Estudo aponta que 29% dos brasileiros são analfabetos funcionais

Interpretar textos e entender ou expressar-se por meio de letras e números em situações cotidianas é uma grande dificuldade na vida de muitos brasileiros. Segundo conclusão do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2018, 29% (cerca de 38 milhões de pessoas) da população em território nacional é analfabeta funcional. Diante do problema, a EduQC, metodologia de estudo autodidata com base em inteligência artificial, oferece curso gratuito para medir e melhorar o nível de português.

Engana-se quem acha que essa dificuldade não atinge também quem é formado no ensino superior. De acordo com a EduQC, 35% dos cadastrados na plataforma – pessoas que estudam para concursos públicos jurídicos, fiscais, tributários, etc – possuem um nível de português entre rudimentar e elementar, o que é inaceitável para estudar os assuntos relacionados ao edital.

A plataforma aponta, ainda, que um em cada três candidatos a concursos públicos deveria estudar apenas português. Além de ser a disciplina mais importante dos conhecimentos básicos, o domínio da língua influencia como a pessoa aprende as demais disciplinas, a forma como interpreta questões e escreve discursivas.Para solucionar esse problema, a plataforma criou um curso voltado só para a melhoria do nível de português das pessoas.

“Vendo que essa dificuldade atinge um número expressivo de pessoas em todo o Brasil, decidimos criar um curso, totalmente gratuito, só de português. Qualquer pessoa, que tenha acesso à internet, pode cadastrar-se na EduQC e melhorar seu entendimento e utilização das palavras”, explica Victor Maia, CEO da startup.

Por meio do curso, em algumas semanas já é possível medir um bom nível do aumento de aprendizado. Os alunos recebem todas as instruções do que é preciso estudar, de quanto tempo precisa dedicar-se (de acordo com sua rotina) e por meio de simulados constantes consegue enxergar essa evolução. “Ao iniciar os estudos com um escopo reduzido e aumentá-lo progressivamente, de acordo com o avanço, é esperado que o aluno evolua mais rapidamente”, explica Victor Maia.

A EduQC atende as áreas administrativa, bancária, contabilidade, controle, diplomacia, engenharia civil, exame da OAB, fiscal, jurídica, legislativa, policial, tributária e T.I. Para cadastrar-se para esses planos e para o curso de português basta acessar o site maquinadeaprovacao.com.br.

Sobre EduQC

Fundado em 2013 por Victor Maia e Jonas Fagundes, a EduQC é uma plataforma que utiliza inteligência artificial e metodologia exclusiva para aumentar as chances de aprovação em concursos públicos, identificando a proficiência dos candidatos em cada matéria e criando planos de estudo sob medida. A tecnologia está disponível para provas relacionadas a 10 áreas, incluindo Fiscal, Jurídica e Policial, e também para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A empresa ainda oferece um serviço B2B destinado a universidades.

Artigo: Precisamos restaurar o orgulho de nossos professores

(*) David Marcelo P. Berto

Professor: profissão das mais nobres, cujo exercício no passado era motivo de extremo orgulho, respeito e apreço. Pois bem; pelo que temos visto, não é mais assim. Hoje a profissão passa longe dos sonhos da maioria de nossos jovens. Por que tamanho desdém pela arte responsável por transmitir o saber que nos possibilita abrir a janela para o mundo? Podemos enumerar diversas razões, mas a que mais me chama atenção – e do Censo Escolar também – é a desvalorização profissional em todos os aspectos. E não estou falando apenas do aspecto financeiro.

A pesquisa “Profissão Docente”, realizada pelo Ibope Inteligência e divulgada recentemente, comprova o que estou dizendo. Dos 2160 professores de educação básica ouvidos, 33% afirmaram estar totalmente insatisfeitos com a profissão. O motivo mais citado? A desvalorização profissional. Ela é tanta que quase metade desses docentes não recomenda a própria atividade para um jovem. Os outros motivos também não são novidade: excesso de trabalho, falta de reconhecimento e baixa remuneração. Infelizmente, esses fatores só reiteram a quão menosprezada vem sendo a arte de educar em nosso país.

