Festa das Marocas terá GD, Bonde do Brasil e Samyra Show

A Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Eventos, lançou, nesta quarta-feira (4), a programação da 48ª edição da Festa das Marocas. O evento será realizado entre os dias 13 e 17 de julho e contará com uma vasta programação cultural, com shows e apresentações artísticas. Entre as atrações estão Gabriel Diniz, Bonde do Brasil e Samyra Show.

Para o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Eventos, Sílvio Romerio, a festa será um resgate da tradição. “Este ano, estendemos a área do evento, que incluirá a tradicional Avenida José Mendonça Bezerra e a Avenida Coronel Antônio Marinho. A tradição do evento é ser no centro e estamos preservando isso”, disse. A festa homenageará Dona Dora, conhecida pelo amor a Festa das Marocas.

A programação da festa começa às 5h30 da sexta-feira (13), com o tradicional café da manhã das Marocas, em frente à prefeitura. Às 16h, será a concentração, na Praça das Crianças, no Bairro Cohab I, para o desfile do Carro da Pitú. O trio elétrico irá percorrer as principais ruas da cidade. A partir das 21h30, shows com Henry Cássio e Samyra Show.

No sábado (14), haverá apresentação de quadrilhas, cirandas, bacamarteiros e trios pé de serra. No palco principal, a festa será comandada por Pegada Top e Forró Vumbora. A programação começa cedo no domingo (15). A partir das 20h, com Ary Queiroz, Jota Santos e Geraldinho Lins. Gabriel Diniz e Bonde do Brasil são as atrações da segunda-feira (16).

Para encerrar a programação, a tradicional levada do Carro da Pitu. Na volta, a animação fica por conta do trio e banda Asas da América.

Comédia “Coroas” em cartaz em Santa Cruz

O mês de julho promete ser animado em Santa Cruz do Capibaribe. A comédia “Coroas” deve arrancar boas risadas do público nos fins de semana da cidade. A peça está em cartaz no Teatro Municipal de Santa Cruz nos dias 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de julho, a partir das 20h. Os ingressos antecipados custam 15 reais e são encontrados na Ótica Brunique. Já quem deixar para comprar no dia da peça, o valor é de 20 reais.

A peça é de Saulo Queiroz e direção de André Casanova. Ela conta a história das irmãs Maria das Dores, Maria da Luz e Maria da Paz que não conseguiram casar e sempre que levam pretendentes para casa, a mãe delas arquiteta várias formas de espantar os namorados, por que querem manter as filhas solteiras para sempre, pois ela esconde um segredo. Esse segredo é mostrado no desenrolar da peça. “É uma comédia de costumes em que vai envolver a plateia com essa família engraçada e esquisita.”, destaca Casanova.

Nota da Compesa sobre o acidente ocorrido no Bairro Kennedy

A Compesa lamenta o acidente ocorrido na manhã desta terça-feira, 03, envolvendo dois funcionários de uma empresa terceirizada, que faziam uma manutenção de rotina no sistema de esgotamento sanitário do bairro Kennedy, em Caruaru. Os bombeiros foram acionados, mas, infelizmente, Daniel Henrique dos Santos, de 26 anos, morreu. O outro funcionário, Roberto Bezerra da Silva, de 56 anos, foi levado para o Hospital Regional do Agreste, onde permanece internado.A Compesa informa que acionou a empresa terceirizada para que seja prestada toda a assistência à família dos funcionários. A Compesa irá acompanhar as investigações que irão revelar as causas do acidente.

Férias em Buíque terão atividades culturais no Sesc Ler

Para proporcionar um período de férias com muitas atividades artísticas, o Sesc Ler Buíque realiza desde ontem (02/07) o projeto Cultura nas Férias, em que estão sendo desenvolvidas oficinas culturais para todas as idades e uma apresentação da Banda Matuttano. Todas serão realizadas no próprio Sesc e as inscrições podem ser feitas no Ponto de Relacionamento com Clientes, na Rua Projetada, s/n, no bairro Frei Damião.

A primeira oficina foi a de percussão, que começou na segunda (02/07) e segue até a sexta-feira (06/07).

