As águas da Transposição do Rio São Francisco já começam a chegar no município de Arcoverde, Sertão de Pernambuco, uma das dez cidades beneficiadas pela obra da Adutora do Moxotó. A água está chegando em regime de pré-operação e, em breve, a Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa anunciará as melhorias significativas no abastecimento de água no município, um dos que sofrem com a escassez de chuvas na região. Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a Estação de Tratamento de Água de Arcoverde já está recebendo 140 litros de água por segundo.
“Essa fase de testes prosseguirá nos próximos 30 dias, até a regularização operacional do novo sistema”, explicou. O titular da estatal adiantou ainda, que a expectativa é de que as águas da transposição comecem a passar a partir da próxima segunda-feira (17) pela Adutora do Agreste, na junção das duas adutoras, na cidade de Arcoverde, em direção a Pesqueira, para o início dos testes desse trecho que beneficiará o município.
A Adutora do Moxotó foi interligada à Adutora do Agreste, para dar funcionalidade ao empreendimento mesmo sem a construção do Ramal do Agreste, pelo governo federal, para beneficiar 400 mil pernambucanos.
Em Brasília, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, aproveitou para comunicar pessoalmente ao secretário de Infraestrutura Hídrica, em exercício, Antônio Luitgards, o início da fase de testes da nova adutora. Segundo Tavares, o objetivo da visita foi explicar os avanços da obra e também reforçar o pedido de liberação de recursos para finalizar a obra da Adutora do Agreste.
Com a perspectiva de um novo ano de seca se aproximando, e a urgência de finalização da Adutora do Agreste dentro deste cenário, o presidente da Compesa saiu do encontro com um sentimento de esperança quanto a liberação de recursos ainda este ano.
“O governador Paulo Câmara está fazendo a sua parte. Nos pediu alternativas técnicas para antecipar o uso da Adutora do Agreste mesmo sem o Ramal do Agreste e assim fizemos”, esclareceu Tavares. Ele reafirmou que a Adutora do Moxotó representa a capacidade que o Governo de Pernambuco teve de interligar sistemas e colocar para funcionar, mas que o Estado precisa do aporte de recursos para continuar o trabalho de interligação de sistemas através da Adutora do Agreste”, afirmou o presidente da Compesa.
Os 72 mil moradores de Arcoverde já estão sentindo, no dia a dia, a melhoria no fornecimento de água. Nessa fase de pré-operação da Adutora do Moxotó no município, está sendo testado um trecho de dez quilômetros entre a Estação de Tratamento de Arcoverde (ETA) e Pesqueira. Ele explicou ainda que, durante esse período de testes, pode haver paralisações do sistema para conserto de vazamentos, que são ocorrências normais quando se testa a operação de um novo sistema.
A captação da água da Transposição do Rio São Francisco ocorre na Barragem do Moxotó, localizada no distrito de Rio da Barra, em Sertânia. O ponto de encontro das duas adutoras (Moxotó e Agreste) ocorre na Estação de Tratamento de Água de Arcoverde. Desse ponto de junção, a água percorrerá 130 quilômetros, passando pelos municípios de Pesqueira, Venturosa, Pedra, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Bento do Una, até chegar a São Caetano, no Agreste.