Os professores são fundamentais na nossa formação enquanto cidadãos pensantes e essa depreciação tem efeitos no desenvolvimento do Brasil. A falta de uma política de investimentos na área pode estagnar ou atrasar um país, uma vez que uma nação não pode ser considerada social e economicamente desenvolvida sem ter um padrão educacional decente. O educador precisa ser o elemento central de um plano de gestão que valorize a educação. Ele precisa ser ouvido, pois é quem faz o dia a dia, conhece seu público e todas as peculiaridades das áreas em que atua. Ele precisa ser tratado com dignidade, pois é o principal agente transformador, motivador e passível de referência para seus alunos. É preciso valorizar essa atividade, uma vez que ainda temos pessoas apaixonadas pela arte de ensinar. A pesquisa citada acima comprova nossa percepção quando aponta que a maioria daqueles que decidiram continuar na carreira o fizeram pelo prazer de transmitir conhecimento.

Disseminar essa paixão, porém, tem sido difícil, admito. O problema começa ainda nos anos de formação básica do futuro docente que, uma vez aluno de uma escola pública, como 80% dos estudantes brasileiros hoje, sofre com a falta de professores especializados. Quantas histórias ouvimos de alunos que nunca tiveram aula de geografia, física ou química. Mesmo nestas condições precárias este aluno se torna professor movido somente pela vontade de fazer diferente, de levar aos alunos algo que ele não teve. Ele geralmente inicia sua carreira também em escolas públicas e se depara com uma vasta dimensão de desafios inerentes ao outro lado da carteira. A baixa remuneração, que faz com que ele tenha que complementar sua renda; a falta ou atraso no repasse de recursos; estruturas de trabalho sucateadas, que não oferecem espaços e materiais adequados para desenvolver as atividades que tanto ansiou em tirar dos livros que passou anos estudando. Ao longo dos anos, a motivação vai por água abaixo; o dia a dia estressante finda com o sonho e ele acaba por procurar emprego em outras áreas ou fora do país.

Sobreviver no magistério é difícil no Brasil, mas tem solução. Não se sobrevive por mágica, mas a receita é simples. A meu ver, programas de educação continuada alinhados à realidade escolar e ao cenário tecnológico que vivemos são os pontos-chave. Em todo o país, e não só nas zonas mais carentes como se pensa, há profissionais com déficit de conteúdo e eles têm consciência disso. Tanto que 76% dos participantes da pesquisa acreditam que é necessário, sim, passarem por atualizações frequentes. A implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vem como a grande promessa para uma nova era na educação brasileira, já bate à nossa porta e o que tem sido feito para qualificar os docentes?

A educação mudou, os meios mudaram e o conteúdo a ser transmitido precisa acompanhar tudo isso. O Brasil tem quase 50 milhões de alunos matriculados em pouco mais de 180 mil escolas particulares e públicas e é o professor quem vai preparar esses jovens para mudar a sociedade. A qualidade da educação só vai melhorar quando se investir na melhoria da qualidade dos professores.

(*) David Marcelo P. Berto é graduado em Letras pela Faculdade Anhanguera de Taubaté/SP, tradutor-intérprete de Libras pela IMOESC – Caçapava/SP, professor de língua inglesa, formador internacional do método Kagan Cooperative Learning (San Diego University – California/USA), palestrante da plataforma YouTube Edu sobre habilidades socioemocionais na educação, além de especialista em construção de identidade da sala de aula, identidade do grupo e aprendizagem baseada no cérebro. É coordenador do Programa Línguas Estrangeiras do Planneta Educação, uma empresa do grupo Vitae Brasil.

Informações confusas atrapalham recrutadores de RH

No segundo trimestre de 2018, faltou trabalho para 27,6 milhões de pessoas no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Também destaca-se a taxa de desalento recorde de 4,8 milhões de pessoas que deixaram de procurar emprego, um resultado superior ao do primeiro trimestre (4,6 milhões) e bem maior que o do mesmo período no ano passado, quando a taxa já era bem alta (4 milhões).

