Wagner Gil Jornal VANGUARDA
A Operação Ponto Final fez uma grande devassa nas eleições deste ano, deixando nove dos dez acusados de fora. Apenas Cecílio Pedro conseguiu sua reeleição, com 1.859, quase dois mil votos a menos que no pleito anterior.
Cecílio foi acusado de cobrar propina para aprovar o projeto do BRT (Bus Rapid Transit), que estava orçado em R$ 250 milhões. Ele chegou a ser condenado em primeira instância, mas nega que tenha cometido esse crime, e sua defesa recorreu.
Dos envolvidos na Ponto Final I, deixaram de renovar seus mandatos Val de Cachoeira Seca (PMDB), Louro do Juá (PMDB), Neto (PMDB), Eduardo Cantarelli (PMDB), Pastor Jadiel (PSDC), Jajá (PSDC), Evandro Silva (PMDB), Sivaldo Oliveira (PP) e Val das Rendeiras (PSDC). Desses, cinco foram acusados também na Operação Ponto Final II, que condenou os edis pelos crimes de corrupção passiva e ativa para aprovar a CPI da CGU. São eles: Neto, Val de Cachoeira Seca , Evandro Silva, Pastor Jadiel e Val das Rendeiras.
Alguns desses vereadores vinham acumulando três, quatro mandatos seguidos ou intercalados. “As operações Ponto Final I e II pesaram muito nessa legislatura. Mas a Câmara sempre teve sua imagem arranhada com a população desde a aprovação dos PCC dos professores, em janeiro de 2013, logo na primeira reunião. A Operação Lava Jato também trouxe esse sentimento de mudança na política”, analisou Arnaldo Dantas.