SESI/PE estimula inserção feminina igualitária no mercado de trabalho no Agreste

A participação feminina no mercado de trabalho ainda enfrenta uma série de barreiras e alguns dos principais são a desigualdade salarial e a ascensão na carreira. O levantamento Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, divulgado na terça-feira (7) pelo IBGE, mostra que, embora as brasileiras possuam nível de formação superior aos homens, elas ainda são minoria em cargos de liderança nas empresas. De acordo com a pesquisa, 37,8% dos cargos gerenciais no país são ocupados por mulheres e elas ainda ganham 3/4 do valor do salário pagos aos homens.

Apesar disso, é possível mudar esse cenário com medidas de reconhecimento e valorização da competência. Um exemplo disso, é o que é realizado pelo Serviço Social da Indústria de Pernambuco (Sesi/PE). Na empresa, 53% dos cargos são ocupados por mulheres. Elas também respondem por 60% dos cargos de liderança, incluindo de diretoria. Em Caruaru, um dos cargos de destaque da unidade, o de administradora escolar, que seria equivalente à diretoria escolar, é ocupado por Robervânia Cordeiro. Em Belo Jardim, a supervisora pedagógica, espécie de gerente escolar, é de Izabelle Araújo, além de muitos outros talentos que fazem o Sesi no Agreste.

Outro ponto relevante é que no Sesi/PE, homens e mulheres recebem o mesmo salário ao exercerem a mesma função. “Para nós o que conta é a competência e o talento, não o gênero. É esse o exemplo que desejamos deixar para o mercado”, afirma o superintendente da entidade, Nilo Simões.

Sensibilização – Para disseminar essa visão, o Sesi/PE realizou, nesta quinta-feira (8), eventos de comemoração ao Dia da Mulher em suas escolas, a maior rede de Educação particular do Estado, formada por 12 colégios, e palestras para jovens estudantes dos cursos técnicos do Senai Jaboatão sobre mulher: valores e empoderamento.

Umas dicas importantes para igualdade de oportunidades para mulheres no mercado de trabalho que são dadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e praticadas pelo Sesi são:

1. LIDERANÇA: Estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade entre gêneros

2. IGUALDADE DE OPORTUNIDADE, INCLUSÃO E NÃO DISCRIMINAÇÃO: Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação

3. SAÚDE, SEGURANÇA E FIM DA VIOLÊNCIA: Assegurar a saúde, a segurança e o bem estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras

4. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO: Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional para as mulheres

5. DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL E PRÁTICAS DA CADEIA DE FORNECEDORES: Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de abastecimento e de marketing que empoderem as mulheres

6. LIDERANÇA COMUNITÁRIA E ENGAJAMENTO: Promover a igualdade através de iniciativas comunitárias e de defesa

7. ACOMPANHAMENTO, MEDIÇÃO E RESULTADO: Medir e publicar relatórios dos progressos para alcançar a igualdade entre gêneros.

Chuvas melhoram níveis de barragens no Agreste e Sertão

As chuvas espalhadas pelo Sertão e algumas áreas do Agreste estão colaborando para a melhoria dos níveis de barragens nessas regiões, inclusive, recuperando mananciais que estavam secos há anos. É o caso das Barragens Poço Fundo, em Santa Cruz do Capibaribe, e Sítio Luiza, em Jataúba, que estavam em colapso total há cinco e sete anos respectivamente. Poço Fundo registra 19,81% da sua capacidade de armazenamento, que é de 27,6 milhões de metros cúbicos de água, e Sítio Luiza está vertendo. Agora a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está realizando os ajustes operacionais para reativar os sistemas e voltar a abastecer pela rede de distribuição o distrito de Poço Fundo, em Santa Cruz do Capibaribe, e Jataúba.

Para o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo, essa quantidade de chuvas dos últimos dias, mesmo de forma irregular, aponta para a ocorrência de um bom inverno neste ano, principalmente para a região Agreste, cuja quadra chuvosa está prevista entre os meses de abril a julho. Em Pesqueira, a chuva melhorou o nível da Barragem de Santana, responsável pelo atendimento de 70% da população da cidade. Santana tem capacidade para acumular 1,2 milhão de metros cúbicos e atingiu 15% do seu nível, volume suficiente para abastecer Pesqueira, no sistema de rodízio, pelos próximos quatro meses.

