O Brasil atravessa um momento crítico em termos de nível de emprego na economia. O país registrou o total de 14,8 milhões pessoas desempregadas ao fim do primeiro trimestre de 2021; o que corresponde a uma taxa de 14,7% da população economicamente ativa, conforme números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O economista, Mestre em Gestão e professor da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Ugor Tadeu, destaca que a análise dos dados aponta ainda para uma da taxa de 21,3% de desemprego em Pernambuco, sendo a mais elevada dentre os estados brasileiros.
O docente explica que as principais razões que conduziram para essa condição do mercado de trabalho foram as expectativas retraídas dos agentes econômicos global e a insegurança no ambiente empresarial devido ao cenário político conturbado. Além da carga tributária elevada e os efeitos da pandemia com medidas sanitárias restritivas que desdobram alto impacto na economia brasileira.
“A esperança que temos na retomada do crescimento econômico consiste no fato que as empresas contrataram mais trabalhadores formais com carteira do que os postos de trabalho deixaram de existir, comparado com mesmo período do ano passado”, analisa o economista.
Dados recentes animadores
Os dados recentes de criação de empregos formais, segundo o Ministério da Economia, apontam que houve 1.381.767 admissões e 1.260.832 desligamentos no mercado de trabalho no último mês de abril. Um saldo positivo de 120.935 empregos gerados nos setores da economia, principalmente indústria e serviços.
Segundo o economista, esses números refletem um desempenho econômico positivo que é acima das expectativas dos analistas do mercado, com as projeções apontando 3,96% de crescimento do PIB em 2021, conforme a pesquisa Focus do Banco Central.
“Alguns bancos do setor financeiro e economistas mais otimistas estimam um resultado agregado acima de 5,0% neste ano. A percepção é que a economia demonstrou maior resiliência aos efeitos da pandemia em relação aos impactos observados no ano anterior. Por fim, vale acrescentar que a celeridade do processo de vacinação da população será determinante para melhorar a confiança dos agentes econômicos, consequentemente destravar os investimentos e aumentar o consumo das famílias brasileiras em ciclo virtuoso”, conclui o economista e docente, Ugor Tadeu.