O aumento expressivo das tarifas de energia elétrica no Brasil tem impulsionado de forma significativa a adesão dos consumidores ao sistema de autoprodução a partir da geração solar distribuída em telhados e pequenos terrenos.
A avaliação é da especialista Bárbara Rubim, CEO da consultoria Bright Strategies. Segundo ela, o aumento em torno de 50% nas tarifas de energia elétrica nos últimos 12 meses, aliada ao barateamento do sistema fotovoltaico no Brasil, tem tornado a geração distribuída cada vez mais atrativa e vantajosa para o consumidor.
“Produzir a própria energia em casa ou em um estabelecimento empresarial é atualmente mais barato do que comprar da distribuidora local”, comenta Bárbara. “Outro ponto de destaque é a maior liberdade que o consumidor adquire quando decide migrar para a geração distribuída, pois deixa de ser cativo e dependente da concessionária de energia e das políticas tarifárias”, acrescenta.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o País acaba de superar a marca de 1 gigawatt (GW) de potência instalada em sistemas de energia solar na microgeração e minigeração distribuída.
O atual parque possui cerca de 100 sistemas instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos, que utilizam tal modelo, que representa praticamente o dobro do volume de projetos que havia em operação no Brasil no final de 2018, em torno de 50 mil pequenas usinas instaladas.