Duas barragens localizadas no município de Pedra, no Agreste, também acumularam água. A Barragem de Riacho do Pau (16,8 milhões de metros cúbicos), que atende a cidade de Arcoverde e estava com 37% da sua capacidade no mês de fevereiro, alcançou 49,85% do seu nível de armazenamento. Já a Barragem de Mororó, que abastece a cidade de Pedra, está agora com 63,81% de sua capacidade total (2,9 milhões de metros cúbicos). Essas melhorias no entanto, ainda não são suficientes para alterar o calendário de abastecimento de Arcoverde e, no caso de Pedra, que já conta com fornecimento de água diário para 80% da cidade, a Compesa está realizando obras para levar água para o restante da população.

Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, que estava sendo atendida somente pela Adutora do Pajeú, graças às chuvas, voltará a ser abastecida pela Barragem Cachoeira II, que está registrando 28% do seu nível, volume suficiente para reativar o sistema local. A expectativa é anunciar um novo calendário de abastecimento para Serra Talhada na segunda quinzena de março. A Barragem de Brotas, que atende as cidades de Afogados da Ingazeira e Tabira por meio de um sistema integrado, aumentou o seu nível de reservação de 21,81% para 42,6%, nas últimas três semanas. Em função da alta turbidez da água, a Compesa ainda precisa aguardar cerca de 20 dias para aumentar a produção do sistema. O maior manancial para abastecimento humano de Pernambuco, a Barragem de Jucazinho, em Surubim, permanece seca.

Artigo: A delicada relação entre sócios em Escritórios de Advocacia

José Paulo Graciotti

Sócios de escritórios de advocacia são empreendedores com relação comercial das mais delicadas e sensíveis, comparando-a aos outros mercados. As razões são várias, mas apenas apontando a mais importante: escritórios de advocacia não são empresas patrimoniais onde a importância relativa ou a relação de poder é definida pela quantidade de cotas que cada sócio tem dos bens da empresa ou do valor que investiu.

Os fatores que determinam essa relativização, na sua maioria, não são objetivos. Atributos como conhecimento jurídico, experiência, relacionamentos, reconhecimento no mercado, capacidade de captação, são apenas alguns deles que interferem decisivamente na importância relativa do sócio e que são quase todos subjetivos e muito difíceis de serem avaliados. Alguns dos poucos fatores objetivos nessa complicada equação são faturamento próprio ou da equipe e percentual da carteira, que normalmente são utilizados pelos escritórios que utilizam o modelo “eatwhatyoukill”.

Em última instância, cada sócio “vale” na sociedade aquilo que todos os outros sócios “acham” que ele vale.

Outro fator que torna mais difícil essa relação é que tudo isso é mutável ao longo do tempo e à medida que o profissional vai se tornando mais experiente (e velho), vai também alterando a forma como encara suas ambições e sua própria vida pessoal. Tudo isso vai mudando o tecido societário de maneira lenta, quase imperceptível e uma situação de conforto entre sócios, definida num determinado momento, pode não garantir esta estabilidade para sempre.

Devemos lembrar que essa relação entre sócios é em princípio a base de tudo, pois os comportamentos dos principais formadores de opinião permeiam pela sociedade e vão, em última instância, determinar de forma explícita e/ou subliminar todo o comportamento da equipe, definindo assim a filosofia empresarial da mesma.

Toda essa subjetividade, aliada à diversidade de personalidades e às diferentes fases da vida de cada sócio, geram visões, às vezes, totalmente diferentes do que deveria ser a filosofia empresarial e dos objetivos a serem perseguidos.

