70% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem recomendação médica, aponta pesquisa

O brasileiro ainda tem pouco conhecimento sobre os impactos ocasionados pela automedicação e diagnose. É o que mostra uma pesquisa que constatou a prevalência de automedicação em 18,3% dos indivíduos investigados. As informações são do relatório “Fatores predisponentes para a prática da automedicação no Brasil: resultados da pesquisa nacional de acesso, utilização e promoção do uso racional de medicamentos (PNAUM)”, publicado na 21º edição do Boletim Científico. Foram entrevistadas 31.573 pessoas com idade igual ou superior a 20 anos.

A pesquisa mostra que 73,6% dos entrevistados afirmaram ter usado algum medicamento sem recomendação médica – caso eles já tivessem usado anteriormente esse mesmo produto; 73,8% declararam ter usado medicamentos não prescritos quando o medicamento já estava presente em casa; e 35,5% afirmaram ter usado alguma medicação não prescrita quando conheciam alguém que já havia tomado a mesma medicação.

O principal problema na automedicação e diagnose, aponta a professora Vera Lucia Pereira dos Santos, coordenadora do curso de Gestão da Vigilância em Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter, é o risco de intoxicação ou uma reação alérgica. “A pessoa que se automedica já apresenta sintomas que indicam um estado alterado de saúde; se ocorrer a intoxicação pelo medicamento não indicado, o paciente pode inclusive não distinguir a reação e não procurar ajuda a tempo ou ainda ter uma reação alérgica, que poderá trazer sérias consequências”, avalia a especialista.

Por serem medicamentos que são de fácil acesso, os pacientes tendem a subestimar seus efeitos ou não seguir corretamente a prescrição da bula. “A automedicação revela, na verdade, um cenário de pouco acesso à saúde. As pessoas se medicam porque consideram difícil o acesso a uma consulta médica”, explica. Para consultas de emergência no SUS, em que os pacientes são classificados de baixo risco, a espera para atendimento pode chegar a 4 horas. “Essa dificuldade leva o paciente a achar que, sozinho, pode se ajudar. Aliada à falta de informação, eles tomam decisões sem aval médico achando que não vão se prejudicar”, afirma.

Demanda das empresas por crédito cresce 5,7% em abril, diz Serasa Experian

A demanda das empresas por crédito cresceu 5,7% em abril/2018 na comparação com o mesmo mês do ano passado, conforme apurou o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Com este resultado, a expansão da demanda empresarial por crédito subiu 5,7% no acumulado do primeiro quadrimestre de 2018.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a retomada do crescimento econômico, ainda que em ritmo mais lento do que se esperava o início deste ano, combinada com a retração dos juros, tem estimulado a busca das empresas por crédito que, neste mês de abril/18, cravou a sétima alta interanual consecutiva.

Análise por porte

A alta interanual da busca empresarial por crédito em abril/2018 foi determinada pelo comportamento das micro e pequenas empresas, que cresceram suas demandas em 5,9%. Nas médias empresas houve aumento, porém menor, de 2,4%. Nas grandes empresas houve queda foi de 1,2% neste quarto mês do ano.

Frente ao acumulado dos primeiros quatro meses do ano passado, as empresas de serviços expandiram suas demandas por crédito em 8,2%. Nas empresas comerciais a alta interanual foi de 3,2% e nas empresas industriais, a expansão foi de 5,2%.

Análise por região

Em abril/18, a demanda empresarial por crédito cresceu 5,9% no Sul, 8,2% no Nordeste 7,6%. Na direção contrária, tivemos recuos no Norte (-1,9%) e no Centro-Oeste (-1,8%), sempre em relação ao mesmo mês do ano passado.

Já no acumulado do primeiro quadrimestre, todas as regiões, exceto a Norte (-0,2%) mostraram avanço em suas demandas empresariais por crédito: Sul (13,4%); Nordeste (5,3%); Centro-Oeste (5,4%); Sudeste (3,0%).