De 9 a 13 de julho, duas oficinas serão realizadas, ambas ministradas por Vitor Cruz: a primeira é a de jogos teatrais, que será gratuita, e acontece das 14h às 17h; a segunda é a de palhaço (clown), das 19h às 22h, com taxa de inscrição a R$ 10 para o público geral e R$ 5 para os trabalhadores do comércio, bens e serviços e seus dependentes. Nesta oficina, os participantes aprendem a linguagem visual e corporal do personagem que arranca risadas das plateias nos picadeiros dos circos.

“Estas atividades que o Sesc Ler promove todos os anos neste período, têm como objetivo o desenvolvimento artístico-cultural do público de Buíque e região. Elas atendem a uma procura que cresce na comunidade. Por isso, damos sequência ao processo de sensibilização de todos para a arte, a cultura e o pensamento crítico”, explica Gilvaneide Marques, professora de artes do Sesc Ler Buíque.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Cultura nas Férias

Data: de 2 a 13 de julho de 2018

Local: Sesc Ler Buíque – Rua Projetada, s/n – Frei Damião

Informações: (81) 3721.3967

Programação:

Oficina de Percussão

De 2 a 6 de julho, das 14h às 17h

Gratuita

Instrutor: Sérgio Arlindo

Oficina de Jogos teatrais

De 9 a 13 de julho, das 14h às 17h

Gratuita

Instrutor: Vítor Cruz

Oficina de Palhaço (Clown)

De 9 a 13 de julho, das 19h às 22h

R$ 5 (trabalhadores do comércio, bens e serviços e dependentes)

R$ 10 (público geral)

Instrutor: Vítor Cruz

Show da Banda Matuttano

6 de julho, às 16h

Gratuito

Artigo: Quero mudar de área. E agora?

*Por Marianna Greca

Quem não passou a adolescência ouvindo a palavra “vestibular”, talvez ainda esteja imune às várias armadilhas que o tempo revela. Se a carreira é uma delas, esse texto é para você. Afinal, o que considerar ao mudar de carreira? O dilema de muitos é que, aos 17 anos, nos deparamos com algumas decisões que nem mesmo aos 27 estamos tão certos sobre qual caminho tomar. De qualquer maneira, somos ensinados a fazer “o que gostamos”. Mas se você foi ensinado a escolher o que te agrada desde o início, você pode se perguntar: “como vim parar aqui”?

Faço parte da geração Y, um grupo orientado pela satisfação profissional, talvez acima da busca pela própria estabilidade. Quando ingressamos no mercado de trabalho, nosso perfil profissional surpreendeu as gerações anteriores e fomos celebrados pela nossa versatilidade, conectividade e senso de autonomia.

Hoje, minha visão sobre o nosso perfil é menos romântica quanto ao mercado que construímos. Tivemos – e ainda temos – um oceano de escolhas, de cursos, de carreiras, de trabalhos informais como freelancers e até de materiais gratuitos na web capazes de nos ensinar a executar qualquer habilidade que venhamos a precisar, mas isso tem consequências.

Esse mundo de possibilidades nos torna constantemente insatisfeitos e instáveis quanto ao nosso curso profissional e pessoal. Mudamos de ideia o tempo todo, porque nos foi intitulado o direito de fazê-lo sempre que conveniente. E isso nos privou de uma linha norteadora que agregaria a construção, ao invés da dispersão na qual tantas pessoas da minha geração se encontram em tantos aspectos da vida.

Podemos e devemos explorar as possibilidades de trabalho, mas temos que fazer essas experiências serem construtivas, e não ferramentas de procrastinação. Estamos deixando de construir carreiras sólidas e adquirir real consistência para as nossas vidas? Pelo contrário. Permanece o valor do trabalho com propósito, de buscar aquela carreira que realmente dialoga com nossos valores e habilidades que são só nossas. Vamos construir nossa linha norteadora a partir disso, mesmo que isso signifique buscar uma nova área de atuação.

Além do mais, a maneira como a civilização moderna está organizada faz com que estejamos trabalhando o tempo todo. Sem falar no cenário econômico brasileiro, que, para todos os efeitos, criou uma verdadeira cultura de desapego de empresas, equipes e modelos de trabalho. Então, por que não estamos trabalhando naquilo em que realmente acreditamos?