Para que tudo isso conviva de uma maneira harmônica devem existir duas premissas básicas: respeito de todos sócio aos princípios da sociedade, a consciência de que os interesses do todo são maiores que os interesses individuais; e principalmente ter a real visão da relação entre sua contribuição à sociedade e sua participação (em termos de cotas ou percentual nos lucros) com a humildade de entender que a palavra sociedade dá o direito a qualquer outro sócio de solicitar esclarecimentos sobre as atitudes que interfiram na vida da empresa (accountability).

Resumindo: “é obrigação e direito de todo sócio dar e receber esclarecimentos sobre todas as suas atitudes e as de outros, que interfiram na sociedade”, ou em outras palavras: “o direito de saber é exatamente igual ao dever de explicar”!

José Paulo Graciotti é autor do livro “Governança Estratégica para escritórios de Advocacia” www.graciotti.com.br

Relatório de Riqueza Global do Grupo Allianz: recuperação em tempos de turbulência

O Grupo Allianz divulgou a oitava edição do seu relatório sobre a riqueza global (em inglês, “Global Wealth Report”), que examinou em detalhes a situação de ativos e dívidas das famílias em mais de 50 países em 2016. Do ponto de vista político, foi um ano muito turbulento. No entanto, as fortunas privadas minimizaram esse aspecto: após um 2015 mais fraco (+4,7%), os ativos financeiros voltaram a crescer 7,1% em 2016, mais ou menos igualando a média observada após a crise de 2008. Em termos mundiais, os ativos financeiros atingiram um novo recorde, de quase 170 trilhões de euros.

Bolsas puxam o crescimento, mas poupadores preferem depositar seu dinheiro em bancos

O bom desempenho de 2016 se deveu, em grande parte, à corrida de final de ano nas Bolsas, especialmente em países industrializados. Quase 70% do crescimento de ativos de 2016 foram atribuídos a mudanças no valor das carteiras. Apenas 30% se deveram a poupanças originais, ao contrário do que se viu em 2015. A composição das novas poupanças é bastante surpreendente. Os poupadores privados venderam mais títulos do que compraram, porém, colocaram até dois terços de novos fundos nos bancos – o que representa uma nova alta recorde. “O comportamento poupador dos investidores privados ainda se mostra decididamente avesso a riscos”, comentou Michael Heise, economista-chefe do Grupo Allianz. “Enquanto os ativos financeiros cresceram ao longo dos últimos anos, sobretudo graças ao bom desempenho dos mercados de valores, o dinheiro novo é colocado principalmente em contas bancárias e em países industrializados. Aqui, no entanto, eles não deixam apenas de gerar retorno, como ainda sofrem perdas reais. Só em 2016, estima-se que os poupadores tenham perdido em torno de 300 bilhões de euros devido à inflação. Em 2017, com a inflação em ascensão, esse número pode duplicar. E na maioria dos mercados emergentes a situação não é muito melhor, com menos de 20% dos ativos financeiros estimados para serem investidos em produtos seguros e de longo prazo. Há uma necessidade generalizada de ação. A digitalização pode ser a chave para melhores processos de investimento”.

Ásia cresce com taxas que são, de longe, as mais aceleradas

A aceleração do crescimento em 2016 veio principalmente de países industrializados, onde duplicou e atingiu a marca de 5,2%. A Ásia (excluindo o Japão) foi mais uma vez a líder inconteste em 2016, com um crescimento de 15%; os ativos financeiros no Leste Europeu aumentaram 7,9%. Também em uma comparação de longo prazo, a Ásia (excluindo o Japão) é a região dominante, especialmente quando também levada a inflação em conta. Os ativos financeiros brutos per capita na Ásia (excluindo Japão) subiram em termos reais quase 11% ao ano na última década. As outras duas regiões emergentes, América Latina e Leste Europeu, obtiveram elevação de apenas 5%, o que ainda assim é mais que o dobro das taxas de crescimento na América do Norte (+2,1% de crescimento real desde 2006) e na Europa Ocidental (+1,4%). Por conseguinte, essas três regiões — América Latina, Leste Europeu e Ásia (excluindo Japão) responderam por pouco menos de 23% dos ativos financeiros brutos mundiais em 2016. Essa proporção mais do que duplicou nos últimos dez anos. Os mercados emergentes têm um peso ainda maior quando se trata do avanço de ativos, com 42% do crescimento atribuível a esse grupo de países na última década. No entanto, isso se deve em grande medida ao desenvolvimento na China que, sozinha, respondeu por cerca de 30% do crescimento mundial desde 2006.

