A equipe da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realiza os últimos ajustes para iniciar a fase de testes e pré-operação das Adutoras do Moxotó e Agreste, que vão operar de forma integrada, para levar água do Rio São Francisco a Arcoverde e mais nove cidades do Agreste. Um dia após a visita do governador Paulo Câmara ao distrito de Rio da Barra, em Sertânia – quando ele acionou a comporta que liberou água do Açude do Moxotó para a primeira Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB 1) – o presidente da Compesa, Roberto Tavares, permaneceu na cidade para inspecionar a nova adutora, que será a primeira ligação do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco com a região Agreste. Junto com o diretor Técnico e de Engenharia, Rômulo Aurélio, e engenheiros responsáveis pelas obras, Tavares também acompanhou os ajustes finais em todas as unidades operacionais que compõem o novo sistema, antes da fase de testes, que inicia em julho.
Mais de 250 trabalhadores estão divididos em 20 frentes de serviços para concluir as interligações dos sistemas que permitirão a água chegar nas cidades. Na visita de hoje, o presidente da Compesa vistoriou os pontos de derivação da adutora principal que irá transportar água para as cidades de Arcoverde, Pesqueira, Belo Jardim e São Caetano. “Inspecionar essas obras nos enche de orgulho porque esse empreendimento não teria sido pensado e executado sem o esforço dos profissionais da companhia, que se dedicaram em tempo integral para a execução dessa grande obra”, argumenta Roberto Tavares.
A operação da adutora, empreendimento bastante aguardado por mais de 400 mil pessoas que residem nas dez cidades beneficiadas, vai transportar água do Rio São Francisco numa extensão de 70 quilômetros, até a Estação de Tratamento de Água (ETA) em Arcoverde, município do Sertão, que sempre sofreu com a escassez de recursos hídricos, e que será agora a ‘porta das águas’, o ponto de partida para a distribuição para as demais cidades. Também em Arcoverde, a Adutora do Moxotó foi interligada à Adutora do Agreste – cerca de 110 quilômetros de trechos de tubulações já assentadas – para transportar água para as cidades de Pesqueira, Alagoinha, Venturosa, Pedra, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Bento do Una e São Caetano.
Ao avaliar a importância da obra de integração da Adutora do Agreste/Adutora do Moxotó, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, lembrou da preocupação do governador, no ano de 2015, quando a obra da Adutora do Agreste avançava e o Ramal do Agreste, obra tocada pelo governo federal, ainda não havia saído do papel. “Naquele ano, Paulo Câmara nos solicitou a realização de estudos técnicos para garantir a segurança hídrica da Região e viabilizassem a antecipação do uso das águas da Transposição do Rio São Francisco, mesmo sem a construção do Ramal do Agreste, um projeto ainda não iniciado”, informou Tavares. A alternativa encontrada pelos técnicos da Compesa para usar as águas do São Francisco foi a construção do Sistema Adutor do Moxotó, um investimento de R$ 85 milhões.
O Sistema Adutor do Moxotó é composto por três estações elevatórias (bombeamento) – EEAB 1 e EEAB 2 localizadas nos distritos de Rio da Barra e de Cruzeiro do Nordeste, respectivamente, ambos em Sertânia, e EEAB 3, em Arcoverde – além da própria adutora, com capacidade de transportar 450 litros de água, por segundo.