De acordo com a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden, em novembro, o valor da cesta básica em Caruaru apresentou, após quatro meses de queda, uma alta de 5,56%, a maior dos últimos seis meses. O custo da alimentação básica do caruaruense, que antes custava R$ 232,53, atingiu o valor de R$ 245,46.
Segundo a professora do UniFavip, Eliane Alves, responsável pela pesquisa, os itens que apresentaram uma elevação de preço e contribuíram para a alta do valor da cesta básica foram o tomate, a banana, a farinha e o feijão. Já a margarina, o açúcar e o café registraram queda. No mês de novembro, a cesta caruaruense continuou apresentando um preço menor que a de Recife, mas a diferença de R$88,04 foi menor se comparada às variações dos meses anteriores.
O comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de aumento em 16 das 18 capitais, pelo segundo mês consecutivo, onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Os aumentos mais expressivos foram registrados nas seguintes capitais: Belo Horizonte, São Luís, Campo Grande e São Paulo. Já as reduções foram registradas apenas em Vitória e Salvador. A cesta mais cara do país foi a de São Paulo e a cesta mais barata foi a de Salvador.
Em novembro, a cesta caruaruense foi mais barata R$104,76 se comparada à média nordestina e R$ 150,09 se comparada à média da cesta nacional. A pesquisa mostrou que, no mês, a carne, o pão e os legumes foram, respectivamente, os itens que mais pesaram nos gastos alimentares do caruaruense. Ainda de acordo com a pesquisa, para conseguir ter acesso a uma alimentação básica capaz de garantir a sobrevivência digna de um grupo, uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo de R$ 2.062,09.
A pesquisa mostrou ainda que, em novembro, considerando o salário mínimo líquido em vigência, o trabalhador caruaruense desembolsou 27,97% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. Ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, no mês passado, precisou trabalhar 57 horas para pagar o valor apresentado pela cesta básica, três horas a mais do que no mês de outubro.