Dívida cresce mais rápido do que a economia

O passivo global das famílias aumentou 5,5% em 2016, a taxa mais alta desde 2007. Isso significa que a dívida também avançou mais rápido do que os resultados econômicos nominais pela primeira vez desde 2009 e o índice de endividamento mundial aumentou quase 1 ponto percentual, atingindo 64,6%. O quadro variou amplamente entre as regiões. O crescimento acelerou levemente – a partir de um nível moderado – na Europa Ocidental, no Leste Europeu e na América do Norte. A América Latina vivenciou um declínio maior no crescimento. Na Ásia (excluindo o Japão), por outro lado, o crescimento da dívida subiu acentuadamente com mais 4 pontos percentuais, chegando a pouco menos de 17%; no topo ficaram as famílias chinesas, que ampliaram seus passivos em vertiginosos 23%. Isso significa que essa região é responsável por quase 20% dos passivos privativos mundiais que totalizam pouco menos de 41 trilhões de euros, comparado a menos de 7% há dez anos . “A situação do endividamento na China deveria ser monitorada de perto”, comentou Michaela Grimm, coautora do relatório. “Embora a taxa de endividamento das famílias ainda não esteja na zona de perigo, a dinâmica é alarmante: o índice saltou 17 pontos percentuais nos últimos cinco anos e quase seis pontos somente em 2016 – ambos são números que se destacam em termos mundiais. Apenas para comparar, nos cinco anos que antecederam a grande crise financeira de 2008, o índice de endividamento nos EUA aumentou cerca de 20 pontos percentuais. As autoridades chinesas deveriam tomar cuidado para não cometerem o erro de achar que a China estará imune a uma crise financeira – contramedidas oportunas seriam bem melhor.”

Apesar do aumento substancial da dívida, os ativos financeiros líquidos – que são os ativos financeiros brutos menos a dívida – alcançaram um novo recorde mundial, de 125 trilhões de euros no final de 2016. Isso representa um aumento de 7,6% face ao ano anterior. Embora isso esteja ligeiramente abaixo da média para os anos desde a crise, ainda assim está bem acima do crescimento de 4,8% de 2015. Em contraste, no Leste Europeu o crescimento dos ativos financeiros líquidos desacelerou para 9,7%.

Inflação pesa sobre acumulação de ativos no Brasil

O crescimento nos ativos financeiros das famílias brasileiras se recuperou e chegou a 19,5% em 2016 – bem mais rápido do que nos três anos anteriores, nos quais a média foi de 6%. Essa aceleração pode ser atribuída a dois fatores: primeiro, os passivos expandiram apenas cerca de 3% – bem abaixo da média no longo prazo que era de aproximadamente 13% ao ano desde 2006. À medida que o resultado econômico nominal superava o crescimento da dívida, a razão dívida-PIB baixou quase um ponto percentual, para 38,5%. Contudo, o endividamento privado no país segue bem acima da média regional de quase 29%. Em segundo lugar, as famílias, que detêm quase metade de seus ativos sob a forma de ações, fundos e outras participações acionárias, se beneficiaram do forte crescimento das Bolsas. As detenções de valores mobiliários tiveram um aumento substancial estimado em 17%, enquanto os recebíveis provenientes de seguradoras e fundos de pensão também tiveram crescimento de dois dígitos na esteira dos mercados de ações. Contrastando com isso, os depósitos bancários ficaram mais ou menos estagnados pelo segundo ano consecutivo, refletindo a crise econômica em curso. Mesmo assim, os ativos financeiros brutos dos brasileiros cresceram em torno de 12%, atingindo aproximadamente 1,7 trilhão de euros, o que representa cerca de metade de todos os ativos da região. Após a dedução da taxa média da inflação de quase 9%, no entanto, as famílias tiveram um crescimento bem modesto.