A alta da população desalentada no Brasil chama a atenção porque a rigor são pessoas que não apresentam nenhum motivo físico ou psicológico para não trabalhar, apenas cansaram de ouvir negativas após as entrevistas ou de nem serem chamadas para os processos seletivos.

Francisca Silva, consultora de Recursos Humanos da Luandre, consultoria que atende 200 das 500 maiores empresas do país, lembra que, apesar do alto número de desempregados, as especialistas da empresa estão com dificuldade para encontrar candidatos ideais para algumas vagas e um dos grandes motivos é a grande parte dos candidatos não preenchem o cadastro corretamente: “Chegamos a descartar 80% dos currículos para cada processo seletivo que aparece, não porque as exigências são muitas, e sim porque muitas vezes não temos os dados necessários para analisar o perfil. Há casos em que a pessoa não deixa nem e-mail, nem telefone, ou não atualiza, em caso de mudança de número”.

Outra dificuldade relatada pelas especialistas em RH da Luandre é a falta de atenção ao local de trabalho. Segundo ela, muitos se candidatam a vagas em outros estados, cidades ou regiões e não respeitam a indicação sobre local de moradia. “Há vagas que exigem que a pessoa more com fácil acesso, em determinada região, por exemplo. Não é uma preferência, é uma exigência”.

Segundo Francisca, muitos se candidatam a cargos para os quais não possuem nenhuma experiência ou formação: “Ele acredita que consegue efetuar aquela função, mas na grande maioria das vezes sua experiência profissional e acadêmica está muito longe do exigido pelo cliente.”.

Além destas questões na pré-seleção, preocupa também o não comparecimento aos processos, que em períodos como o Carnaval chega a 80%, mas se mantém alto durante o ano, 50% em média.

Vale lembrar que na Luandre, apesar dos dados apresentados pelo IBGE, houve crescimento de mais de 40% na quantidade de ofertas de vagas neste primeiro semestre, principalmente nas áreas de varejo, logística e saúde, para todas as posições.

Dada a dificuldade com os CVs, as especialistas da Luandre apontam cinco dicas para quem não desistiu de procurar emprego:

1. Atualizar todas as informações sempre

Lembre-se de alterar endereço, telefone e atualizar suas experiências, detalhando sua função e atividades.

2. Atentar para o local da vaga

Não adianta se candidatar a vagas em outros estados ou em locais que são longe do seu endereço caso a empresa especifique que é necessário ter fácil acesso.

3. Nunca esquecer de pôr suas informações pessoais

E-mail e telefone são fundamentais, caso contrário o recrutador não tem como entrar em contato.

4. Não ter preguiça de detalhar sua formação e experiência

Pode ser que a pessoa tenha o perfil para a vaga, mas muitas vezes ela não preenche suas últimas experiências, detalhando suas atividades. Muitos candidatos são reprovados por isso.

5. Ser claro sobre o interesse na vaga

Caso seja chamado para uma entrevista é melhor ser claro sobre o interesse e, principalmente, mostrar como você poderá desempenhar bem a função exigida. Cite soluções e experiências que você já viveu para mostrar ao entrevistador que poderá fazer a diferença ao ser contratado.

Sobre a Luandre

Em 2018, a Luandre Soluções em Recursos Humanos completa 48 anos de atuação mantendo-se atual, dinâmica e oferecendo soluções técnicas e inovadoras na área de RH, tendo como objetivo a excelência nos serviços e o investimento em soluções criativas, construindo o elo entre a organização e colaborador em todas as etapas de desenvolvimento dos Recursos Humanos.

Recentemente a empresa chegou a marca de 4 mil clientes atendidos, 55 mil profissionais administrados ao longo do ano, em média, e um banco com mais de 1,9 milhão de currículos cadastrados. Há 17 anos consecutivos está no Top 5 do prêmio Top Of Mind RH, no qual já se sagrou vencedora por seis vezes, na categoria “Temporários e Efetivos”. O Diretor de Operações, Fernando Medina, foi premiado como “Empresário de Destaque – Fornecedores de RH”, pela primeira vez, no primeiro ano em que concorreu ao título.