Mas dessa vez, sem pensar em vestibular. Vamos nos apropriar desse universo de informações, dessa cultura colaborativa, das nossas experiências anteriores (mesmo que em uma área distante da desejada) e construir, com autonomia, foco e objetividade, a vida que desejamos. Não porque estamos procurando algo mais legal para fazer, mas porque queremos dar à nossa força de trabalho, acima de tudo, um verdadeiro significado.

*Marianna Greca é publicitária por formação e coordena a frente de Formação Complementar do Centro Europeu, uma das principais escolas de profissões do mundo

Moderno Abstrato no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping está sediando, de 3 de julho a 1º de agosto, a exposição Moderno Abstrato. A mostra, que reúne obras da artista plástica Maria Nailde Alves, está localizada na Galeria, no corredor do hipermercado, e é aberta ao público conforme o horário de funcionamento do centro de compras e convivência.
Maria Nailde Alves, conhecida artisticamente como Nailde Alves, é caruaruense. Autoditada, ela admira toda forma e expressão artística. “A arte está inserida em mim desde sempre, no entanto comecei a trabalhar profissionalmente desde 2015”, afirmou.

O trabalho da artista é voltado para a Arte Moderna. Ela usa muitas cores, linhas, formas geométricas e curvas. A busca da técnica certa para agregar à obra levou a artista a Belo Horizonte. “Em Belo Horizonte, realizei pesquisas e técnicas, como a textura, a latonagem, entre outras, e fui inserindo no meu trabalho, proporcionando, assim, um diferencial às criações”, finalizou Maria.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, no Bairro Indianópolis.

Sesc Ler Belo Jardim abre inscrições para o “Brincando nas Férias”

O período das férias escolares está prestes a ser iniciado e pensando nisto, o Sesc Ler Belo Jardim realiza mais uma edição do projeto Brincando nas Férias com atividades de lazer para a criançada. Esse ano, a colônia será movimentada entre os dias 9 a 13 de julho. E para não ficar de fora da vasta programação, é importante estar atento, pois o período de inscrição já começou e vai até o dia 10 de julho.

Crianças de quatro a 12 anos podem participar. Para isto, basta que os pais ou um responsável se dirija ao Ponto de Relacionamento com os Clientes da Unidade. Estão sendo disponibilizadas 70 vagas. O custo para o público geral é de R$ 100. Trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo pagam R$ 50.

Nesta edição, a ação terá como tema o mundo do circo. “Muitas crianças nunca tiveram contato com este ambiente. A nossa intenção é apresentar, de forma lúdica, a relação entre os personagens do circo e a sensação de lugar mágico que sempre proporciona boas risadas”, explica a coordenadora de Recreação e Lazer do Sesc Pernambuco, Jeane Karla Albuquerque.

Entre as atividades que serão realizadas, estão: banho de piscina, sessões de cinema, passeio, atividades esportivas, gincanas, oficinas de brinquedos e muito mais. O pacote inclui ainda almoço. O Sesc Ler Belo Jardim fica localizado na Rua Pedro Leite Cavalcante, SNº, no bairro Cohab II

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Inscrições Brincando nas Férias

Data: até o dia 10 de julho

Local: Ponto de Relacionamento com os Clientes

Entrada: R$ 100 para público geral e R$ 50 para trabalhadores do comércio

Informações: (81) 3726-1576

Crédito da foto: Ivson Alves

Alunos realizam visitas técnicas no São João de cidades do interior

Estudantes do curso tecnólogo de Marketing da Faculdade UNINASSAU Caruaru realizaram visitas técnicas em duas grandes cidades com tradição nas festas juninas. Na ocasião, os alunos acompanharam a equipe de produção de eventos das prefeituras de Caruaru e Agrestina e puderam conhecer de perto a prática, para posteriormente poder executar um grande evento. Essa atividade de extensão faz parte da disciplina “Marketing de Eventos”.

Entre os objetivos do exercício, esteve o de aliar a teoria vista em sala de aula com a prática da rotina dos mercadólogos, profissionais que trabalham com eventos e são especializados em produzir e organizá-los. Os alunos além de tirarem dúvidas também foram orientados sobre os bastidores de eventos promovidos para a grande massa, aprendendo também a como gerenciar situações e problemas que surgem, como atrasos dos artistas e outras situações.