Brasil em 41o. lugar

O Brasil ficou em 41º lugar no ranking mundial dos países mais ricos, mantendo a classificação do relatório referente ao ano de 2015 (para os ativos financeiros líquidos per capita, ver tabela dos “Top 20”). Com 4.980 euros de ativos financeiros líquidos per capita, o Brasil está atrás do México, mas ainda à frente da Colômbia e Peru. Para alcançar o Chile (16.460 euros per capita em média), país que tem as famílias mais ricas da região, os brasileiros ainda têm muito caminho pela frente. No topo da lista ocorreu uma troca da guarda em 2016, com os EUA tomando o lugar da Suíça (por uma margem estreita). De resto, a lista dos mais ricos permanece a mesma, com os países escandinavos e asiáticos dominando o cenário.

Distribuição da riqueza global se iguala lentamente

A evolução na distribuição da riqueza global desde a virada do milênio tem sido definida por um fenômeno em particular: o crescimento galopante da classe média da riqueza global[2] .

O número de pessoas pertencentes a essa categoria mais do que duplicou durante esse período, passando de cerca de 450 milhões em 2000 para mais de 1 bilhão atualmente. A grande maioria dos que migrou provém da classe mais baixa de riqueza, totalizando quase 600 milhões de pessoas, que deram esse salto desde 2000. No entanto, se olharmos a nacionalidade dos que subiram de degrau, vemos que 80% deles são chineses; somente 6% são do Leste Europeu. Portanto, a duplicação da classe média da riqueza global reflete, basicamente, a ascensão da China.

A despeito da emergência de uma nova classe média da riqueza global, o mundo como um todo ainda está muito longe de uma distribuição “equitativa” da riqueza. Se dividirmos a população dos países que foram analisados em decis da população mundial com base nos ativos financeiros líquidos per capita, fica claro que os 10% mais ricos do mundo detêm, em conjunto, 79% dos ativos financeiros líquidos. Mesmo assim, a concentração da riqueza ainda se elevava a 91% em 2000.

O elefante não tem tromba

Esses decis de riqueza global podem ser usados para recriar o chamado “gráfico-elefante”, que mapeia o crescimento da renda para cada percentil da população mundial, em termos de crescimento de ativos. É impossível não notar as similaridades em relação ao gráfico original. Especialmente as famílias na porção média superior da distribuição da riqueza global – aspirantes à classe média em países emergentes – se beneficiaram do crescimento dos ativos nos últimos anos. Porém, há uma diferença gritante na extremidade superior da pirâmide da distribuição. O crescimento decresce consideravelmente no décimo decil, aquele dos 10% com os maiores ativos financeiros líquidos per capita. “O elefante não tem tromba”, declarou Heise. “Em contraste com a situação da renda, os ativos estão crescendo mais devagar na extremidade superior da escala do que no meio. No que se refere a uma distribuição de riqueza mais igualitária, essa é uma boa notícia. Contudo, é preciso não ter ilusões sobre um ‘mundo justo’. No decil superior os ativos financeiros líquidos médios per capita superam a marca de 200 mil euros; o 1% mais rico da população mundial possui em média ativos financeiros líquidos pouco acima de 900 mil euros. Pobres e ricos ainda são mundos completamente distintos e distantes.

Shopping Difusora recebe oficina “O Ator Criador”

O Shopping Difusora recebe evento de grande interesse dos mais familiarizados com o universo do cinema e da dramaturgia. Conectado com as artes, o mall oferece oficina “O Ator Criador”, ministrada pelo roteirista, ator e contista Guilherme Gonzalez. Os debates vão acontecer entre os dias 12 a 16 de março, das 18h às 21h30, no Piso 3, no Difusora Shopworking, situado no centro de compras. Os interessados em adquirir uma vaga deverá realizar um depósito de R$ 250, viaGS Instrutoria e Produção, equivalente aos cinco dias de curso.

