Para um público que lotou as ruas do entorno do mercado de Casa Amarela, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu, ao lado do ex-ministro Fernando Haddad, a ampliação do diálogo para barrar medidas impopulares do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o senador, é preciso unir forças contra o projeto bolsonarista e “antipovo”. Humberto disse que o Brasil deve olhar para o que aconteceu na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri adotou um modelo parecido com o que vem sendo defendido por Bolsonaro e levou o país a uma crise sem precedentes.
“Nós continuamos na trincheira, na resistência contra esse governo. Temos que estar juntos, nos organizar para que a gente possa impedir os desmontes e barrar essa política econômica, que amplia o desemprego, a desigualdade e gera sofrimento para o nosso povo. O caminho é de uma unidade nacional. Pernambuco, assim como todo Nordeste e o Brasil, precisa estar unido na luta para enfrentar o governo Bolsonaro”, afirmou o senador. O ato foi realizado no contexto da Caravana Lula Livre, encabeçada por Haddad e que contou com a presença de deputados federais, estaduais e diversas lideranças políticas.
Na mesma linha, Haddad criticou a postura de Bolsonaro, que, desde que assumiu a presidência, tem dado declarações que vêm gerando reação no Brasil e no mundo. ” O presidente da República é um sujeito que dia sim e outro também só faz besteira. Ele sempre tem uma palavra para ofender alguém, seja mulher, indígena, negro ou nordestino. Bolsonaro só faz dividir o país e se você não for miliciano, você não tem respeito dele. Ele só respeita miliciano”, disparou Haddad, que completou: “No Nordeste, foram 70% de votos pro 13. O Nordeste não fugiu da luta. Agora, temos que convencer o povo do Sul, Sudeste”.
Neste domingo, a Caravana Lula Livre chega a Monteiro, na Paraíba, onde governadores, lideranças políticas e militantes irão fazer um grande ato denunciando a paralisação das obras da Transposição do Rio São Francisco. Foi em Monteiro que Lula fez a inauguração popular da obra e reuniu milhares de pessoas, em março de 2017. “Seguiremos em frente, denunciando, e enquanto Lula não estiver livre ,não sairemos da rua”, afirmou Haddad.