Por Herlon Cavalcante
A economia Criativa é a mola que une a tecnologia, a cultura e outros bens de serviço do novo modelo de gestão e negócio no mundo. O termo se refere nas atividades e produtos ou serviços com atividades e conhecimentos criativos que vão do intelectual ao artístico.
Seu foco é o potencial do indivíduo ou do coletivo, a criatividade é meta de transformação “competitivo” e moderno. Seu papel social, gera a qualidade de vida, a autoestima, o crescimento do produto oferecido pelos setores criativos e seus fazedores de criatividades que vão desde a sustentabilidade, as atividades e benefícios econômicos.Na área da cultura, apenas 21% das cidades do País contam com salas de teatro, 9% possuem salas de cinema, mesmo assim somos ricos na produção cultural em todas as linguagens artísticas. Temos muitos bons serviços oferecidos e ainda poucos explorados dentro do foco da economia criativa. O Ministério da Cultura através da Secretaria da Economia Criativa, anunciou que existem cinco setores criativos, são eles: Patrimônio (materiais e imateriais, museus e arquivos); Expressões culturais (artesanato, artes visuais, culturas afro, indígena e populares); Artes e espetáculo (dança, música, circo e teatro); audiovisual, livro e literatura (cinema e vídeo, e publicações); Criações funcionais (moda, arquitetura, design e arte digital) todos esses setores e bens culturais oferecidos, dialogam com as novas formas de tecnologias, que precisam ser bem melhor observadas por toda a sociedade.
A economia Criativa é um dos setores que mais cresce no mundo. Em 2013 a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura- (UNESCO,) disponibilizou um relatório envolvendo a economia criativa, os números mostram que, 40 países pesquisados movimentaram, mais de 624 bilhões de dólares, cerca de 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto), com aumento anual de 12,1% nos países em desenvolvimento na América Latina, tais como o PIB: do Equador (5%), Argentina (3,5%) e Colômbia (3,4%) no Brasil (6,13%) foi superior ao aumento médio do PIB nacional (cerca de 4,3%).
Quase 6% do total das empresas Brasil, cerca de 320 mil empresas estão voltadas para a produção cultural, com aproximadamente 3,7 milhões de trabalhadores (as) do setor criativo, chegando a receber 44% superior à média nacional, esse número é responsável por 8,5% dos postos de trabalho segundo dados coletados pelo IBGE.
É preciso abrir os nossos olhos e enxergar esse cenário criativo que pulsa como forte valor cultural, econômico e produtivo. Esse debate tem que acontecer nas escolas, nas faculdades, nas empresas, na mídia, nas academias, nas câmaras logísticas das cidades, no poder legislativo e executivo. A economia criativa, é a valorização de uma sociedade que luta e convive a competitividade e busca a valorização dos bens oferecidos pelos setores criativos.