A oficina tem como público-alvo entusiastas das artes cênicas – atores, dramaturgos e contistas – e explorará técnicas de interpretação por intermédio de metodologia de atores; alfabetização da linguagem corporal; alegorias técnicas de interpretação a partir do jogo teatral; e, por fim, desenvolvimento de uma prática assertiva de construção cênica com base em obras de grande renome literário.

Para Welter Duarte, gerente de Marketing do Difusora, a participação de Guilherme Gonzalez no evento é de extrema importância para a propagação da missão cultural e social do shopping, que figura como apoiador da reunião. “A oficina o Ator Criador foi uma iniciativa nossa em parceria com a GS Instrutoria e Produção para prestigiar os artistas cênicos da nossa cidade”, pontua.

Sobre o Palestrante:

Guilherme Gonzalez tem experiência na TV, teatro e como escritor de contos. Em sua passagem pelo teatro, atuou nas peças Morte e Vida Severina e Ó Pátria amada; dirigiu os espetáculos De luz e de Sombras e O Concílio do Amor. O seu êxito também percorreu a TV: integrou o elenco principal de tramas globais – Morde e Assopra; Sangue Bom; Velho Chico; Império; Rocky Story e muitas outras. Atualmente, concentra-se em roteiros cinematográficos e textos dramáticos para canais fechados.

Serviço

Oficina “O Ator Criador” com Guilherme Gonzalez

Local: Difusora Shopworking – 3º piso

Endereço: Av. Agamenon Magalhães, 444 – Maurício de Nassau, Caruaru

Quando: 12 a 16 de março

Horário: 18h às 21h30

Valor: R$ 250,00

Casa dos Pobres comemora 70 anos

A Casa dos Pobres São Francisco de Assis estará completando 70 anos de existência no próximo dia 10. Para comemorar esta data, os administradores estarão promovendo, no dia 23 março, um jantar solidário por adesão, ao preço de R$ 160,00 por pessoa em mesas de 6 e 8 lugares.

O evento acontecerá no Baco’s Recepções, a partir das 21 horas, com shows de Petrúcio Amorim e Orquestra Alternativa. As mesas estão sendo vendidas pelos telefones 81-3725.5132 e 99651-2667.

Desigualdade entre homens e mulheres persiste no Brasil, avalia professora da FGV

A queda nos indicadores de gravidez entre adolescentes e a ampliação do acesso à escolaridade para mulheres são fatores que indicam melhorias na redução de desigualdades entre gêneros no mercado de trabalho do Brasil. Essa é a avaliação que a professora Carmen Migueles, da FGV EBAPE, faz do estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o documento, a proporção de mulheres de 15 a 19 anos de idade com ao menos um filho nascido vivo diminuiu de 14,8%, em 2000, para 11,8%, em 2010. Para a professora da FGV, esse é um indicador bastante positivo, pois a maternidade precoce afasta as adolescentes da escola, dificultando a inserção no mercado de trabalho.

Mesmo assim, o país ainda precisa enfrentar muitos desafios para reduzir as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho. A proporção de trabalhadores em ocupações por tempo parcial (até 30 horas semanais) é maior entre as mulheres (28,2%) do que entre os homens (14,1%). Embora sejam mais escolarizadas do que os homens, as mulheres ganham, em média, 75% do que os homens ganham. Esse patamar assegura às trabalhadoras rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos no valor de R$ 1.764. Para os trabalhadores do sexo masculino esse valor passa para R$ 2.306.

As diferenças entre homens e mulheres ainda representam um obstáculo em todo mundo. Mesmo em países ricos, como os Estados Unidos, homens ganham mais do que mulheres. Contudo, no Brasil, a situação é mais dramática, já que as mulheres chefiam 39% dos lares do país e acumulam, além dos afazeres domésticos, a responsabilidade de sustentar a casa.

“Parte considerável das mulheres no Brasil chefia os lares. E, por conta da dedicação ao cuidado da família, com a maior parte da responsabilidade por crianças e idosos, têm maior dificuldade de competir no mercado de trabalho, por efeito da dupla jornada. Por isso ocupam postos menos valorizados, ganhando menos. Em outros países, as mulheres tem a opção de deixar o trabalho para cuidar dos filhos, mas, quando isso acontece, os lares são sustentados pelos homens. Sozinhas, à frente da família, mulheres brasileiras nem conseguem crescer nem tem apoio suficiente para fazer com que os filhos o façam. Nesse contexto, só a redução da natalidade permite a ascenção feminina e a redução da pobreza”, completou a professora da FGV.