A coordenadora dos cursos tecnólogos, Jéssica Bezerra, ressalta que esse projeto do curso especifico de Marketing deve continuar. “Sempre buscando seu intuito principal, que é mostrar na prática todo processo de um grande evento, principalmente um evento como este do São João. Isso oportuniza nossos alunos a perceberem todo planejamento e organização, características essenciais, proporcionando um aprendizado pessoal e profissional”, afirma.

Lei de Proteção de Dados tramita no Senado

Desde o escândalo da Cambridge Analytics envolvendo o Facebook, falar sobre proteção de dados virou rotina nas empresas. Com leis ainda não muito bem definidas tramitando no senado, organizações de setores que dependem da coleta de dados privados para operacionalizar os seus negócios buscam por informações consistentes sobre como se adaptar às futuras leis e traçar estratégias para não perder espaço em um mercado tão competitivo.

Para Márcio Cots, Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), é necessário estar sempre atento ao andamento da tramitação da lei para debater o assunto e começar a adaptar o que for necessário. “Muita coisa vai mudar na forma de coletar e tratar os dados de clientes. Ao conhecer as suas obrigações neste processo, as empresas terão de fazer uma força tarefa para conseguir se adequar. Mas com o uso de boas práticas será possível encontrar um equilíbrio entre o uso dessas informações e o direito à privacidade do usuário”.

Advogado com vasta experiência em assuntos relacionados ao uso legal da Internet, Cots destaca alguns pontos importantes para uma adaptação mais tranquila. “Para se prepararem desde já, as empresas devem regularizar o tratamento que não dispõe de base legal, anonimizar os dados sempre que possível, mapear terceiros com quem compartilha essas informações e realizar adequações contratuais, modificar os termos de uso e política de segurança e, o mais importante, se preparar para eliminar dados pessoais sem prejudicar o modelo de negócio”.

O principal projeto desse gênero é o PL 4060/2012, de autoria do deputado Milton Monti (PR). Votado com urgência, ele foi aprovado praticamente por unanimidade na Câmara dos Deputados no dia 29 de maio. Agora, encaminhado ao Senado, ele foi rebatizado como PLC 53/2018 e deve “brigar” com outros textos similares que já estavam sendo discutidos por lá, incluindo o PLS 330, amplamente criticado por abrir exceções aos órgãos públicos no que tange aos padrões de proteção de dados pessoais dos cidadãos.

A aceleração na aprovação de leis que levam em conta a proteção de dados de usuários no Brasil é um reflexo direto da GPDR. Aprovada em 2016 pela União Europeia para garantir a privacidade de todos os cidadãos que habitam seus estados-membros, a legislação acabou virando motivo de desespero e fonte de dúvidas para muitos empreendedores brasileiros, já que a lei é aplicável a toda e qualquer empresa que processe dados pessoais de cidadãos europeus, independentemente de onde ela esteja sediada ou quem seja o seu público-alvo primário. E adequar-se à GPDR não é algo barato nem simples, tanto que, no desespero por cortar gastos, alguns desenvolvedores estão embutindo códigos em seus sites que impedem a visita de internautas estrangeiros.

“Por mais complexo e assustador que estas novas leis possam parecer, elas serão um divisor de águas na história da tecnologia. Junto com a ABINC, buscamos obter o máximo de informações possíveis sobre as questões tecnológicas e legais que as empresas terão que lidar para orientá-las no período de transição e garantir que todos passem a trabalhar com a mentalidade privacy-first, o que será bom tanto para os usuários, que ficarão tranquilos sabendo que os seus dados estarão mais protegidos, quanto para as empresas, que terão a chance de transmitir mais confiabilidade à sua clientela e evitando eventuais prejuízos com ataques cibernéticos”, conclui Cots.

ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas

A ABINC foi fundada em dezembro de 2015 como uma organização sem fins lucrativos, por executivos e empreendedores do mercado de TI e Telecom. A ideia nasceu da necessidade de se criar uma entidade que fosse legítima e representativa, de âmbito nacional, e que nos permitisse atuar em todas as frentes do setor de Internet das Coisas. Tem como objetivo incentivar a troca de informações e fomentar a atividade comercial entre associados; promover atividade de pesquisa e desenvolvimento; atuar junto às autoridades governamentais envolvidas no âmbito da Internet das Coisas e representar e fazer as parcerias internacionais com entidades do setor.

Pesquisa aponta Brasil como sétimo país no ranking da intolerância

Tolerância se aprende, também, na sala de aula. A Geekie, uma das principais empresas de educação inovadora do Brasil, tem transformado a disciplina de Educação Digitalem ferramenta pedagógica para que as escolas possam combater a propagação do preconceito, de atos de intolerância e discursos de ódio online, sobretudo nas redes sociais. Com sequências didáticas apoiadas em casos reais – como o preconceito sofrido pela jornalista Maju Coutinho e o assédio sexual à Valentina Schulz, participante do Masterchef Júnior–, a dinâmica tem o objetivo de disseminar entre os alunos com idades entre 13 e 17anos a noção de que a liberdade de expressão não deve ser confundida com manifestação irrestrita de opinião preconceituosa. Por meio de questões e dinâmicas que despertam empatia, os alunos são convidados a refletir individualmente e debater em grupo o tema. Assuntos correlatos como limites da privacidade, cyberbullyinge assédio online também são abordados em sequências didáticas.

Futuristas como o alemão Gerd Leonhard têm defendido que a educação baseada em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – conhecido pelo acrônimo STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) – deve ser mesclada com as habilidades HECI: humanidade, ética, criatividade e imaginação. Na prática, investir tanto em tecnologia quanto em humanidade, sobretudo empatia, consciência, valores e compaixão. O tema é de especial relevância diante do aumento dos episódios de intolerância nas redes sociais. Conduzida em 27 países com mais de 19 mil pessoas, a pesquisa da IPSOS Mori aponta que o Brasil é o sétimo no ranking da intolerância ao lado de Estados Unidos, Polônia e Espanha. Entre os brasileiros, 84% dos entrevistados enxergam uma divisão no país. Entre os pontos da discórdia, a maioria global aponta as visões conflitantes sobre a política (44%); polarização entre ricos e pobres (36%); tensão entre imigrantes e pessoas que nasceram no país (30%); divisão entre grupos religiosos (27%); diferenças entre etnias (25%); entre idosos e jovens/homens e mulheres (11%). No Brasil, os índices são, respectivamente, 54%, 40%, 8%, 38%, 25% e 18%. A maioria dos brasileiros, 62%, acredita que o país está mais polarizado do que há 10 anos.

Por sua vez, a pesquisa sobre cyberbullying– também conduzida pela IPSOS com 20,8 mil pessoas em 28 países – aponta o Brasil como o segundo no número de agressões online. A cada 10 pais entrevistados, três disseram que os filhos já sofreram violência na internet; 53% dos pais brasileiros afirmaram que o ataque partiu de colegas de classe do filho, que cometeram o ataque em redes sociais.

Mestre em Educação pela Stanford University, Claudio Sassaki – cofundador e CEO da Geekie– defende que a tecnologia deve estar próxima da linguagem do estudante, gerando identificação e motivação. Na prática, a tecnologia não é mais um diferencial para os jovens; diferente é o fato de a escola ser o único lugar onde a tecnologia fica de lado na vida deles. “A escola e a família precisam ensinar os jovens a lidar com as oportunidades, os riscos e os desafios de estarem conectados. Uma pesquisa da TIC Kids Online demonstra que quando desafiados a julgar as próprias habilidades na internet, 76% dos jovens brasileiros acreditam saberem mais do que os pais; 71% afirmam conhecer muito sobre como usar a rede. No entanto, da teoria à prática, em um experimento da mesma organização, 30% dos jovens não souberam verificar se uma informação na internet estava correta.Esse dado é relevante, porque prova que o nativo digital precisa de orientação; da mediação de professores”, avalia Sassaki.

