijo, beber no mesmo copo ou comer com talheres de outra pessoa.2 A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer faixa etária, porém é mais comum em crianças até cinco anos e mais rara em idosos.5
De acordo com Dr. Otávio Cintra, Diretor Médico de Vacinas da GSK Brasil, é de suma importância proteger as crianças no primeiro ano de vida1. “É nesse período que elas são mais vulneráveis. O risco de doença meningocócica em crianças que ainda estão sendo amamentadas, que chamamos de lactentes, é três vezes maior que uma criança de um a quatro anos de idade e é seis vezes maior comparado a uma criança de cinco a nove anos de idade. ”7
Uma das principais respostas para a mitigação dessa preocupação e logo, dos números de casos de meningite, é a vacinação8. Até o ano passado, a imunização para quatro sorogrupos da bactéria (A, C, W e Y) só estava disponível no país para crianças acima de um ano de idade. Hoje, a indicação de faixa etária da vacina conjugada com o CRM 197 para os grupos ACWY é a partir dos 2 meses de idade e, também, para adolescentes e adultos.9,10 Já a vacina para a proteção contra a doença meningocócica causada pelo meningococo B (MenB) é indicada para indivíduos dos dois meses aos 50 anos de idade11. Nos postos de saúde, apenas a vacina contra o meningococo C é gratuita, para crianças de 3 meses a 4 anos de idade12 e adolescentes de 12 a 13 anos.13
Uma pesquisa internacional conduzida pela GSK ano passado, revelou a falta de conhecimento de pais e mães brasileiros sobre a doença meningocócica e suas potenciais consequências. Quase sete em cada dez responsáveis disseram que não sabem o suficiente sobre os diferentes sorogrupos da meningite e sequelas que a doença pode causar. Em média, mais da metade dos responsáveis não sabiam ou não tinham certeza de que existem diferentes tipos de bactérias que causam a meningite. Mas ainda assim, entre 14 doenças com prevenção através da vacinação, a meningite é considerada a doença de maior risco à saúde dos filhos, para 64% dos pais e mães brasileiros entrevistados. *
*Informações internas – Dados fornecidos pela GSK Global.
Sobre a Meningite
Os sinais e sintomas iniciais da doença meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — assemelham-se aos do resfriado e de outras doenças virais comuns.14 Na sequência, o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.14 Após 15 horas, o quadro geralmente evolui para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.5,14 Essa rápida progressão deixa pouco tempo para o diagnóstico e tratamento apropriados em tempo hábil, reforçando a necessidade de prevenção da doença por meio de vacinação.8
O diagnóstico inicial da doença meningocócica é clínico, feito por exclusão de outras doenças, já que seus primeiros sintomas são inespecíficos, tornando o diagnóstico geralmente dificultoso. O diagnóstico laboratorial é realizado a partir da análise e cultura de amostras de sangue e de líquor. A coloração pela técnica do Gram (exame simples e rápido) pode ajudar a aumentar o grau de certeza do diagnóstico clínico.