Artigo: Os encantos da Noruega

Também chamada como Terra do Sol da meia-noite, a Noruega sagrou-se campeã da Olimpíada de Inverno de 2018. Entretanto, a pequena nação nórdica é muito mais que uma potência nos esportes de inverno e tem, cada vez mais, se destacado em várias áreas e está entre os melhores países para se viver do mundo.

A Noruega é um dos dez países mais ricos do mundo, sendo um dos maiores fornecedores mundiais de petróleo com aproximadamente 50% das exportações. Porém, com uma economia bem diversificada que também inclui grandes reservas de gás natural e minerais. Suas indústrias fabricam navios, produtos alimentícios, máquinas, metais, papel e outros produtos variados. A pesca, com destaque para o bacalhau, anchova e atum, além da extração de madeira também são atividades importantes para a economia.

Os noruegueses desfrutam de uma excelente qualidade de vida. O país detém o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo: 0,938. A eficiência com que funciona o país permite ver como são revertidos os impostos arrecadados justamente para a realização de serviços públicos de qualidade. O índice de desemprego é baixíssimo. Os serviços de saneamento ambiental atendem a todas as residências; a taxa de mortalidade infantil é uma das menores do mundo: 3 óbitos a cada mil nascidos vivos.

Na área do empreendedorismo, o destaque é que, na Noruega, se valoriza muito a reinvenção de um negócio. A oportunidade de se atrever a inovar e a se transformar deriva de um elemento-chave da sociedade norueguesa: a educação. Todos os habitantes acima de 15 anos são alfabetizados e o país está entre os 20 nos quais os estudantes melhor resolvem problemas em grupo, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Pisa.

Lá está, também, a prisão mais humana do mundo. Halden é considerado um modelo no sistema carcerário para o mundo todo. A aposta é na recuperação e não na punição. Nessa prisão estão os criminosos mais perigosos da Noruega e mesmo assim há a preocupação de oferecer condições dignas para todos, não há superlotação e os presos são acomodados com o suficiente conforto que dignifica qualquer ser humano.

Outro ponto que mostra, na prática, como funciona uma sociedade evoluída em questões de gênero é o fato de, ao menos 40% das vagas em empresas serem, obrigatoriamente, para mulheres. Como qualquer nação, a Noruega tem muitos problemas e defeitos, mas ela é conhecida em rodas de conversa como o socialismo real que deu certo em um país capitalista.

São esses e tantos outros fatos que explicam por que os noruegueses são “as pessoas mais felizes do mundo”, segundo o Relatório Mundial de Felicidade de 2017 da ONU, que analisou esse critério em 155 países. Um exemplo a ser conhecido, acompanhado e replicado. Será que o Brasil um dia chegará lá? Quem sabe um dia…

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

Ex-ministro lança livro com seleção de discursos e artigos

No próximo dia 21 de março, o ex-ministro Luiz Carlos Borges da Silveira, que ocupou a pasta da saúde entre os anos de 1987 e 1989, no governo de José Sarney, lançará oficialmente seu novo livro: “Era o que tinha a dizer…”. A obra foi organizada por sua esposa, Maria Inês Borges da Silveira, e traz um compilado de discursos e artigos de Luiz Carlos da Silveira ao longo da sua carreira e vida política.

Lançado pela editora IBS, o livro tem 327 páginas e retrata por meio de materiais especiais mais de 40 anos de vida pública. São mais de 100 artigos e discursos publicados ao longo da sua vida como político, médico e empresário. O grande objetivo da obra é retratar a atuação política de Luiz Carlos Borges da Silveira, independentemente da época ou situação do país, sempre em busca de um país melhor e mais justo.