Segundo o pesquisador independente e empreendedor, educar para a cidadania digital vai além da disseminação da compreensão de conceitos como pegadas digitais. “O aluno tem que ser preparado para ver e compreender a relevância desse conhecimento; entender como as pegadas digitais influenciam na forma como ele será visto na internet; como a reputação online pode influenciar a busca de um emprego ou vaga acadêmica, no futuro”, analisa, acrescentando que esse aprendizado envolve disponibilizar insumos para o alcance da cidadania – ou seja, uma aprendizagem significativa e relevante para o cotidiano do aluno.

Educação Digital, modo de usar

Preparar os alunos para desbravar os desafios decorrentes de questões sociais e profissionais complexas apresentadas pelas novas tecnologias tem sido endereçado pela Educação Digital, conteúdo pedagógico do Geekie One. A plataforma educacional oferece suporte para que o educador provoque o diálogo, o olhar crítico e incentivar o aluno a assumir o compromisso do desenvolvimento de uma cidadania que se dá, também, no ambiente digital.

Segundo Leandro Carabet, Designer Pedagógico da Geekie, a Educação Digitalestá apoiada em unidades temáticas: identidade online(os alunos analisam de que modo as pessoas assumem e constroem a própria identidade e reputação na internet, refletindo os impactos no presente e futuro); tecnologia e bem-estar(conteúdo sobre possíveis interferências da tecnologia na saúde física e psicológica e estimula o aluno a desenvolver hábitos mais saudáveis de uso da tecnologia); segurança e privacidade(capacitar para identificar as ameaças na internet às informações pessoais e aprender a desenvolver estratégias e hábitos para reverter a ingenuidade); cidadania digital(os alunos discutem os principais dilemas éticos da rede, refletindo sobre direitos, responsabilidades e crimes); comunicação digital e relacionamentos(os alunos estabelecem um paralelo entre a comunicação online e off-line para refletirem sobre o diálogo e envolvimento das pessoas na rede); e cultura digital(discutem sobre as principais tendências e atualidades da internet e de comportamento no ambiente digital, bem como suas implicações sociais).

Cada uma das unidades é trabalhada ao longo dos anos escolares de forma espiral e tratadas em diferentes contextos e situações – progressivamente, dos mais complexos e reflexivos modos. A proposta estimula o diálogo aberto para tratar de assuntos como perfil online; construção da autoimagem na rede; contas seguras e sites confiáveis; limites da privacidade online (assédio); publicidade no digital; história da internet; comunicação face a face e comunicação online; vício em tecnologia; impacto da tecnologia na saúde; cyberbullying; denúncia e comunidades de apoio – são exemplos dos temas abordados com os alunos do 9oano. Na 1asérie do Ensino Médio, o conteúdo programático versa sobre cultura digital; identidade online; perfis fakes e anonimato; notícias fake; estratégias de busca e avaliação das fontes; navegação segura; linguagens; preconceito, intolerância e discurso de ódio online; games; realidade virtual; foco, distrações e phubbing; tecnologia e ansiedade; conteúdo adulto: exposição e riscos; e limites da privacidade online: nudes, por exemplo.

Para o 2oe 3oanos, os temas são mais complexos como marco civil e direitos online; limites da privacidade online: hackers; pirataria; cultura do remix; direitos autorais; relacionamentos amorosos online e sexting; comunicação profissional online (email, entrevistas, redes sociais); transações financeiras; big data; crimes online; inteligência artificial; entre outros.

“Soma-se a um conteúdo relevante, a participação ativa dos alunos. Não se trata de uma transmissão, mas do ensino com o objetivo de compreensão. Cada aula tem um aprendizado e começa com uma lista de objetivos a serem atingidos; ao final, um feedback dos alunos sobre o nível de entendimento”, afirma. Como exemplo, no conteúdo sobre fake newse pós-verdade, a expectativa de aprendizagem acordada por professor e alunos é compreender o significado e as consequências da disseminação das notícias falsas na internet para a sociedade; desenvolver um pensamento crítico sobre as informações disseminadas em redes sociais a fim de detectar conteúdos dúbios ou enganosos: e conhecer mecanismos e projetos que têm sido criados para combater a disseminação de conteúdo falso. “O importante não é somente assimilar o conteúdo, como saber lidar com ele em um contexto de vivência prática”, explica Carabet.