Oferecendo seus serviços a 200 das 500 maiores empresas do Brasil, a Luandre administra uma carteira de mais de 15 mil empresas clientes. Além de todo seu know-how em Recrutamento e Seleção, a empresa oferece ainda os serviços de Administração de Pessoal (Temporários e CLT), Avaliação Profissional, Outsourcing e Programas Especiais (Saúde, Varejo e Logística).

Atualmente, possui 10 unidades em três estados, localizadas em São Paulo (Centro, Faria Lima e Santo Amaro), Alphaville, ABC, Guarulhos, Campinas, Jundiaí, Rio de Janeiro e Curitiba que administram, em média, a contratação de 55 mil por ano para vagas de base e estratégicas em todo o mercado nacional.

Lojas Americanas lança parceria com Descomplica

A Lojas Americanas, em parceria com a plataforma de ensino online Descomplica, divulgará vídeos no Facebook em que professores darão dicas de estudo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O “Momento Descomplica Lojas Americanas” será disponibilizado toda quinta-feira, a partir das 20h, no período de 23 de agosto até o início de novembro, quando acontecem as provas. A ideia da ação é contribuir para o acesso a conteúdos relevantes para a realização do exame.

A parceria entre a Lojas Americanas e o Descomplica foi iniciada em 2017, por meio da venda de cartões pré-pagos da plataforma de ensino que permite que estudantes tenham acesso aos conteúdos educacionais disponíveis no site da instituição. Os cartões custam R$ 19,90 e estão à venda em mais de 300 lojas em todo o Brasil.

Fundado em 2011 como uma startup, o Descomplica é, hoje, a primeira grande empresa de educação digital do Brasil. Atualmente, a plataforma de ensino online tem um amplo portfólio com planos de cursos voltados para a vida escolar, vestibular, universidades, concursos e até pós-graduação.

A parceria com o Descomplica reforça as diretrizes de responsabilidade social da Lojas Americanas, que promove a educação como instrumento para a geração de renda e o protagonismo dos jovens na sociedade.

Sobre a Lojas Americanas

A Lojas Americanas foi fundada em 1929 e está presente em todo território nacional. São mais de 1.320 lojas em dois formatos: tradicional e express. Adicionalmente, a Companhia está desenvolvendo o novo modelo de loja de conveniência com mix de produtos voltados para conveniência alimentar. A rede de lojas comercializa até 60 mil itens, reunidos em mais de 40 departamentos como bombonière, perfumaria, utilidades domésticas, brinquedos, games, celulares, eletrodomésticos, eletrônicos, cosméticos, livros, vestuário e papelaria. A Lojas Americanas conta ainda com quatro Centros de Distribuição localizados em São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Recife/PE e Uberlândia/MG.

O lucrativo mercado dos pets

Um mercado que vem chamando a atenção das empresas é o dos bichinhos de estimação, os famosos “pets”. Só no Brasil, são mais de 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos de estimação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, segundo a estimativa do Instituo Pet Brasil, mais de 25 bilhões circularam nesse nicho de mercado, um crescimento de 7% em relação a 2016.

Os números comprovam que mesmo em anos de crise, o setor é uma ótima opção para os empreendedores. São infinitas as opções no mercado, desde as mais simples até as mais tecnológicas. O professor de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade do ISAE – Escola de Negócios, Rafael de Tarso, explica que um dos grandes diferenciais do mercado de nicho é a sua diferenciação. “O número de pessoas com pets aumentou de forma significativa, o que acontece é que antes não tinha uma indústria muito forte voltada para customização, que tivesse alguns produtos com baixo valor agregado, inicialmente uma coleira ou um serviço de pet era muito tradicional. Agora, as indústrias perceberam que tem como agregar valor nesse nicho, tendo uma rentabilidade amor”, enfatiza Rafael.