Hospital Mestre Vitalino realiza Semana da Enfermagem

Teve início ontem (21) e segue até a quinta (24) a Semana da Enfermagem do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Ao longo dos dias enfermeiros e enfermeiras participarão de atividades que objetivam a conscientização sobre as práticas de segurança do paciente. A abertura contou com a participação da coordenadora de enfermagem, Renilde Melo; o diretor médico, Dr. Marco Túlio; e o diretor geral do HMV, Dr. Marcelo Cavalcanti.

“Nós queremos agradecer pelo empenho e compromisso que cada um de vocês têm com nossa unidade, e, sobretudo, com a saúde de cada pessoa que passa por aqui. Uma só semana não é suficiente para homenagear profissionais que são de extrema importância para uma assistência de qualidade”, destacou Cavalcanti. Todos os dias às 06h30, os profissionais terão um café da manhã reforçado, preparado de forma especial para as equipes que estão de entrada ou saída na unidade.

“Nós temos aqui na nossa unidade um corpo de enfermagem que atua de forma integrada com o corpo médico, e essa parceria é necessária e de extrema importância no campo da saúde. Cada profissional soma ao trabalho e por isso conseguimos oferecer um atendimento humanizado e eficaz”, explicou Dr. Marco Túlio.

A programação da Semana contará com uma gincana que será disputada entre os setores, oficina de gerenciamento de risco, atividades lúdicas e sorteio de brindes. Além disso, tanto o refeitório, quanto o auditório estão decorados com temática voltada para as equipes de enfermagem.

Número de consumidores que regularizaram dívidas tem maior alta desde o final de 2015, revela SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Recuperação de Crédito, mensurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país aponta um crescimento expressivo de 3% em abril no número de consumidores que conseguiram recuperar o crédito, considerando o acumulado dos últimos em 12 meses. Esta é a maior alta registrada desde o outubro de 2015. O dado é obtido a partir das exclusões de registros de inadimplência mediante pagamento integral da dívida ou renegociação do débito.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados refletem a gradual retomada da economia brasileira. “Apesar do aumento de pessoas que pagaram dívidas atrasadas, o volume de contas em aberto ainda é grande. Mas na medida em que a melhora da economia passe a resultar em queda do desemprego e no aumento da renda da população, o consumidor deve voltar a obter crédito”, destaca a economista.

Sudeste foi a região que mais colocou pendências financeiras em dia

Entre as regiões que apresentaram maior variação positiva no número de devedores com recuperação o crédito, o Sudeste é destaque no mês de abril, com 33%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em seguida vem o Nordeste, com alta de 26 %. A região Norte mostrou estabilidade do indicador no período, sem mostrar variação, enquanto as demais regiões tiveram variações mais tímidas do que a média nacional (25%), embora tenham registrado alta: Centro-Oeste (12%) e Sul (4%).

Dados do Indicador de Recuperação de Crédito revelam ainda que do total de inadimplentes que quitaram suas pendências em abril, a maior parte (46%) tem idade entre 30 e 49 anos. A segunda faixa que mais recuperou crédito (13%) foi a dos consumidores entre 18 a 29 anos, enquanto o público acima de 65 anos representa outros 12%. Na abertura por gênero, os números mostram que 51% dos que recuperaram o crédito são do sexo feminino e 45%, do sexo masculino.

Volume de dívidas renegociadas fica estável no acumulado de 12 meses, mas resultado é o melhor desde maio de 2016

Outra informação mensurada pelo indicador é o volume de dívidas quitadas. No acumulado de 12 meses, o dado ficou estável no mês de abril. Apesar de ainda ser um dado negativo, é o melhor resultado registrado desde maio de 2016, quando esse número chegou mostrou alta de 1%. No auge da crise, em setembro de 2016, o indicador chegou a -9%. Queda ainda mais expressiva aconteceu nas regiões Sul (-14%) e Norte (-11%). Houve também recuo de 3% no Sudeste e estabilidade do indicador no Nordeste. Apenas a região Centro-Oeste teve alta no número de dívidas quitadas em atraso (2%).

