Há muitos anos, as plantas medicinais eram conhecidas por terem um papel importante no tratamento de doenças. Esse costume, porém, perdeu força com o passar dos anos e acabou ficando pouco conhecido pelas novas gerações. Para compartilhar a importância da medicina natural, estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Aura Sampaio Parente Muniz, de Salgueiro (PE), desenvolveram o projeto IECQ: Interação Etnobotânica na Comunidade Quilombola de Conceição das Crio ulas. A iniciativa foi premiada na 6ª edição do Desafio Criativos da Escola, organizado pelo programa Criativos da Escola, do Instituto Alana.
Para o desenvolvimento de um objeto de pesquisa da Iniciação Científica Júnior, os estudantes decidiram investigar o cultivo e o uso da medicina natural pela comunidade quilombola de Conceição das Crioulas, distrito que fica a 40km do centro de Salgueiro (PE). Os alunos realizaram pesquisas e conversaram com os moradores da região para conhecerem os tipos de plantas utilizadas por eles diariamente.
Durante as conversas, os moradores contaram que têm o costume de manter o cultivo de plantas em seus quintais e alguns deles afirmaram que as utilizam para fabricar produtos naturais e gerar renda. Os alunos também descobriram sobre a dificuldade dos mais velhos em compartilhar tal conhecimento com as novas gerações. Pensando em uma forma de solucionar esse problema, eles decidiram criar um aplicativo de celular com um jogo em formato de quiz, que abordasse sobre as plantas medicinais.
Para isso, eles organizaram um livreto e um blog com as informações adquiridas durante a pesquisa, que serviram de base para a criação do jogo. O aplicativo teve muito sucesso entre os jovens, fazendo com que a comunidade quilombola Conceição de Crioulas fortalecesse ainda mais sua cultura e seus saberes que vêm de gerações. Como desejo para o futuro, os alunos esperam que o jogo chegue a muito mais pessoas não só no Brasil, como no resto do mundo.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.