Em Curitiba (PR), um exemplo dessa efervescência e inovação do mercado é a startup PlayPet, que lançou um comedouro inteligente que funciona conectado sem fio a rede wi-fi, tem capacidade para 3 kg de ração e permite as pessoas alimentem seus bichinhos via aplicativo. O alimento é liberado de acordo com os horários pré-programados no aplicativo, mas você pode liberar o alimento quando quiser, apertando o botão de liberação de ração dentro do aplicativo, disponível nos sistemas Android e iOS.

Para quem busca uma experiência ainda mais próxima com o seu pet, a PlayPet oferece, ainda, uma câmera com imagens ao vivo que podem ser acompanhadas pelo aplicativo. “Nosso trabalho é focado em produtos inteligentes para promover cuidados e entretenimento para os pets, enquanto eles ficam sozinhos em casa. Nessa linha lançamos o comedouro, nosso principal produto, que hoje já é utilizado por todo o país”, comenta Rafael Souza, CEO da PlayPet.

De Vassouras, no Rio de Janeiro, saiu a Dog Beer, a primeira cerveja para animais de estimação. Criada por Lucas Marque Bueno, é na verdade um petisco liquido, não alcoólico, feito à base de água, mate e extrato de carne ou frango, sem nenhuma substância que possa prejudicar os animais e está à venda em todos os pet shops do país. Hoje existe até sorvete para cães e gatos, como o Ice Pet. Quem desenvolveu a receita foi a empresa APF, e ela não possui açúcar, lactose ou gordura. São vários sabores chocolate, morango, banana, atum e bacon.

Existe ainda um canal de TV exclusivo para pets no Brasil (https://www.mypettv.com.br/). Com assinatura mensal, os donos tem acesso a programação completa para acalmar, relaxar e estimular seus bichinhos. Esses são apenas alguns exemplos desse mercado, existem ainda spas, escolhinhas, restaurantes, hotéis, pensados para quem tem bichinhos de estimação ou exclusivamente para eles.

“O segredo para crescer é achar o seu público-alvo, se perguntar: eu quero um público que vá pagar barato? Um serviço básico? Ou um público que vá pagar um pouco mais? Em linhas gerais quando a gente fala de nicho, com todos os processos de digitalização que existem, é mais fácil você conhecer o seu consumidor. Nesse sentido, você identifica o que ele quer e oferece algo que ele realmente precisa”, finaliza o Tarso.

5ª edição do evento de adoção “Amigo não se compra”

Nesta quinta-feira(23) e sexta-feira(24), o Instituto Quatro Patas, juntamente com o vereador Fagner Fernandes, realiza mais um evento de adoção de animais “Amigo não se compra”.

O evento, que acontece na Praça Jácome Mastroianni, localizada em frente ao Assaí Atacadista, Bairro Nossa Senhora das Dores, das 9h às 15h, tem por objetivo proporcionar aos animais a possibilidade de terem um lar, onde poderão receber cuidados, amor e carinho.

Ao todo, 30 animais, entre cães e gatos, adultos e filhotes, fêmeas e machos, estão disponibilizados no local. Os bichos já estão vacinados e vermifugados, e os que se encontram em idade adulta são todos castrados.

Os interessados em adotar um animal devem comparecer ao local onde está sendo realizado o evento portando os documentos de CPF, RG, comprovante de residência, caixa para transporte ou coleira para condução do animal e devem também ser maiores de 18 anos.

Para o vereador Fagner Fernandes, a realização de eventos de adoção de animais é de suma importância, tanto para o controle de natalidade animal no município, como também para garantir a um número cada vez maior de animais um lar, onde ele terá carinho e todos os cuidados necessários. “Não comprem animais, adotem! Ninguém compra amor, nem compra amigo! Temos que ver os animais como vidas, que precisam de atenção, de carinho e de políticas públicas”, pontuou o vereador.