Entre o total de dívidas pagas, a maior fatia (56%) está relacionada a instituições financeiras — cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros. O segundo tipo de dívida em atraso que foi mais regularizada refere-se às contas de água e luz, representando 23%. Em terceiro lugar aparecem pendências quitadas no crediário ou boleto no comércio, com 11%. Já as dívidas de contas de telefone, TV por assinatura e internet corespondem a 5%. “É muito importante evitar o superendividamento. A recomendação para o consumidor que precisa priorizar alguma conta é quitar as dívidas com juros mais elevados”, orienta a economista.

Metodologia

O Indicador de Recuperação de Crédito mostra a evolução da quantidade de devedores que deixaram o cadastro de inadimplentes num dado mês por conta do pagamento das suas pendências em atraso, bem como a quantidade de dívidas. Para isso, são usados os registros de saída de CPFs das bases a que o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) tem acesso. Os dados são de abrangência nacional. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos

Cursos da UNINASSAU realizam Cerimônia do Jaleco

Diversos cursos da Faculdade UNINASSAU Caruaru vão realizar a Cerimônia do Jaleco, cerimônia que simboliza o início do ciclo acadêmico. No próximo dia 25, o evento será direcionado aos calouros do curso de Farmácia, já no dia 30, é a vez dos estudantes do curso de Psicologia da Instituição. Os eventos serão realizados a partir das 19h, no auditório da UNINASSAU e contarão com a presença da direção, coordenação acadêmica e dos coordenadores dos cursos, além do corpo docente e familiares dos alunos.

Na última semana, os ingressantes do curso de Odontologia tiveram a oportunidade de participar da Cerimônia, que marca a iniciação do estudante no ciclo acadêmico e é tradicionalmente celebrada pela reunião do corpo discente e familiares. Muitos estudantes, inclusive, escolhem seus parentes para realizar a entrega do jaleco durante a cerimônia. Esta vestimenta especial é o símbolo dos profissionais da área de saúde e será muito usada também pelos alunos nas suas atividades práticas, especialmente.

A coordenadora do curso de Odontologia da Instituição, Juliana Vaz, fala da importância desse momento. ” A Cerimônia do Jaleco firmando o compromisso que temos para formar profissionais capacitados e diferenciados no mercado de trabalho. É um momento emocionante para os familiares e para todos que apostam no futuro do profissional”, conclui.

Greve: Analistas-Tributários paralisam atividades por mais duas semanas

Os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil ampliaram a greve. Serão cinco dias de paralisação por duas semanas, de ontem (21) a 25 de maio e do dia 28 a 1º de junho. Nesses dez dias, cerca de 7 mil Analistas-Tributários que exercem funções essenciais para o Estado irão paralisar suas atividades para exigir o cumprimento integral do acordo salarial da categoria, que foi assinado com o governo em março de 2016. Com o acirramento, os Analistas-Tributários chegam ao terceiro mês de movimento, atingindo quase 30 dias de paralisações das atividades da Receita Federal, quando diversos serviços são suspensos nas unidades do Órgão em todo o Brasil.

Nessas próximas duas semanas não serão realizados atendimento aos contribuintes; emissão de certidões negativas e de regularidade; restituição e compensação; inscrições e alterações cadastrais; regularização de débitos e pendências; orientação aos contribuintes; parcelamento de débitos; revisões de declarações; análise de processos de cobrança; atendimentos a demandas e respostas a ofícios de outros órgãos, entre outras atividades. Já nas unidades aduaneiras ficam suspensos os serviços da Zona Primária (portos, aeroportos e postos de fronteira), nos serviços das alfândegas e inspetorias, como despachos de exportação, verificação de mercadorias, trânsito aduaneiro, embarque de suprimentos, operações especiais de vigilância e repressão, verificação física de bagagens, entre outros.

O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Geraldo Seixas, esclarece que a greve dos Analistas-Tributários tem sido acirrada a cada semana diante da demora do governo em regulamentar por decreto o Bônus de Eficiência e Produtividade da Carreira Tributária e Aduaneira da RFB, aprovado em lei em 2017. Geraldo Seixas reforça ainda que a gratificação está amparada no cumprimento de metas de eficiência institucional da Receita Federal. “Esgotamos todas as vias de diálogo junto ao governo, e a greve é a nossa única alternativa para exigir respeito aos direitos da categoria. O acordo salarial da Carreira Tributária e Aduaneira é discutido exaustivamente há mais de três anos e já foi aprovado em lei, no ano passado. Dependemos apenas da emissão do decreto e a morosidade do governo é injustificável”, explica Seixas.

