Nos últimos três anos e sete meses 16.420 pessoas foram assassinadas em Pernambuco. Um recorde absoluto que envergonha e entristece os pernambucanos. No guia eleitoral que veiculou ontem (5), Armando Monteiro, candidato a governador da coligação Pernambuco Vai Mudar, assumiu o compromisso de comandar pessoalmente o trabalho de segurança pública no Estado, com a implantação do Comando Cidadão.
O programa irá ficar diretamente ligado ao gabinete do governador, que vai definir quais as ações prioritárias e monitorar os resultados. Entre as ações do Comando Cidadão, Armando pretende resgatar o modelo de gestão implementado por Eduardo Campos em 2007, quando foi criado o Pacto pela Vida, abandonado durante a atual administração. O Comando Cidadão irá funcionar reunindo policiais civis, militares e federais, conselhos comunitários, prefeituras e pesquisadores, para que as políticas públicas sejam decididas de forma compartilhada e democrática.
“Vamos fortalecer as polícias, investindo em tecnologia e inteligência. Nossa gestão vai implementar as patrulhas da segurança no interior, para devolver a tranquilidade às pessoas que moram fora dos grandes centros urbanos”, afirmou Armando, que deve criar 12 centrais de vigilância no Estado, dando mais agilidade às respostas da Polícia. Ele explicou que o formato do Comando Cidadão foi idealizado a partir do diálogo permanente com a sociedade, especialistas e forças policiais. “A população não pode ser mais penalizada pelo imobilismo do Governo. Já perdemos vidas demais. A gestão de Paulo Câmara foi um desastre na segurança. Além de todas estas mortes, apenas no ano passado nós tivemos quase 120 mil crimes contra o patrimônio, isso é inaceitável”, destacou Armando.
ATITUDE – Armando antecipou que um dos principais pontos de sua gestão será o combate ao tráfico de drogas, que responde por grande parte dos homicídios ocorridos em Pernambuco. E vai resgatar os investimentos no Programa Atitude, que foram reduzidos em R$ 7 milhões pelo Governo do Estado. O Atitude, criado por Eduardo Campos há dez anos, atua em áreas de risco para apoiar os jovens vítimas das drogas. Em 2013, os valores liquidados pelo Governo para o Atitude foram de R$ 25,5 milhões. No ano passado, no entanto, mesmo com o aumento da violência, Paulo só liberou R$ 17,8 milhões. “A juventude é uma prioridade. Vamos trabalhar sem descanso para levar qualificação profissional, esportes e oportunidades. Nós iremos resgatar o Programa Atitude, para que ele possa proteger as pessoas”, ressaltou.