Grupos caruaruenses se apresentam em festival de dança em Alagoas

As companhias caruaruenses Grupo de Expressão Popular Flor e Barro e Orí Cia de Dança estarão neste final de semana no estado de Alagoas, no II Festival Agosto Cultural que será sediado em Chã Preta, cidade que é referência na preservação do folclore alagoano. O evento tem uma grande importância para o intercâmbio entre os participantes, possibilitando o fortalecimento de culturas e afirmação de identidades.

O Grupo de Expressão Popular Flor e Barro já tem 15 anos de trajetória levando as danças tradicionais da cultura nordestina em importantes eventos regionais, festivais nacionais em São Paulo, Paraíba e Rio Grande Norte, além de Festivais internacionais no Paraguai e Venezuela. O Flor e Barro tem como um de seus objetivos manter viva as tradições culturais, sensibilizando e ensinando a importância das nossas raízes folclóricas e tem a frente deste trabalho os diretores Gabriela Cardinalli, Jailton Oliveira, Josy Silva e Rosemere Quaresma e como coreografo Manuelzinho Araújo.

O Orí Cia de Dança, que também levará o nome de Caruaru ao evento, existe a quatro anos e vêm participando de vários eventos regionais que fomentam o movimento da cultura afro-brasileira, além de ter já representado nosso país no Circuito Brasil Fest in Folk, que fez parte do 28º Festival Internacional de Folclore do Brasil e da 8ª edição do Festival de Cultura no Rio Grande do Norte. O grupo tem como direção cênica Renata Lima e Vanaldo Brito como diretor geral – desenvolvendo em cena uma linguagem híbrida entre a contemporaneidade e as tradições de matriz afro, contribuindo no processo de desmistificação de preconceitos e de valorização da cultura afro-brasileira.

Foto: Paulo Conceição (Cia Bacurau Cultural)

Destra inicia campanha educativa nas faixas de pedestres

A Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra), iniciou, na manhã de ontem (22), a campanha de tema “O respeito pede passagem”, que orienta pedestres e condutores sobre a travessia segura e a importância de respeitar a faixa. As ações serão realizadas durantes um mês, sempre de segunda a sexta-feira, com arte-educadores abordando pedestres e condutores, distribuindo folders, faixas, adesivos e demais materiais informativos.

“Estamos com as equipes nas ruas realizando ações que incentivam a cidadania de todos que compõem o trânsito. Em algum momento, todos nós assumimos a posição de pedestres. Por isso, é importante reforçar essa consciência do respeito à faixa e, consequentemente, respeito ao pedestre, para garantir uma travessia segura e um trânsito mais tranquilo”, comentou a secretária executiva da Destra, Adriana Leite.

O cronograma da campanha educativa foi planejado para atender todas as faixas de pedestres que estão sendo revitalizadas pela Destra, na área central de Caruaru. Ao todo, 24 ruas estão sendo contempladas com os serviços.

Case Vitória recebe pela segunda vez cursos ofertados pelo Senai

Pela segunda vez desde que foi inaugurado, em 2013, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) na Zona da Mata do Estado, está recebendo cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Ao todo, 25 socioeducandos iniciaram a formação em Eletricidade Aplicada à Automotiva e Sistemas de Iluminação e Sinalização. O grupo receberá dois certificados quando as aulas terminarem e estará mais competitivo para disputar oportunidades no mercado de trabalho.

Os cursos foram articulados pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, que vem firmando diversas parcerias com o Senai e instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE). Os mesmos cursos que estão sendo ministrados agora no Case Vitória já tinham contemplado adolescentes e jovens do Case Caruaru. As aulas duraram quatro semanas. A certificação ocorreu no mês passado, beneficiando 17 socioeducandos. Um dos fatores que contribuiu para a boa avaliação da experiência foi a curta duração das atividades, o que costuma ser mais atrativo para os internos.