O Bônus de Eficiência e Produtividade da Carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal foi amplamente debatido no Congresso Nacional e junto aos ministérios da Fazenda e Planejamento. A gratificação foi aprovada na Lei nº 13.464, de 10 de julho de 2017 e, desde então, os Analistas-Tributários aguardam a sua regulamentação.

Segundo o presidente do Sindireceita, a postura do governo federal tem causado prejuízos não somente à Receita Federal, mas aos contribuintes e ao País. “A Receita Federal é um Órgão de extrema importância para o Brasil e, especialmente, para o enfrentamento ao atual cenário de crise econômica que vivemos. Desejamos que o acordo seja cumprido em sua integralidade, para que o Órgão possa retornar à sua normalidade e contribuir ainda mais para a saída desta grave crise. O nosso movimento não prejudicará a atuação em ações fundamentais para o País, como a Operação Lava-Jato. A greve é um direito legítimo dos trabalhadores e seguiremos em nosso movimento até que o governo cumpra com o acordo assinado”, afirma.

Fonte – Geraldo Seixas – presidente Sindireceita – www.sindireceita.org.br

Prazo para vistoria gratuita de mototaxistas se encerra dia 1° de junho

O prazo da vistoria gratuita 2018 para mototaxistas se encerra no próximo dia 1° de junho. Através deste serviço, é possível uniformizar e reorganizar a classe dos mototaxistas de acordo com a Portaria Normativa da Destra de Nº 009, de 20 de Fevereiro de 2018. “A regularização dos mototaxistas é importante tanto para os profissionais quanto para a população, pois através da vistoria podemos avaliar o condutor, atualizar os seus documentos e solicitar equipamentos seguros para os usuários do serviço”, enfatiza a chefe do setor de transportes, Danielly Lima.

Dos 1.445 mototaxistas cadastrados, apenas 843 realizaram a vistoria deste ano, ou seja, 602 profissionais ainda não realizaram o procedimento padrão para regularizar o serviço. O funcionamento da Destra é de segunda à sexta-feira, das 7h às 16h.

Os documentos necessários no ato da vistoria são:

Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com registro que exerce atividade remunerada, na categoria A para mototaxis, com pelo
menos dois anos de emissão e com o registro que exerce a atividade de mototaxista.

Comprovante de residência atualizado – até 60 dias em nome do autorizado.

Cópia do certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) do veículo, devidamente atualizado, registrado e licenciado na
cidade de Caruaru, Estado de Pernambuco, em nome do autorizado ou arrendatário mercantil.

Certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Estadual e Justiça Federal.

Cópia do prontuário da CNH do autorizado, não podendo ter nos seu registro de habilitação, nenhuma infração de trânsito cometida nos últimos 12 (doze) meses da natureza grave ou gravíssima ou reincidência em infrações de natureza média.

Cópia do certificado do respectivo curso de transporte (de instituição credenciada a órgão ou entidade integrante do Sistema Nacional de Trânsito – SNT).

Dia do Assistente Social é comemorado com programação especial

Nestas quarta e quinta-feiras, dias 23 e 24, a Faculdade UNINASSAU Caruaru realiza uma atividade de extensão em comemoração ao Dia do Assistente Social- celebrado anualmente no dia 15 deste mês. O evento será realizado pelo curso de Serviço Social, no auditório e em salas de aula da Instituição. No primeiro dia, as atividades começam às 18h. Já no segundo dia, às 14h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do site de extensão https://extensao.uninassau.edu.br. Além dos estudantes do curso de Serviço Social, o evento também será aberto ao público em geral, em especial, aos profissionais da área.

A programação é variada e conta com mesa redonda, discussão sobre as legislações e atribuições específicas do Supervisor de Campo, apresentação de teatro sobre o Código de Ética da profissão, exposição de banners sobre o Serviço Social, entre outras atividades. Ainda haverá uma programação especial aos supervisores de campo de estágio (que receberão certificados), seguida de um debate sobre o perfil do estagiário.