Nascido na cidade da Lapa (PR), localizada na Região Metropolitana de Curitiba, em 1940, Luiz Carlos Borges da Silveira começou cedo na política. Foi chefe de gabinete do departamento de assistência técnica aos municípios do Paraná entre 1961 e 1964, período em que concluiu o curso de medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi vice-prefeito de Pato Branco e deputado federal. Em 1986, Borges da Silveira foi vice-presidente da Comissão de Saúde e membro da CPI sobre agrotóxicos. Em 1987, assumiu o cargo de ministro da Saúde, substituindo Roberto Santos, ano em que criou, entre outros, o “Zé gotinha”. Em 1999, Borges da Silveira tornou-se empresário e a partir de então, não mais ocupou cargos públicos, concentrando-se nas atividades empresariais e no ramo educacional.

O lançamento oficial do livro “Era o que tinha a dizer…” será realizado no dia 21 de março, a partir das 17h, no Solar do Rosário (Rua Duque de Caxias, nº 04), no bairro São Francisco, em Curitiba. A obra estará disponível para compra nas principais livrarias do Brasil.

Porto Digital abre inscrições para edição 2018 do Mind The Bizz em Caruaru

O Armazém da Criatividade, braço do Porto Digital no interior do Estado, abre as inscrições para o Mind The Bizz (MTB), programa que oferece oficinas, mentoria e coaching para startups durante 10 semanas. Realizada em parceria com o Sebrae, a iniciativa é voltada para empreendedores que já tenham uma ideia estruturada, um Mínimo Produto Viável ou um protótipo nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) ou Economia Criativa. As inscrições estão abertas até o dia 6 de abril. Confira a chamada em armazemdacriatividade.org

Para se inscrever, os empreendedores devem gravar um vídeo de até 3 (três) minutos, seguindo o roteiro apresentado no Anexo III da chamada. O upload deve ser realizado em alguma plataforma de carregamento e compartilhamento de vídeos, como YouTube ou Vimeo. Feito isso, os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponível no site do Armazém da Criatividade (armazemdacriatividade.org). Os projetos selecionados para o programa serão divulgados em 9 de abril.

Gerente de Operações do Armazém da Criatividade, Adalberto Rodrigues destaca o valor do programa para o desenvolvimento do empreendedorismo da região. “O Agreste abriga diversas projetos inovadores que só precisam de um impulso para ganhar forma. O Mind The Bizz é um programa pensado para essas ideias, para colocar no papel o que os empreendedores sonham, aprimorar isso tudo e jogar no mercado”.

Em Caruaru, esta é a segunda edição do Mind The Bizz. Em sua primeira turma, o programa auxiliou 13 empresas que estavam em variados níveis de desenvolvimento: desde aquelas que já atuavam no mercado, assim como também ideias que se tornaram empresas durante as 10 semanas. A produtora Multimídia Vertigo foi uma das empresas que nasceu no MTB. Hoje, está instalada no empresarial do Armazém da Criatividade. Para o sócio-diretor da Vertigo, Johnny Pequeno, participar do programa ajudou na construção do empreendimento, que já atua no mercado há um ano. “O Mind The Bizz foi muito importante para que tivéssemos o suporte necessário na hora de planejar nosso negócio, entender quem são e onde estão nossos clientes e como oferecer nossos serviços no mercado”, comenta Johnny.

A Line Ateliê Criativo, criada por Aurijane Arruda e Jessica Souza, duas universitárias do curso de Design, presta serviços de Design de Moda para empresas de confecções. Há dois anos, participou do Mind the Bizz e hoje, encerrando o processo de um ano na incubação do Armazém da Criatividade, observa o quanto o programa foi importante para a realização de seu projeto. “Nós tiramos o nosso sonho do papel graças ao Mind The Bizz, que nos levou a acreditar e saber o que podemos realizar tendo foco, metas e resistência para entrar no mercado”, comenta Jessica Souza. Aurijane Arruda, complementa “O Mind The Bizz nos ajudou a entender e estruturar nossa ideia de negócio. Os acompanhamentos e workshops ministrados pelos envolvidos no programa nos deram segurança e base para validar nossos serviços e produtos no mercado”.