Para o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque, responsável pela articulação dos cursos, as ações levadas para as unidades têm fortalecido cada vez mais os laços entre a Funase e seus parceiros. “É a segunda vez que o Senai nos atende em Vitória. O primeiro curso foi no primeiro ano da unidade, Mecânica de Motocicleta, e ficou na história daquele Case. Ao longo desses anos, o Senai tem construído uma história muito bonita na socioeducação em Pernambuco. A Funase tem muito a agradecer por todo o apoio que vem recebendo da instituição para garantir a promoção da educação profissional dos socioeducandos”, destacou.

Auditores resgatam 38 trabalhadores de garimpo ilegal

Uma operação do Grupo Móvel de Erradicação do Trabalho Escravo resgatou de um garimpo clandestino na reserva florestal Amana, no Pará, 38 trabalhadores submetidos a rotinas degradantes, com jornadas exaustivas, sem carteira assinada nem condições mínimas de segurança e saúde. Eles viviam em cabanas improvisadas no meio da floresta. Todos tinham sido contratados para exploração de ouro pela proprietária da fazenda.

A exploração, conhecida como Garimpo do Coatá, fica no km 302 da Rodovia Transamazônica, próximo ao município de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. O garimpo era utilizado há vários anos no interior da fazenda, em uma área de 224 hectares, com dez frentes de trabalho. A área é de preservação ambiental.

Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação e Bioversidade (ICMBio), que participou da operação junto com o Ministério do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública da União, com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Pará, a dona do garimpo declarou deter direito de uso de uma área de 76,5 mil hectares na reserva florestal.

Com a atividade do garimpo, a proprietária da fazenda recrutava trabalhadores para exploração de ouro no local. Ela oferecia uma porcentagem de 15% como pagamento. Nas várias frentes de trabalho, os auditores-fiscais encontraram garimpeiros, cozinheiras e ajudantes que dividiam, entre si, geralmente em grupos de quatro pessoas, o pequeno lucro da exploração. A maioria, porém, tinha dívidas na cantina da sede da fazenda, onde adquiriam produtos de consumo diário, comida e bebida literalmente a preço de ouro.

Um garimpeiro entrevistado pelos auditores disse que era cabeleireiro em Jacareacanga e largou tudo para trabalhar no garimpo. Conta que tudo lá era cobrado a peso de ouro. “A carne custa 3 gramas; a cachaça, 1 grama, e assim por diante. A proprietária oferece apenas arroz e feijão. O restante, ela vende aos trabalhadores, com preços muito acima dos de mercado. O fumo custa aqui R$ 10 em ouro, enquanto na cidade pode ser encontrado por R$ 5”, relatou.

Tudo é anotado num caderno. O acerto é feito quando o empregado vai embora. No entanto, muitos estão presos ao trabalho no garimpo em função das dívidas contraídas em produtos de subsistência. A água que consumiam era proveniente de igarapés, e, para as necessidades fisiológicas, havia banheiros improvisados no mato.

Dona Maria, que é cozinheira de um grupo, recebe 20 gramas de ouro por mês pelo trabalho de servir aos garimpeiros. “Eu, quando recebo, vendo o ouro para empresas compradoras de ouro no local”, afirma. “Mas em depoimentos colhidos pelos auditores foi constatado que a proprietária se oferecia para comprar o ouro deles a R$ 100 o grama. No mercado, o preço é cotado a R$ 150”, explica o coordenador operacional do Grupo Móvel, Maurício Krepsky.

O local é de difícil acesso, a quase 100 km de Jacareacanga, município mais próximo, e a 300 km de Itaituba pela Rodovia Transamazônica. Existe apenas uma estrada de 24 km para chegar à sede da propriedade. Para ir às frentes de trabalho é ainda mais complicado. Os garimpos ficam dentro da floresta e as estradas de acesso estão em péssimas condições. Quando chove muito, fica intransitável, mesmo para veículos 4×4.

“Nossa equipe teve muito trabalho para chegar às frentes de trabalho, devido às péssimas condições do trajeto, com muita lama e árvores caídas no caminho. O calor é desgastante e não era oferecido aos trabalhadores condições mínimas de atividade e alojamento. Eles tinham que laborar das seis da manhã às seis da tarde, de domingo a domingo, com pequenos intervalos de almoço realizado em cabanas de plástico improvisadas”, ressalta Krepsky.