Segundo a coordenadora do curso, Alanna Cristina, o grande objetivo da atividade é promover a reflexão quanto à profissão da área Serviço Social, trazendo uma análise do papel desse campo de trabalho em tempos de crise. ‘’Fizemos questão, também, de incluir na programação discussões para que compreendamos melhor acerca do campo de estágio como espaço inerente a construção do conhecimento’’, conclui.

41% dos poupadores sacaram parte de suas reservas em março, revela indicador do SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Reserva Financeira apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que parte dos consumidores está tendo que recorrer às suas reservas financeiras para lidar com imprevistos, entre outras situações. Em cada dez poupadores, quatro (41%) sacaram ao menos parte dos recursos que possuem guardados no último mês de março.

A maior parte recorreu a esse dinheiro para lidar com alguma situação emergencial, citada por 12% das pessoas ouvidas. Outros 9% utilizaram parte da reserva porque os rendimentos que possuem não foram suficientes para cobrir as despesas e demais compromissos. Os que fizeram saques para adquirir algum bem também somam 9% da amostra.

“A grande vantagem de ser um poupador é poder contar com uma reserva para situações inesperadas. Isso traz mais segurança e previsibilidade no dia a dia do consumidor, que não precisará recorrer a empréstimos para superar um momento de dificuldade financeira”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

73% dos brasileiros não puderam guardar dinheiro em março; baixa renda e imprevisto são principais motivos

De modo geral, o indicador revela que mesmo com a tímida melhora recente do cenário econômico, o hábito de poupar continua pouco frequente entre os consumidores brasileiros, o que indica que a crise econômica não é o principal motivo desse comportamento. No último mês de março, apenas 20% dos brasileiros conseguiram concluir com sobras no orçamento para investir. E a quantia média foi de R$ 491,06. Os que não guardarem nenhum centavo de seus rendimentos formam 73% dos entrevistados, dado ligeiramente maior que o observado em março do ano passado, quando estava em 76%.

Questionados sobre o hábito de poupar, e não somente sobre a poupança no último mês, quase um terço dos consumidores sondados (32%) disse possuir esse costume, sendo que 10% estipulam um valor fixo a ser poupado e 22% guardam apenas o que sobra do orçamento. Os que não possuem o hábito de poupar formam 60% dos consumidores.

Entre aqueles que não pouparam em março, a baixa renda é a razão mais mencionada, com 44% de citações. Isso faz com que a taxa de poupadores das classes C, D e E seja ainda menor do que a média total, de apenas 15% dos entrevistados (contra 37% dos brasileiros de mais alta renda).

Outras razões também dadas como justificativas para não pouparem são os imprevistos (19%), não possuírem renda no momento (14%) e o descontrole financeiro (9%). “O fato de tantas pessoas citarem imprevistos por não conseguirem encerrar o mês com dinheiro sobrando no salário apenas reforça a ideia de que é preciso contar com um dinheiro aplicado, já que acontecimentos de emergência podem acontecer e, nem sempre, é possível cobri-los apenas com a renda. Outra situação preocupante é que as pessoas deixam de poupar porque não são controladas o suficiente no manejo do dinheiro. A disciplina é fundamental para formarmos cidadãos equilibrados financeiramente”, alerta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

52% dos poupadores mantém reserva para situações de emergência e seis em cada dez recorrem à caderneta de poupança

Entre aqueles que costumam poupar, novamente o imprevisto é a razão mais citada para se ter esse tipo de precaução. Mais da metade (51%) dos entrevistados citaram essa opção ao serem questionados. Quase um terço (32%) guardam dinheiro para garantir um futuro melhor a família, enquanto 27% querem estar preparados para uma situação de desemprego e 19% almejam realizar alguma viagem.

O levantamento demonstra que os brasileiros que guardam dinheiro, contudo, precisam melhorar quando o assunto é onde eles aplicam esse dinheiro que sobra no orçamento. A caderneta de poupança continua como o principal destino das reservas financeiras dos consumidores, com 63% de citações. Em seguida aparecem aqueles que guardam o dinheiro em casa (25%) ou na conta corrente (21%), alternativas arriscadas do ponto de vista da segurança ou que deixam de gerar rendimento a partir de juros.

