No mês em que se celebra o Dia Internacional da Luta contra a Alienação Parental (25 de abril), o tema ganha destaque nas discussões sobre saúde mental infantil e no contexto de disputas familiares. A alienação parental é uma forma de abuso emocional, onde um dos responsáveis interfere no vínculo do filho com o outro genitor, gerando afastamento, medo ou rejeição.
Apesar de ainda pouco compreendida pela sociedade, a prática tem consequências sérias no desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes, podendo causar ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento no futuro. “Alienação parental acontece quando um dos responsáveis interfere na formação do vínculo da criança com o outro genitor, seja por meio de críticas, mentiras ou manipulações. Isso afeta diretamente o senso de identidade, autoestima e segurança emocional da criança”, explica a psicóloga especialista clínica especializada em coparentalidade e planos de parentalidade, *Erika Farias*.
A prática, muitas vezes silenciosa, pode ocorrer durante processos de separação, divórcio ou disputas pela guarda. Os efeitos podem ir além da infância: adultos que sofreram alienação parental tendem a apresentar dificuldades em confiar nas pessoas, desenvolver relacionamentos saudáveis e até lidar com emoções básicas como raiva e tristeza.
A psicóloga destaca alguns comportamentos que podem indicar que a criança está sendo vítima de alienação parental como rejeição repentina e sem justificativa ao outro genitor; repetição de falas negativas que não condizem com a idade ou compreensão da criança; sentimento de culpa ou medo ao demonstrar carinho pelo genitor alienado; mudanças bruscas de humor ou queda no desempenho escolar.
Segundo a especialista, ao identificar sinais de alienação, é fundamental buscar ajuda profissional. “O acompanhamento psicológico é essencial para proteger a saúde emocional da criança. Além disso, é importante acionar os recursos legais disponíveis, como a Lei nº 12.318/2010, que trata especificamente da alienação parental no Brasil”, alerta.
Para a psicóloga, é urgente ampliar o debate sobre o tema e promover ações de conscientização que envolvam não apenas as famílias, mas também escolas, profissionais do direito e da saúde. “Precisamos lembrar que, no centro de qualquer disputa, está o direito da criança de conviver com ambos os pais de forma saudável e afetiva”, finaliza.
SOBRE A PROFISSIONAL:
Erika Farias é psicóloga clínica e orientadora parental, especializada em coparentalidade e planos de parentalidade. Atua no acolhimento emocional de mães e pais em processo de separação, ajudando famílias a se reorganizarem com respeito, segurança e foco no bem-estar dos filhos.
SERVIÇO:
Psicóloga Erika Farias
Instagram:@erikafariaspsi