Havia também, segundo o auditor, a exploração sexual das cozinheiras. “O valor do programa também era retido pela proprietária do garimpo para devolução apenas quando as cozinheiras fossem embora. Caso um garimpeiro fosse deixar o garimpo sem a quitação da dívida com os programas e não houvesse saldo suficiente de sua produção, esse prejuízo era suportado unicamente pelas cozinheiras, sem o ressarcimento pela proprietária do garimpo”.

Segundo Krepsky, era cobrado dos trabalhadores até o valor do transporte da cidade de Itaituba até a entrada do garimpo. “E para transportar o trabalhador de moto ou carro da entrada do garimpo até a sede do garimpo, ou vice-versa, era cobrado pela empregadora o valor de 2 gramas de ouro (R$ 200) para percorrer uma distância de 26 km”.

Nas frentes, os trabalhadores moram em barracos improvisados e cobertos por lona preta, sujeitos a intempéries e picadas de mosquitos. Seu José, um dos garimpeiros resgatados, conta que foi acometido pela malária várias vezes. “Já peguei duas vezes numa mesma semana”, disse o trabalhador.

Nenhum deles tem carteira assinada e recebem seu pagamento em um percentual do ouro que consegue achar. A maior parte fica com a proprietária da fazenda, que não fornece nenhum equipamento de segurança e cobra por tudo que fornece, inclusive para entrada na propriedade.

Com base nos depoimentos colhidos nas frentes de serviço e nas condições encontradas, o grupo decidiu pela retirada de todos os trabalhadores e autuar a dona da fazenda por uso de mão de obra análoga à de escravo. Todo o transporte dos trabalhadores e sua acomodação em Itaituba, aonde foram levados para aguardar o pagamento das rescisões e direitos trabalhistas devidos, foi custeado pela proprietária, que terá ainda, conforme imposto pelo Ministério Público do Trabalho, de arcar com dano moral e coletivo.

Dano ambiental – A ação, que culminou no maior resgate de trabalhadores em extração de minérios e metais preciosos pelo GMóvel, teve a participação efetiva do ICMBio, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que fiscaliza as UCs do Bioma da Amazônia e, junto com a área de inteligência da Inspeção do Trabalho, vem realizando o monitoramento das atividades no local desde 2014. “As atividades ilegais de garimpo na reserva florestal já ocorrem há bastante tempo. O grupo, após o flagrante nas frentes em atividade, decidiu também pela interdição imediata das frentes de trabalho, e o maquinário, avaliado em mais de R$ 1 milhão, foi apreendido pelo instituto”, explicou Diego Rodrigues, chefe do setor de Proteção do ICMBio.

Segundo o ICMBio, a área total da fazenda, declarada pela proprietária, é de 76.503,00 ha. A área explorada pelo garimpo chega a 224 ha. Todo o local, onde estava havendo a exploração ilegal de minério, foi embargado, e os equipamentos usados na exploração do garimpo, destruídos, ficando a proprietária sujeita às autuações por grave dano ambiental. Foi confirmada a infração ambiental (Art. 45 do Dec. 6514/2008), que proíbe extrair de florestas de domínio público ou áreas de preservação permanente sem prévia autorização, seja pedra, área, cal ou quaisquer espécies de minerais. Foram aplicadas também sansões administravas e medidas cautelares com multa no valor de R$ 4.880.000,00 e apreensão dos equipamentos utilizados na infração ambiental, avaliados em R$ 1.024.000,00, além do embargo das atividades de extração mineral ilegal.

As rescisões trabalhistas calculadas pela auditoria fiscal do Ministério do Trabalho chegam a R$ 366 mil. Também foram emitidas notificações por descumprimento da legislação trabalhista e de segurança e saúde. Todos os trabalhadores resgatados receber três parcelas do seguro-desemprego a que têm direito.