As modalidades mais sofisticadas e que podem proporcionar melhores retornos foram citadas por uma pequena parcela desses consumidores. Os fundos de investimento, por exemplo, foram citados por 11% e a previdência privada, por 7%. Em seguida, apareceram o Tesouro Direto (4%), os CDBs (4%) as LCIs e LCAs (2%) e o Dólar (2%). Para os poupadores que fazem as opções mais conservadoras de manter em casa, na conta corrente ou mesmo na poupança, a principal razão foi a preferência por ter o dinheiro a disposição em um lugar fácil de retirar (29%), além da falta de conhecimento para fazer outros tipos de investimentos (28%).

“É preciso aprimorar os hábitos dos poupadores para que eles busquem alternativas mais rentáveis, pois aplicar o dinheiro com inteligência é fundamental para atingir objetivos financeiros no futuro. Para cada tipo de meta, existem diferentes aplicações. Se a preocupação do consumido for a liquidez, ou seja, poder sacar a qualquer momento, o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança. O Tesouro Direto Selic, por exemplo, também pode ser uma alternativa mais rentável para o curto prazo. Mas quando se fala no médio e longo prazo, a diversificação é essencial. Deixar uma reserva parada na conta corrente ou em casa não é uma atitude saudável”, afirma Vignoli.

Metodologia

O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos

Cobrança de bagagens despachadas só existe hoje porque Temer e Maia permitiram, acusa Humberto

Aprovado por unanimidade pelo Senado para derrubar a autorização da Anac para as companhias áreas passarem a cobrar pelas bagagens despachadas dos passageiros, o projeto apresentado pelo líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), foi engavetado na Câmara dos Deputados.

“Se o presidente lá, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a pedido do governo Temer (MDB) e pressionado pelas companhias áreas, não tivesse engavetado a matéria, os brasileiros não estariam, hoje, submetidos a essa abusiva cobrança de bagagens despachadas. A Justiça, inclusive, chegou a suspender a tarifa, mas ela passou a valer tempos depois”, ressaltou Humberto.

A cobrança por bagagem despachada começou a ser praticada em 1º de junho do ano passado A regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil que estabeleceu a cobrança de bagagens despachadas dos passageiros foi aprovada numa terça-feira pela agência, dia 13 de dezembro de 2016, sob a justificativa de que as passagens áreas iriam ter redução de preços a partir da entrada em vigor da norma.
Porém, no dia seguinte, quarta-feira, 14 de dezembro, Humberto propôs um projeto de decreto legislativo que previa a suspensão da medida, que pegou os brasileiros de surpresa. O texto foi aprovado por todos os senadores no plenário do Senado e seguiu para a Câmara.

“O que vimos foi uma suja articulação entre representantes do governo e o presidente da Câmara para não pautar o tema e manter a iniciativa nociva da Anac, aplaudida por empresas do setor. Nem as decisões judiciais que derrubaram a medida foram capazes de sensibilizar esses senhores”, lamentou.

O parlamentar lembrou que, de acordo com levantamento da própria Anac, o preço médio da passagem aérea no segundo semestre de 2017 – portanto, após a entrada em vigor da regra de cobrança da bagagem despachada – foi de R$ 384,21, o que representa alta na comparação com o mesmo período de 2016. Outras entidades, como a FGV, chegaram a apontar aumento no preço do bilhete de até 35,9%.

Pela norma antiga, os passageiros tinham o direito de despachar itens com até 23 quilos em voos nacionais e dois volumes de 32 kg cada em viagens internacionais sem pagar taxas extras. Com a resolução da Anac, os passageiros só podem levar gratuitamente uma bagagem de mão de, no máximo, 10 quilos. Acima desse valor, as bagagens são taxadas.

“É um absurdo o que estamos vivendo, uma verdadeira balbúrdia. Os dirigentes da Anac foram até o Congresso Nacional para dizer que as passagens aéreas ficariam mais baratas com a adoção da resolução. Mas ocorreu justamente o contrário, como desconfiávamos. Todas subiram, e subiram muito”, disparou Humberto.